Eventos

Chão - exposição de arte popular brasileira

Rua Estevão Pinto, 211, Serra

Vila 211

segunda a sexta, das 10h às 19h, aos sábados, das 10h às 14h


 

Um mergulho no universo singular e criativo da arte popular brasileira, evidenciando a força e a beleza que surgem dos insondáveis mistérios da imaginação humana. Essa é a proposta da CHÃO, exposição que marca o lançamento da galeria virtual homônima que reúne obras de artistas brasileiros como Francisco Graciano, José Bezerra, Aberaldo Santos, Antônio de Dedé, entre outros. A galeria possui um acervo de obras diversas de artistas já conceituados, mas de diferentes classificações, defendendo a arte antes de qualquer categoria. O evento de lançamento acontece no dia 03 de maio, às 19h, na Vila 211.

 

Na exposição, que acontece num charmoso espaço que remete à nostalgia das casas antigas da cidade, o público vai se deparar com esculturas de diversos tamanhos e cores que retratam bichos comuns do sertão como cachorros, pássaros, tatus, tamanduás, bichos-preguiça, jegues, cobras, além de bonecos, seres imaginários, carrancas, corpos e rostos, entre outros artefatos.

 

O processo criativo dos artistas é instigante. Zé Bezerra foi chamado em sonho para realizar seus trabalhos, Aberaldo esculpe figuras humanas com corpos propositadamente deformados e rostos expressivos, e Dedé produz peças que transmitem ao expectador sentimentos que vão da angústia ao humor irônico. Já Graciano, artista com maior número de obras na mostra, teve como inspiração seu pai, o artista Manuel Graciano, e desde criança fazia seus próprios brinquedos. Apaixonado pela natureza, ele cria esculturas em madeira de bichos do sertão de acordo com a sua imaginação. Graciano também mistura tintas coloridas como amarelo, vermelho e branco, dando às suas peças uma tonalidade única.

 

Aficcionada por arte popular, Clarissa Guerra, idealizadora da CHÃO ao lado do marido e sócio Gabriel Pais, conta que a exposição e a galeria virtual são frutos de uma “profissionalização do vício”. Clarissa é integrante da equipe de criação da Auá, marca de roupas, e sempre se interessou pela arte e pela cultura popular. Além disso, cresceu em meio a tintas, esculturas e artistas. Seu pai, Paulo Coelho, trabalhou ao lado de Amilcar de Castro por 17 anos. Entre viagens e pesquisas, montou uma coleção particular com obras e peças cuidadosamente garimpadas em diversas partes do país. “Foi em função da nossa paixão pela arte e também do desejo de pesquisar e obter peças feitas por artistas de raiz que surgiu a ideia de criar a galeria. Lá estão obras de diferentes expoentes da arte brasileira”, diz.

 

A CHÃO enfatiza a riqueza e a produtividade da arte dita "popular", realçando seu importante papel no cenário das artes visuais do país. A exposição, gratuita, pode ser conferida até 24 de maio, de segunda a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 14h.

 


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