Eventos

Exposição - eu é outr@[s] - Mazzilli

Av. Olinto Meireles, 45 - Barreiro, Belo Horizonte - MG

Viaduto das Artes

Informações:(31) 8802- 5140

Entrada Gratuita

10h às 17h - 28 de março



O VIADUTO DAS ARTES, no Barreiro, apresenta a exposição de fotoperformances eu é outr@[s] do artista visual Domingos Mazzilli, de 8 a 28 de março de 2015. A exposição é composta por fotografias impressas em fine artonde Mazzilli interpreta 30 mulheres “excessivas e fortes”, sob curadoria de Susan O. Campo, uma delas. 

 


Depois de ter sido apresentada com sucesso na Galeria do BDMG Cultural, em Belo Horizonte e na Casa dos Contos, em Ouro Preto, ela retorna a BH agora com mais cinco mulheres. “Acho oportuno trazer novamente esta exposição acrescida de outras personagens em comemoração ao Dia da Mulher num novo espaço cultural da cidade, o Viaduto das Artes,  através de uma proposta educativa com as escolas do bairro, numa discussão sobre o papel da mulher na nossa sociedade, os avanços e as conquistas do futuro”.

 


Lembremos que Belo Horizonte é a capital da Região Sudeste com a maior taxa de homicídios de mulheres. De Ângela Diniz a Eliza Samúdio, cerca de 91 mil mulheres foram assassinadas e os companheiros/maridos/ “ex” são, na maioria dos casos, os responsáveis pelos crimes (Segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres). Entre 87 países, o Brasil é o sétimo em número de mortes com 4297 só em 2010. (Segundo o Mapa da Violência em 2012 - Waiselfiez, JJ). Mesmo com a vigência da Lei Maria da Penha desde 2007, a taxa de homicídios voltou a crescer já a partir de 2008. A cada 15 segundos uma mulher é agredida e a cada duas horas outra é assassinada no Brasil (dados da Fundação Perseu Abramo).


Mazzilli foi fotografado por Felipe Ferreira e caracterizado pelo espanhol Raul Cabanell. Foram feitas mais de 10 mil fotografias em 28 ensaios com duração de 8 horas cada um, nos quais o artista interpretou várias personagens. Eu é outr@[s] parte da frase de Rimbaud “eu é um outro”. Em todas as biografias, inventadas pelo artista, e que acompanham cada personagem, há uma história de superação. 



Esta série de Mazzilli pode também ser vista como um “elogio da maquiagem”. "A mulher está perfeitamente nos seus direitos e cumpre até uma espécie de dever esforçando-se em parecer mágica e sobrenatural; é preciso que desperte admiração e que fascine; ídolo, deve dourar-se para ser adorada.(...) Pouco importa que a astúcia e o artifício sejam conhecidos de todos, se o sucesso está assegurado e o efeito é sempre irresistível. (...) para nos limitarmos àquilo que nossa época chama vulgarmente demaquiagem, quem não vê que o uso do pó de arroz, tão tolamente anatematizado pelos filósofos cândidos, tem por objetivo e por resultado fazer desaparecer da tez todas as manchas que a natureza nela injuriosamente semeou...”BAUDELAIRE, C. - O pintor da vida moderna,  cap. 11 -  O Elogio da Maquiagem.


“Ao se deixar fotografar, apresentando-se nas formas e indumentárias de personagens mulheres, bem caracterizadas cada uma em seu tipo, e além do mais, acompanhadas de biografia, o artista Domingos Mazzilli nos transporta para um universo feminino definido e circunscrito por várias questões que habitam as mulheres, sempre uma a uma: o amor, a solidão, a sedução, os papéis sociais, o escamoteio, a dramaticidade, e também a glória. Pelo capricho dos detalhes, acompanhado da intensidade da expressão facial e gestual que transparece na fotografia, a máscara constrói a personagem e passa a dar-lhe realidade, introduzindo-nos em seu mundo particular.” Ana Maria Portugal – psicanalista


E ela conclui: “sobre isso nos impressiona a ligação da mulher com a roupa, com a vestimenta, sua facilidade em aderir a uma nova moda, a uma nova imagem, a um novo significante, sua facilidade em se identificar aos costumes e hábitos de uma nova amiga – mas, é claro: ela se faz igual, mas não totalmente igual, um igual diferente, cada uma à sua maneira.”


Tarsila, Greta, Emerentina, Leleth, Bebel, Suely e outras te esperam na exposição ao som de  bolero e samba-canção na voz de mulheres intensas como Ângela Maria, Dalva de Oliveira, Núbia Lafayette, Cláudia Barroso e Maysa.
 


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