Eventos

Exposições de José Damasceno e Victor Arruda

Rua Bernardo Guimarães, 911 – Funcionários – BH/MG

dotART Galeria de Arte

Informações: (31)3261-3910

Entrada Franca

De segunda a sexta, das 09h às 19h e aos sábados, das 09h às 13h


 

A Galeria dotART, com quase 40 anos de atividades ininterruptas, apresenta duas exposições individuais “É pura épura”, de José Damasceno e  “Caleidoscópio”, de Victor Arruda e a inauguração do espaço “Pensando”, que estreia sua programação com a mostra “Falando de amor hoje”, do mineiro Ronaldo Fraga. Na ocasião, também será lançado o livro “Victor Arruda”, reunindo uma análise sobre a obra e a trajetória do renomado artista plástico. A publicação, lançada pela Casa da Palavra, foi organizada por Adolfo Montejo Navas e conta com textos de grandes críticos e curadores como Frederico Morais, Paulo Sérgio Duarte, Chaim Samuel Katz e Eucanaã Ferraz.

 

As duas exposições principais dizem da criação atual e encontros provocados pela imaginação desses criadores, nomes fundamentais no cenário artístico nacional. José Damasceno possui trabalhos no Museum of Modern Art – MoMA (EUA); Cisneros Fontanal Art Foundation (EUA); Daros Foundation (Suíça); Museo de Arte Contemporaneo de Barcelona – MACBA (Espanha) e também em Inhotim. Já VictorArruda participou de importantes eventos no Brasil e no exterior como Salão Nacional de Artes Plásticas (1985), da Bienal Latino-Americana de Arte sobre Papel, Buenos Aires (Argentina, 1986), da Bienal Internacional de Cuenca (Equador, 1989), da Bienal Internacional de Arte de Valparaíso (Chile, 1994) e da Arco, Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madri (Espanha, 2000).

 

“É pura épura”, de José Damasceno”, explora as diferenças entre o “olhar” e o “enxergar”. As obras jogam com o imaginário sendo apenas peças geométricas reunidas, compostas sob o signo da elipse, ou projeções de movimentos que se alteram no espaço, inventando-o. A ideia de épura, recurso de geometria descritiva, faz o artista brincar com saltos, com trânsitos entre dimensões. Ao final do exame das peças, o observador continuará a tecer projeções sobre qual o real sentido de ver e a possibilidade de existir movimento em algo aparentemente imóvel. Damasceno instiga sobre “olhar é ver menos, enxergar realmente é ver mais?”. Para quem apenas olha, é uma reunião de peças geométricas, compostas sob o signo da elipse. Mas para quem realmente enxerga, trata-se de um lugar que agencia espaços, que provoca possibilidades de invenção de espaços. São exibidos na exposição desenhos, objetos, esculturas eobras no conceito “site specific”. As esculturas e instalações em grandes proporções de José Damasceno desconstroem e transformam objetos comuns em criações inusitadas – de lápis e cigarros a martelos e cordas. Mudando de um suporte para outro, o trabalho do artista incorpora circunstâncias espaciais e explora a fricção de sentidos entre ideia, matéria e forma, produzindo obras que surpreendem edesorientam o espectador. Damasceno ganha com o livro, uma edição bilíngue, o primeiro grande registro de sua carreira, que conta com mais de 200 imagens etextos da escritora Aurora García e do professor da PUC José Thomaz Brum, além de uma entrevista concedida a Ann Gallagher, curadora da Tate London. A publicação foi lançada pelas editoras Ridinghouse(UK) e Cobogó( BR).

 

Na exposição Caleidoscópio, Victor Arruda presta uma homenagem aos colecionadores, convidando-os a participar de um processo de curadoria por meio de um desafio provocado pelo artista. Caso aceitem, devem selecionar uma ou mais telas. A primeira pintura escolhida (ou se for a única) tem um preço. Caso o colecionador deseje levar mais uma ou mais peças do artista, essas custarão, cada uma, a metade do preço da primeira obra escolhida, fazendo com que suas escolhas formem um novo conjunto de imagens. Selecionando suas telas, os colecionadores participam, num processo de coautoria, da criação de novas composições definitivas, já que as telas não poderão mais ser separadas, transformando-se uma única obra. Serão exibidas ao todo 44 telas, de 70x50cm e17 desenhos, de 32x44cm.

 

A proposta da dotART ao construir o espaço “Pensando” é de proporcionar um lugar que propicie o diálogo e a experimentação entre o pensamento contemporâneo e todas as formas de criação e manifestação na arte. A ideia é que este espaço possa abrigar obras de diversas áreas artísticas como moda, música, literatura, artes visuais, artes cênicas, audiovisual e tecnologia, transformando-se numa rede contínua de troca de movimentos, atitudes e ações dos artistas, trazendo um frescor para o ambiente de galeria de arte. Dessa forma, a dotART pretende resignificar a relação do público com a galeria, convidando-o a participar do processo.

 

Para inaugurar esta programação, nenhum nome era mais adequado que Ronaldo Fraga, que preparou a mostra “Falando de amor hoje”. A exposição reúne imagens de sua última coleção(inverno 2016), que trouxe o amor como temática/argumento para sua criação. O público que for conhecer o espaço “Pensando” terá a oportunidade de acompanhar o processo de criação do estilista por meio de um vídeo documentário inédito, intitulado “Coração”. “Em tempos de guerra, transgressão maior não há do que falar de amor e paixão”. É assim que Ronaldo Fraga define a sua coleção, que serviu como base para a mostra que poderá ser visitada na galeria dotART. “Ronaldo Fraga cria uma moda, uma beleza que está nos romances, nas poesias, nos filmes, na música, na vida. Em atitudes políticas e sociais do nosso dia a dia, na atualidade de cada coleção pensada, desenhada e criada por seus sonhos...”, explica Wilson Lazaro - Diretor Artístico da dotART.

 

Sobre os artistas

José Damasceno é doutor em Filosofia pela Universidade de Nice, França, eprofessor de Estética no Curso de Especialização em História da Arte da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Como escultor desenvolve suas obras desde o início dos anos 1990. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Foi contemplado com diversos prêmios ao longo de sua trajetória artística e participou da 25ª Bienal de São Paulo, das 51ª e 52ª edições da Bienal de Veneza, da 15ª Bienal de Sydney e da 4ª Bienal do Mercosul. Seu trabalho está nas coleções do Museum of Modern Art – MoMA (EUA); da Cisneros Fontanal Art Foundation (EUA); Daros Foundation (Suíça); Museo de Arte Contemporaneo de Barcelona – MACBA (Espanha); Instituto Inhotim (Brasil); Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e de São Paulo (Brasil); entre outras importantes coleções públicas e particulares.

 

Victor André Pinto de Arruda, nascido em 1947, em Cuiabá, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Professor, desenhista, gravador e pintor. Entre suas mostras mais recentes, merecem destaque: 1993 - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; 1995 - Museu de Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá (MT) e 2000 - Galeria Anna Maria Niemeyer e Paço Imperial, Rio de Janeiro. Participou de diversas mostras de arte brasileira no exterior, do Salão Nacional de Arte Moderna (1976), do posterior Salão Nacional de Artes Plásticas (1985), da Bienal Latino-Americana de Arte sobre Papel, Buenos Aires (Argentina, 1986), da Bienal Internacional de Cuenca (Equador, 1989), da Bienal Internacional de Arte de Valparaíso (Chile, 1994) e da Arco, Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madri (Espanha, 2000).

 

Ronaldo Fraga é formado pelo curso de estilismo da UFMG, com pós-graduação na Parson”s School of Design de Nova York e Saint Martins School de Londres. Ronaldo Fraga lançou sua marca no extinto Phytoervas Fashion, em 1996, com a coleção “Eu Amo coração de galinha”, metáfora que  colocava frente a frente o universo público eprivado. Em seguida apresentou “Álbum de família”, “Em nome do Bispo” (inspirada no universo do artista sergipano Artur Bispo do Rosário. Estas coleções lhe valeram o prêmio de Estilista revelação 1997, em evento promovido pela  Phytoervas e MTV. Em 2001 passa a fazer parte do grupo de marcas a desfilar no São Paulo Fashion Week. Em todos os desfiles, estabelece diálogo da cultura brasileira com o mundo contemporâneo. O universo da obra de Carlos Drummond de Andrade, o sertão de Guimarães Rosa, a cerâmica das bonecas do Jequitinhonha e o legado da cantora Nara leão foram temas em coleções – manifesto que sempre são citadas pela crítica como marcos do São Paulo Fashion Week e da história da Moda no Brasil. Além da marca própria, Ronaldo Fraga desenvolve projetos de geração de emprego e renda com reafirmação cultural em cooperativas e comunidades ligadas a indústria de confecção. É autor do livro “Moda Roupa e tempo – Drummond selecionado eilustrado por Ronaldo Fraga”, e tem biografia publicada pela editora Cosac Naify, dentro da coleção “Moda Brasileira”. Em 2007, recebeu comenda da ordem cultural, prêmio concedido a personalidades que dão corpo a cultura Brasileira, pelas mãos do Ministro da cultura Gilberto Gil. Em agosto de 2007 desfila pela primeira vez em Tokyo. Em fevereiro de 2008, é selecionado junto  a 100 designers do mundo para o BRIT INSURANCE – Designs of the year, exposição organizada pelo Design Museum de Londres, único representante da América do Sul. Em setembro de 2008, foi selecionado para participar da I Bienal Ibero-Americana de Design organizada pela Associação de Desenhadores de Madrid (DIMAD). De outubro de 2008 a janeiro de 2009, apresenta uma instalação no museu de Arte Contemporânea de Tokyo na exposição “When Lives Become Form” que abrange o tema da criatividade brasileira.

 

Sobre a dotART - Galeria de Arte

Inaugurada pelos colecionadores Feiz Bahmed e Maria Helena Bahmed em 1978, recém chegados de São Paulo onde residiram por uma década, a DotART Galeria de Arte foi a primeira em Minas a trazer para o seu acervo(e disponibilizá-lo ao público) nomes da pintura brasileira ainda pouco conhecidos na capital mineira como Manabu Mabe, Volpi, Iberê Camargo, Ianelli, Siron Franco, entre outros. Com o trabalho dos filhos Leila e Fernando, a galeria se destaca no mercado de arte com obras de artistas que passam pelo modernismo, concretismo, neoconcretismo e arte contemporânea nacional e internacional.

Foto: Paulo Barroso


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