Eventos

Exposições de José Damasceno e Victor Arruda

Rua Bernardo Guimarães, 911 – Funcionários – BH/MG

dotART Galeria de Arte'

Entrada Gratuita

segunda a sexta, das 09h às 19h e aos sábados, das 09h às 13h


 

A partir do próximo dia 1º de abril, a Galeria dotART, com quase 40 anos de atividades ininterruptas, apresenta duas exposições individuais “É pura épura”, de José Damasceno e  “Caleidoscópio”, de Victor Arruda e a inauguração do espaço“Pensando”, que estreia sua programação com a mostra “Falando de amor hoje”, do mineiro Ronaldo Fraga. Na ocasião, também será lançado o livro “Victor Arruda”,reunindo uma análise sobre a obra e a trajetória do renomado artista plástico. A publicação, lançada pela Casa da Palavra, foi organizada por Adolfo Montejo Navas e conta com textos de grandes críticos e curadores como Frederico Morais, Paulo Sérgio Duarte, Chaim Samuel Katz e Eucanaã Ferraz.

 

As duas exposições principais dizem da criação atual e encontros provocados pela imaginação desses criadores, nomes fundamentais no cenário artístico nacional.  José Damasceno possui trabalhos no Museum of Modern Art – MoMA (EUA); Cisneros Fontanal Art Foundation (EUA); Daros Foundation (Suíça); Museo de Arte Contemporaneo de Barcelona – MACBA (Espanha) e também em Inhotim. Já Victor Arruda participou de importantes eventos no Brasil e no exterior como Salão Nacional de Artes Plásticas (1985), da Bienal Latino-Americana de Arte sobre Papel, Buenos Aires (Argentina, 1986), da BienalInternacional de Cuenca (Equador, 1989), da Bienal Internacional de Arte de Valparaíso (Chile, 1994) e da Arco, Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madri (Espanha, 2000).

 

“É pura épura”, de José Damasceno”, explora as diferenças entre o “olhar” e o “enxergar”. As obras jogam com o imaginário sendo apenas peças geométricas reunidas, compostas sob o signo da elipse, ou projeções de movimentos que se alteram no espaço, inventando-o. A ideia de épura, recurso de geometria descritiva, faz o artista brincar com saltos, com trânsitos entre dimensões. Ao final do exame das peças, o observador continuará a tecer projeções sobre qual o real sentido de ver e a possibilidade de existir movimento em algo aparentemente imóvel. Damasceno instiga sobre “olhar é ver menos, enxergar realmente é ver mais?”. Para quem apenas olha, é uma reunião de peças geométricas, compostas sob o signo da elipse. Mas para quem realmente enxerga, trata-se de um lugar que agencia espaços, que provoca possibilidades de invenção de espaços. São exibidos na exposição desenhos, objetos, esculturas e obras no conceito “site specific”. As esculturas e instalações em grandes proporções de José Damasceno desconstroem e transformam objetos comuns em criações inusitadas – de lápis e cigarros a martelos e cordas. Mudando de um suporte para outro, o trabalho do artista incorpora circunstâncias espaciais e explora a fricção de sentidos entre ideia, matéria e forma, produzindo obras que surpreendem e desorientam o espectador. Damasceno ganha com o livro, uma edição bilíngue, o primeiro grande registro de sua carreira, que conta com mais de 200 imagens e textos da escritora Aurora García e do professor da PUC José Thomaz Brum, além de uma entrevista concedida a Ann Gallagher, curadora da Tate London. A publicação foi lançada pelas editoras Ridinghouse(UK) e Cobogó( BR).

 

Na exposição Caleidoscópio, Victor Arruda presta uma homenagem aos colecionadores, convidando-os a participar de um processo de curadoria por meio de um desafio provocado pelo artista. Caso aceitem, devem selecionar uma ou mais telas. A primeira pintura escolhida (ou se for a única) tem um preço. Caso o colecionador deseje levar mais uma ou mais peças do artista, essas custarão, cada uma, a metade do preço da primeira obra escolhida, fazendo com que suas escolhas formem um novo conjunto de imagens. Selecionando suas telas, os colecionadores participam, num processo de coautoria, da criação de novas composições definitivas, já que as telas não poderão mais ser separadas, transformando-se uma única obra. Serão exibidas ao todo 44 telas, de 70x50cm e 17 desenhos, de 32x44cm.

 

A proposta da dotART ao construir o espaço “Pensando” é de proporcionar um lugar que propicie o diálogo e a experimentação entre o pensamento contemporâneo e todas as formas de criação e manifestação na arte. A ideia é que este espaço possa abrigar obras de diversas áreas artísticas como moda, música, literatura, artes visuais, artes cênicas, audiovisual e tecnologia, transformando-se numa rede contínua de troca de movimentos, atitudes e ações dos artistas, trazendo um frescor para o ambiente de galeria de arte. Dessa forma, a dotART pretende resignificar a relação do público com a galeria, convidando-o a participar do processo.

 

Para inaugurar esta programação, nenhum nome era mais adequado que Ronaldo Fraga, que preparou a mostra “Falando de amor hoje”. A exposição reúne imagens de sua última coleção(inverno 2016), que trouxe o amor como temática/argumento para sua criação. O público que for conhecer o espaço “Pensando” terá a oportunidade de acompanhar o processo de criação do estilista por meio de um vídeo documentário inédito, intitulado “Coração”. “Em tempos de guerra, transgressão maior não há do que falar de amor e paixão”. É assim que Ronaldo Fraga define a sua coleção, que serviu como base para a mostra que poderá ser visitada na galeria dotART. “Ronaldo Fraga cria uma moda, uma beleza que está nos romances, nas poesias, nos filmes, na música, na vida. Em atitudes políticas e sociais do nosso dia a dia, na atualidade de cada coleção pensada, desenhada e criada por seus sonhos...”, explica Wilson Lazaro - Diretor Artístico da dotART.

Foto: Paulo Barroso


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