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Exposição "Iberê Camargo - Um Trágico nos Trópicos"

Praça da Liberdade, 450, Funcionários, BH

CCBB Belo Horizonte

Entrada Franca

Quarta a segunda, das 9h às 21h


 

Belo Horizonte começa 2016 dando as boas-vindas ao trabalho do artista Iberê Camargo. Reconhecida, em 2014, pela Associação Paulista de Críticos de Arte como a melhor exposição retrospectiva, “Iberê Camargo: um trágico nos trópicos” traz 134 obras, sendo 49 pinturas, 40 desenhos, 32 gravuras e 10 matrizes especialmente selecionados pelo curador, professor e crítico de arte Luiz Camillo Osorio. A mostra, que já passou pelo CCBB-SP, MAM Rio e CCBB-Brasilia, fica em exibição no Centro Cultural Banco do Brasil – no Circuito Liberdade, de 27 de janeiro a 28 de março, com entrada gratuita. O CCBB BH fica na Praça da Liberdade, 450 – Funcionários. 

 

Em “Iberê Camargo: um trágico nos trópicos” os trabalhos do artista se dividem em dois eixos: o primeiro, entre as décadas de 1950 e 1970, destaca o período em que a poética de Iberê ganha maturidade e apreende característica própria após seu período de formação. O segundo, já no final da década de 1980 e início dos anos 1990, é marcada por sua dimensão trágica. “É a fase crepuscular de Iberê Camargo”, explica Camillo Osorio. De acordo com o curador, nesse contexto, o público terá a oportunidade de ver o processo inteiro de uma obra acontecer. “Iberê é um dos maiores artistas da segunda metade do século XX; um pintor que brigou pela qualidade das tintas e, consequentemente, pela valorização das obras. Foi uma vida inteira dedicada à arte”. 

 

A exposição apresenta desde obras da fase Natureza Morta, iniciada na década de 1950 – período em que Iberê retornou da Europa para o Rio de Janeiro depois de estudar com mestres como Carlos Alberto Petrucci, De Chirico e André Lhote, até as grandes e trágicas telas de sua última fase, nos anos 1990, que incluem as séries Ciclistas, As Idiotas e Tudo Te é Falso e Inútil. “O núcleo da exposição é o processo de amadurecimento da trajetória de Iberê, dos Carretéis até as telas dos anos 1980, quando a figura humana começa a reaparecer”, adianta Camillo Osorio.  

 

A diversidade artística do pintor, que passa por pinturas, desenhos, guaches e gravuras, não revela nenhuma preferência em especial, mas um processo natural de sua carreira. “Iberê era pintor, que se estendia pelo desenho, onde ia se soltando e ganhando ritmo. O desenho era a usina de suas ideias pictóricas. Já o trabalho com a gravura era quase um sacerdócio. Nas telas, o público confere o trabalho sempre trágico de Iberê que é mais atípico no Brasil. A exposição retrata seu olhar sombrio, noturno e solitário”, revela o curador. 

 

O coordenador de acervo da Fundação Iberê Camargo, Eduardo Haesbaert, observa que o artista sempre pensou em como fazer o quadro, começando primeiro um estudo e depois passando este estudo para as telas. “Era racional, mas no momento de pintar, muito impactante”. O superintendente cultural da Fundação, com sede em Porto Alegre, Fábio Coutinho, reforça que “Iberê Camargo: um trágico nos trópicos é uma das maiores retrospectivas já realizadas com a obra do artista” . 

Foto: Rômulo Fialdini


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