Eventos

Copa do Mundo 2014 - Favela Internacional Futebol Artístico

Rua Tomé de Souza 1418 – Savassi

Salão cultural da Aliança Francesa

(31) 3291-5187

Entrada Gratuita

de segunda a quinta das 8 às 21. Sextas e sábados, das 8 às 16h30


 

O renomado artista francês Rodolphe Huguet realiza em Belo Horizonte o projeto Copa do Mundo 2014 –Favela Internacional Futebol Artístico, que envolve intervenções urbanas e uma exposição. Neste domingo (6), em parceria com a Aliança Francesa Belo Horizonte, a Radio Favela e a Escola de Futebol Indianápolis, ele realiza um mini torneio de futebol no campo do bairro Estrela de Oriente, às 14h, com cerca de 50 jovens entre 12 a 14 anos.

 

Os participantes são moradores das favelas no entorno do campo, como Vila Paraíso, Conjunto Ferrara, Cabana Pai Tomaz, Favela das Casinhas, Vila Bernadete, Ventosa e Nova Cintra. Eles são alunos da “Escola de Futebol Indianápolis”, dirigida pelo ex-atleta profissional Carlos Roberto Silva – o Índio, que já lançou jogadores como Túlio de Melo. Antes da partida, Rodolphe Huguet vai fotografar cada participante e produzir figurinhas adesivas, estilo Panini, com o nome do “jogador”.

 

Ainda na França, o artista produziu bolsas de luxo a partir das bolas da Copa do Mundo. No dia 11 de julho, os jovens que participaram do projeto e o próprio Huguet irão distribuir as figurinhas, que estarão nessas bolsas, no bairro Estrela do Oriente, na vizinhança, no centro da cidade e na região da Savassi. Rodolphe desenvolveu também outros adesivos com uma foto de uma velha bola de futebol encontrada no Brasil, em uma viagem no ano passado, que também serão distribuídas.

 

O gesto, embora simples, tem o objetivo de ecoar o que se passa no Brasil ao redor da Copa do Mundo. Da bola de luxo, sai uma velha bola, usada, miserável, do mesmo país. É uma maneira de recolocar na frente do cenário e valorizar uma população que tende a ser esquecida, do mesmo jeito que esta velha bola esquecida num canto do Brasil. Todo o processo, desde o início, será filmado e fotografado. O resultado do projeto será exposto no jardim da Aliança Francesa Belo Horizonte, no dia 18 de julho, com entrada franca.

 

Pela quarta vez no Brasil, Rodolphe Huguet faz residências em diversos países e suas viagens são uma maneira de trabalhar sua arte com as populações locais. Durante as suas três residências anteriores em Minas Gerais, apoiadas pela Aliança Francesa de BH e pelo Institut Français, ele trabalhou com mineradores da Mina de Topázio Imperial da pequena cidade de Antônio Pereira, e com lapidadores de Ouro Preto.

 

“Estar em outro lugar significa uma perda de referências de hábitos, o que me leva a ser mais atento, mais receptivo ao que acontece em torno de mim. Um objetivo simples para compreender o funcionamento do presente no qual eu evoluo: eu espreito, eu bisbilhoto a fim de reencontrar a fonte e a trama de alguma rede de situações, de profissões, de atitudes. Pela minha curiosidade da vida, meu funcionamento de uma residência me traz a novidade cultural, social e política necessária”, comenta.


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