Eventos

Mostra individual “TRAMAS DA RESISTÊNCIA” – Flávia Ventura

Rua Tomé de Souza, 1418 – Savassi.

Aliança Francesa BH -

(31)3291-5187

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Segunda a Quinta - 7h30 às 20h15 Sexta-feira – 7h30 às 17h15 Sábado - 8h às 13h


A Aliança Francesa Belo Horizonte lança a mostra individual “Tramas da Resistência”, da artista plástica Flávia Ventura, dia 26 de abril. Os trabalhos fazem parte da programação anual da instituição, com o tema “Arte na Luta”, que convocou artistas por meio de um edital.

A exposição apresenta trabalhos de técnica mista, inéditos, desenvolvidos nos dois últimos anos, com base nos acontecimentos recentes do cenário político brasileiro, sob a ótica da mulher como personagem atuante nas lutas por justiça social e liberdade de expressão.

“Acho que estamos em um momento no qual resistir é uma manifestação muito honesta de coragem. Reconhecer a opressão, assumir sua militância e transformar isso em arte, é necessário, inspirador e valente. A Flávia joga para nós essa resistência em forma de boa arte. Abusando dos suportes diferentes, das estratégias técnicas e narrativas, ela traz um trabalho visceral e verdadeiro, cheio de reflexões e multiplicidades. Transcendendo os formatos tradicionais, sua obra traz a mensagem crua que vem nos dando força para atravessar esse momento: vai ter luta”, comenta a curadora Rebeca Prado.

As obras passam por referências a grandes artistas e músicos que levantaram voz em momentos críticos da história política do Brasil como Hélio Oiticica, Rosana Paulino, Gonzaguinha e MC Carol. E trazem um caráter experimental da mistura de técnicas e materiais tradicionais da produção artística, com os do universo da costura e da estética corporal. Linhas se misturam às tintas e maquiagens, tecidos se misturam aos papéis.

A reconstrução e ressignificação de técnicas e materiais refletem no próprio conceito de (r)evolução social, política e de costumes que só são possíveis pela coragem de arriscar sobre novas formas de ação e pensamento. São abordados questionamentos que passam pela mulher silenciada e alienada pelas estruturas da sociedade, até a mulher transgressora que luta contra essas mesmas estruturas. E, ainda, reflexões sobre democracia, construção coletiva e a beleza das utopias. No fazer artístico ou no fazer político, a quebra de paradigmas abarca uma mesma luta.

Sobre Flávia Ventura

Graduada em Design de Moda (form. comp. Artes Visuais) pela Escola de Belas Artes – UFMG e graduanda em Artes Plásticas pela Escola Guignard – UEMG. Com uma pesquisa baseada na experimentação de linguagens e suportes, investiga a complexidade da representação do corpo da mulher como corpo político inserido em uma sociedade de consumo e suas relações com o universo do vestuário e os conceitos de gênero, passando por temas como religião, família e sexualidade. Ao mesmo tempo, explora a valorização das formas de expressão tradicionalmente relacionadas ao universo considerado “feminino”, incorporando os saberes de costura e bordado às técnicas convencionais do fazer artístico. Saberes esses que carregam uma rica fatia da nossa cultura ao longo dos tempos contando histórias, e que podem ser desconstruídos, recriados e reaplicados também como uma forma de resistência, em uma sociedade onde as atividades culturalmente realizadas por mulheres são frequentemente desvalorizadas.

Foto: Divulgação


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