Eventos

Exposição ARTErial no Museu Inimá de Paula

Rua da Bahia, 1201, Centro, Belo Horizonte

Museu Inimá de Paula

Entrada Gratuita

18 de julho a 17 de agosto Horário: Terça, quarta, sexta e sábado, de 10h às 18h30; Quinta, de 12h às 20h30; Domingo e feriados, de 10h às 16h30


Será aberta no dia 18 de julho, no Museu Inimá de Paula, a exposição ARTErial, que visa revelar a beleza da medicina laboratorial, vista através das lentes do microscópio. A mostra reunirá obras de 12 artistas plásticos, além de um acervo fotográfico e instalações audiovisuais, que permitirão ao visitante vivenciar um pouco dessa temática de uma forma lúdica, sensorial e educativa.

A mostra ARTErial faz parte das comemorações dos 60 anos do Laboratório Lustosa e busca aproximar as pessoas de elementos invisíveis e fascinantes, além de alertar sobre a importância de se manter uma atenção constante à saúde. “Queremos reforçar o nosso compromisso com a sociedade e o bem estar das pessoas, além de aproveitar a oportunidade para trazer conhecimento sobre o tema de forma lúdica e artístisca”, destaca a presidente da empresa, a médica Eliane Lustosa.

A mostra traz um recorte sobre o principal material usado na análise clínica: o sangue. Os 12 artistas selecionados por um edital, tiveram como desafio criar algo a partir de um olhar diferenciado sobre a patologia clínica. “O sangue, as células e as suas estruturas geram, a partir de um olhar microscópico, padrões estéticos muito ricos e de interesse científico. Mais do que uma exposição, será uma experiência positiva e interativa”, destaca a coordenadora de marketing do laboratório, Fernanda Januzzi.

Conrado Almada, Christiana Quady, Danilo Araújo Nogueira, Fernando Fonseca, Gud Assis e Fernando Medeiros são os artistas profissionais selecionados. Além deles, participarão da mostra os artistas livres Ana Carolina Andreazzi, Daniela Angelo, Lohuama Lisboa,Marcelo Miranda e Silva, Mariana Laranjo e Stanley Mendes. Em todas as obras, foi realizada uma abordagem que permeia o universo da medicina laboratorial, da saúde e da qualidade de vida.

Na instalação audiovisual, será feita uma imersão no sistema circulatório, como acontece dentro do corpo, para mostrar artisticamente os elementos e suas funções, como por exemplo o sistema de defesa. A VJ Dani Fahur produziu um vídeo que será reproduzido em um dos ambientes, que mostra o fluxo sanguíneo e sua atuação com agentes causadores de doenças em cenas sincronizadas com a música, para fazer um espetáculo único.

Já a mostra fotográfica contemplará 10 imagens da coleção “O Fascinante Mundo Microscópico", produzida sob a coordenação da professora Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Dra. Rossana Melo em 25 anos de estudos sobre os mecanismos celulares envolvidos em inflamações e em doenças infecciosas. As fotos foram obtidas com microscópio eletrônico, e as imagens são baseadas em pesquisas realizadas no Laboratório de Biologia Celular do Instituto de Ciências Biológicas da UFJF.

Este universo microscópico também poderá ser visto ao vivo em lâminas do acervo laminotécnico do Laboratório Lustosa.

Após a exposição, as obras selecionadas em edital percorrerão as unidades do Lustosa durante os anos de 2018 e 2019.

Confira abaixo os resumos de cada obra:

ARTISTAS PROFISSIONAIS:

Conrado Almada (Micro-world): Pretende tornar visível o que existe, mas não se pode ver a olho nu. Neto de químico, teve acesso desde cedo ao microscópio, que era capaz de o transportar para uma uma dimensão mágica. Essa experiência desde a infância o fez pensar que existe muito mais no mundo e nas pessoas do que aquilo que é visto, ouvido ou sentido.

Técnica: Caneta posca sobre tela.

Christiana Quady (Nise Visceral): A obra ressalta as qualidades de imagens de cortes histológicos do córtex cerebral, invisíveis ao olho nu, trabalhadas junto à imagem de uma personagem da história médica brasileira, responsável por estabelecer laços profundos entre a ciência e a arte, Nise da Silveira.

Técnica: Acrílica sobre tela

Danilo de Araújo Nogueira (Ontologia dadaísta dos fluxos do corpo: o rito em nós): A obra se refere a uma tentativa de estabelecer uma fenda em nossos vasos sanguíneos mais capilares acerca dos discursos hegemônicos que buscam definir o sentido de existência.

Técnica: Mista (Colagem, crayon sobre papel, bordado sobre tela)

Fernando Fonseca (Canção interna): Propõe revelar o que normalmente passa despercebido ao olhar, da mesma forma como um laboratório atua trazendo à luz aquilo que está em desacordo, em busca de uma de uma melhor qualidade de vida. Sua inspiração foi ver o que há dentro das pessoas e achar, além tantos micro-organismos, elementos também determinantes para o processo de cura, como: o amor, os cuidados com a saúde, a confiança nos profissionais, entre outros.

Técnica: acrílico sobre tela

Fernando Medeiros de Moraes (Gênesis): A obra mergulha no gênesis bíblico e mitológico, Adão , Eva e Lilith, mas dentro de uma ótica científica, do evolucionismo e dos passos iniciais da investigação do corpo humano, feitas por Leonardo da Vinci, na Renascença. A tela é uma exaltação do poder visceral da vida através da evolução do conhecimento dos seus mistérios e engrenagens biológicas.

Técnica: Grafite, caneta nanquim e Posca, pintura acrílica, spray ou são usados na finalização da obra em tela tipo pai.

Gud Assis (Estrutura de todas as coisas): Sua maior e mais intensa relação com os elementos científicos foi por meio da vontade de ser pai. Na tentativa da gravidez, ele e sua esposa passaram por muitos exames e tratamentos. Neste trabalho, procura retratar a importância da ciência e que as pessoas são totalmente fruto de milhões e milhões de pequeninas partículas, assim como tudo que existe.

Técnica: Aerografia com tinta esmalte a base de água, acrílica, canetas Posca. Realismo, abstração e pontilhismo.

 

ARTISTAS LIVRES:

Carol Andreazzi (Coração raiz): A longevidade e os vasos sanguíneos ampliados pelas lentes do microscópio a inspiraram a inserir elementos como raízes, através da técnica de colagem e costura, em uma proposta em que a ciência, a botânica e a arte se encontram, numa espécie de mimetismo científico e estético. O coração é construído, assim, utilizando-se de raízes de plantas desidratadas, pintadas com tinta esmalte, costurada sobre tela, que recebem pinceladas aguadas de acrílica, produzindo luz e sombra, o que confere um efeito tridimensional.

Técnica: Colagem/costura

Daniela Angelo Jorge (Essencial): Autora de joias, a arte sempre esteve presente em sua vida. A obra “Essencial” visa expressar o coração não apenas como um órgão que é o símbolo máximo do amor, mas imprimir o sistema arterial por meio de materiais típicos de joalheria, em tela recoberta em folha de ouro.

Técnica: Mista, modelagem de escultura em arame com tule fixada sob tela revestida de folha de ouro.

Lohuama Lisboa (Proflobac): Proflobac busca passar a vida de uma flora bacteriana. Mostrar sua delicadeza, mas também seu poder. O termo bactéria as compelem uma visão mórbida, quando na verdade são vitais para existirmos. São realmente uma flora magnífica que, como tal, deve ser representada de forma rica em cores e formas, a fim de garantir sua importância.

Técnica: Pintura.

Mariana Laranjo (Madalena): O objetivo foi representar a dualidade existente entre arte e medicina de forma multidisciplinar, sensível e personalizada. A obra retrata Madalena, uma senhora portadora de anemia falciforme e os aspectos determinantes da doença.

Técnica: Acrílica.

Stanley Faustino (Pulsação): A obra foi inspirada na importância da doação e da transfusão de sangue, representada pelo punho em riste. O gesto remete à resistência, simbolizando a vontade de viver. Também se refere a estrutura genética, o DNA, que é exclusivo de cada indivíduo.

Técnica: Mista

Marcelo Miranda e Silva (Mulher): A mulher, representada pela “Gioconda”, de Da Vinci, é retratada sem cabelo em referência ao efeito comum no tratamento do câncer de mama. A pele é preenchida por imagem de células em exame histológico, reforçando o impacto do diagnóstico na auto imagem da mulher.

Técnica: Colagem e tinta acrílica sobre plástico, papel e tela

Foto: Divulgação


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