Eventos

Pato Fu - show de lançamento do CD Não Pare Pra Pensar

Rua Rio de Janeiro, 1046 – Centro

Grande Teatro do SESC Palladium

Informações: (31) 3270-8100

R$40 (inteira

ás 21h - 18 de abril


O Sesc Palladium receberá a banda mineira Pato Fu, no dia 18 de abril, para o lançamento do CD Não Pare Pra Pensar. O álbum é o décimo de estúdio (e 12º no total) da banda formada por John Ulhoa (guitarras, programações, teclados, violões e voz), Fernanda Takai (voz), Ricardo Koctus (baixo e voz), Lulu Camargo (teclados e arranjos orquestrais) e Glauco Mendes (bateria). Os ingressos para a apresentação custam R$40 (inteira) e os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo têm 15% de desconto no valor da inteira.

 

A começar pela música que dá nome ao disco, a ideia era fazer um som que fosse ‘pra cima’, festivo, mas também vigoroso. “Ao mesmo tempo em que é um disco dançante, ele é o mais rock desde Ruído Rosa, de 2001. Tem muitas guitarras e bateras tipo ‘pé na porta’, mas também é divertido”, resume John Ulhoa. Ele ainda compara: “nosso último disco de estúdio (Daqui pro Futuro, de 2007) ficou muito bonito, mas era difícil de transpor para o show, as músicas eram muito contemplativas. Desta vez, a gente quis fazer um disco com clima de festa”, completa ele, principal “funcionário” do 128 Japs, estúdio montado na casa em que vive com a mulher, Fernanda, e a filha, Nina, em Belo Horizonte. Não Pare Pra Pensar foi totalmente gravado e mixado, literalmente, em casa.

 

“Gravamos em horário de gente, digo, normal. Não emburacamos madrugada adentro. Gosto de gravar vocais pela manhã. E tem sempre um cafezinho e uns docinhos pra hora do break”, conta Fernanda, sobre a rotina de gravação.

 

A música-título é totalmente inspirada no som eletrônico. “É a música mais house que a gente já fez na vida. A dança tem um pouco desse conceito por trás do nome do disco, algo que faz você deixar um pouco os pensamentos de lado”, diz John.

 

O conceito do álbum passa por esse sentimento de não deixar um pensamento paralisar suas ações. “Quando você pensa demais nas coisas e tem medo, acaba não agindo. Ao mesmo tempo é um recado do tipo ‘pense, mas continue andando, vá mais pelo instinto’”, explica o artista. Ele cita um exemplo prático, já que agora, aos 48 anos, resolveu voltar a andar de skate: “é tipo essa coisa minha, de voltar a andar de skate. Se você parar pra pensar muito, deixa de fazer as coisas de que gosta”.

 

Elementos eletrônicos se juntam a riffs poderosos de guitarras e baterias possantes para criar o clima do disco. “Timbres da eletrônica são muito legais e hoje estão cada vez mais fáceis de usar. Tinha tudo a ver com esse disco, que tem muito rock, guitarras cruas, mas ao mesmo tempo tem esses sons de moogs, arpeggiators. Tentei inserir na maioria dos arranjos deste álbum, pra dar um temperinho de dance music”, explica John.

 

Um dos fatores considerados para deixar as músicas mais lentas de fora deste trabalho foi o fato de a carreira solo de Fernanda Takai já estar bem estabelecida. “Agora não é mais tão necessário apresentar esse lado ‘baladas’ da Fernanda no Pato Fu. Com a banda a gente pode explorar um lado mais pesado, mais rock, mais agitado”, diz John.

 

 

Fernanda também está feliz com o clima do novo disco. “Acho que ele tem uma mensagem bem positiva. Uma recarga de energia para a gente e para quem o escutar. Era importante vir agora um disco que fosse bem diferente do meu solo mais atual. E acho que conseguimos”, diz ela.

 

O disco tem participação especial do cantor Ritchie, inglês radicado no Brasil, autor do clássico Menina Veneno, hit dos anos 80. Ele canta com Fernanda a música Pra Qualquer Bicho. “Sempre gostei dele. Já cantei Voo de Coração, gravamos Pelo Interfone. Ele sempre tem ido aos nossos shows no Rio. É um cara talentoso e bacana demais. Veio aqui pra BH gravar e comer uma comidinha mineira caprichada. Tanto ele quanto eu gostamos de inventar vocais, então foi ótimo!”, conta Fernanda sobre a parceria.

 

Os fãs de longa data do Pato Fu vão curtir as duas faixas cantadas por John, Ninguém Mexe Com Diabo e You Have To Outgrow Rock'n Roll, dois rockões animados e com letras ácidas.

 

Ao longo de seus mais de 20 anos de carreira, o Pato Fu é uma das bandas brasileiras mais fiéis às suas origens. “Acho incrível que a gente tenha feito sucesso com um projeto tão improvável como prometia ser pelo som do primeiro disco. Tenho certeza de que é um privilégio, mas, ao mesmo tempo, penso que certas escolhas que fizemos ao longo da carreira vão fazendo com que seja possível a gente sempre estar perto daquilo de que gostamos e longe do ‘fazer por conveniência’. Muitas vezes optamos por um caminho menos óbvio no lado comercial, torcendo para que nossos palpites encontrassem eco em outras pessoas. Lá no começo, dizíamos que queríamos uma carreira longa e digna. Acho que já posso dizer que conseguimos. Como diria Spock: Live long and prosper”, conclui John Ulhoa.

 

 

Foto: Divulgação 


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