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Exposição "Octávio Araújo: Alquimia & Gravura"

Avenida Brasil, n° 75 - BH

cAsA – Obras Sobre Papel (Avenida Brasil, n° 75).

Entrada Franca - Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 10 às 19h. Sábado, das 10 às 14h.

Inauguração: 28 de junho de 2016, às 20h Visitação: de 29 de junho a 27 de agosto.


 

O mistério e a magia, a mulher e a natureza... Uma justaposição de objetos, figuras e locais, perspectivas invertidas e acúmulos de sentidos. A obra de Octávio Araújo e todas as suas facetas estará em exposição na cAsA – Obras Sobre Papel, na mostra "Octávio Araújo: Alquimia & Gravura", com inauguração no dia 28 de junho, às 20h.

 

Com curadoria de Maria do Céu Diel de Oliveira, a individual reúne mais de 20 gravuras produzidas pelo artista na década de 70, a maior parte litogravura. “São alegorias quando assumem um sistema retórico de superação da linguagem, ressignificando uma ideia abstrata através da convivência entre as formas. São alegóricas as figuras, quando seus atributos fundem sentidos, por proximidade ou por sugestão”, define a curadora.

 

Idealizada por Lúcia Palhano, a mostra vem sendo pensada há mais de um ano, entre trabalhos de pesquisa e uma longa visita a Klara Gourianova e Arinka Araújo – esposa e filha do artista. “Quando comecei a me interessar por gravura, logo me deparei com obras do Octávio e passei a colecionar. Na ocasião da inauguração da cAsA a ideia era abrir com uma exposição dele, mas ele havia acabado de falecer (2015). Então aguardamos um pouco e foi ótimo, pois tivemos a oportunidade de conhecer sua família de perto e entender melhor seu processo criativo e sua história”, conta Lúcia.

 

A afinidade do artista com o surrealismo, principalmente pela apresentação de uma atmosfera mística, está presente na exposição. “Ele nunca se rotulou. Mas ele sempre se sentiu ligado à questão onírica, ao sonho, expressões além da realidade. Porque no sonho tudo é possível”, comenta Arinka Araújo.

 

“Nos sonhos, tudo se subverte: a gravidade, a escala, o tempo, o espaço, os lugares... São imagens e ideias independentes, que devem conviver e atravessar os sentidos. São formulações e conjurações mágicas, que devem ser recitadas e observadas à meia luz. Octávio Araújo, em sua generosidade, deixa-nos vislumbrar, através da quarta parede de suas gravuras, um átimo destes lugares da memória, na qual somos convidados a habitar enquanto durar o tempo da contemplação”, finaliza a curadora Maria do Céu.

 

Sobre Octávio Araújo

Octávio Ferreira de Araújo (Terra Roxa, SP, 1926 - São Paulo, SP, 2015). Gravador, pintor, desenhista, ilustrador, artista gráfico. Estuda pintura na Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo, com Edmundo Migliaccio e José Barchitta, entre 1939 e 1943. Integra o Grupo dos 19, em 1947. Dois anos depois, viaja para Paris, onde estuda gravura na École National Supérieure des Beaux-Arts (Escola Nacional Superior de Belas Artes) e frequenta o Gabinete de Estampas do Musée du Louvre.

 

Retorna ao Brasil em 1951 e, no ano seguinte, passa a residir no Rio de Janeiro. Trabalha como auxiliar de Candido Portinari (1903-1962). Com o prêmio de gravura do Salão Para Todos, realizado no Rio de Janeiro, em 1959, viaja para a China. Recebe em 1960 uma bolsa de estudos do Instituto Répin, em Leningrado, atual São Petersburgo, patrocinada pelo Ministério da Cultura da União Soviética (atual Rússia).

 

Em 1961, frequenta o Instituto Poligráfico em Moscou. Permanece nessa cidade por oito anos e trabalha como ilustrador de livros latino-americanos, tradutor e dublador de documentários. É realizada em 1972 a mostra “Octávio Araújo: 20 Anos Depois”, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubriand (Masp) e, em 1979, é publicado o livro Octávio Ferreira de Araújo: 10 Anos de Pintura, de José Roberto Teixeira Leite.

 

Sobre a curadora Maria do Céu

É graduada em Educação Artística (1989), Mestre em Educação (1996) e Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2000). Atualmente é Professora Associada II do departamento de desenho da Escola de Belas Artes, do qual foi chefe entre 2008 e 2010. Tem experiência na área de artes, com ênfase em gravura e desenho.

 

Realizou estudos pós-doutorais concomitantes na UNICAMP, junto ao Laboratório de Estudos Audiovisuais OLHO e na Universtá degli Studi di L´Aquila, no Dipartamento di Culture Comparate. Coordena o LINHA: grupo de pesquisa sobre o desenho e a palavra, sediado na EBA-UFMG. Foi bolsista da Fundación Carolina para desenvolver sua pesquisa sobre Tipografia e Arquitetura junto à Universidad de Granada. É professora participante do programa de pós-graduação em educação na FE-UNICAMP. Foi professora residente do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares – IEAT, da UFMG. Coordena o projeto de pesquisa financiado pela FAPEMIG – Máquinas para pensar.


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