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Filme: A Viúva Virgem

Av. Afonso Pena, 1537 – Centro

Cine Humberto Mauro | Palácio das Artes

às 20h - 25 de julho


 

Depois da última sessão, que trouxe  Mazzaropi à tela do Cine Humberto Mauro, a Mostra de Cinema Permanente Curta Circuito apresenta outro grande sucesso de bilheteria: a comédia A Viúva Virgem, dirigida por Pedro Carlos Rovai. Com Carlos Imperial, Jardel Filho, Adriana Pietro e Darlene Glória no elenco,  o longa teve um público de quase 3 milhões de espectadores e foi o terceiro filme mais assistido em 1972, ano de seu lançamento. A sessão é na próxima segunda-feira, dia 25 de julho, às 20h, no Cine Humberto Mauro. A entrada é franca, com distribuição de ingressos 30 minutos antes da sessão. Após a exibição, haverá bate-papo com o curador da mostra, o realizador Affonso Uchôa.

 

Com o tema Figuras Populares no Cinema Brasileiro, o Curta apresenta, neste que é o último bimestre de programação de 2016, filmes que foram sucesso de público. Os longas escolhidos mostram a oposição entre um ambiente conservador e a busca por uma liberdade individual, que necessariamente se afirma em oposição a um mundo moralista. “Não nos enganemos, o cinema brasileiro nos ensinou: o melhor caminho pra liberdade é através do sexo”, afirma Affonso Uchôa. Em A Viúva Virgem, por exemplo, o Rio de Janeiro atua como o lugar ideal para se respirar os ares da liberdade (e os prazeres do sexo). O filme narra as aventuras de uma viúva (Adriana Pietro) que perdeu seu marido, o  glutão Coronel Alexandrão (Carlos Imperial), na noite de núpcias. Ainda de luto, a jovem se muda de Minas Gerais para a cidade maravilhosa e conhece Constantino (Jardel Filho), que resolve conquistar a viúva e dar o golpe do baú. Ela  passa a verdadeiramente lutar para perder a virgindade, degladiando-se numa pra lá de simbólica disputa com o espírito do falecido,  personagem que ganhou até uma música tema, composta pelo próprio Imperial e gravada por Angelo Antônio, chegando a receber o prêmio de melhor canção pelo Instituto Nacional de Cinema, do Rio de Janeiro.

 

A Viúva Virgem l Pedro Carlos Rovai, RJ, 1972, 100'

Cristina fica viúva na noite de núpcias. Abalada, vai para o Rio e fica no apartamento que herdou do marido, o rico coronel Alexandrão. Lá, o malandro Constantino passa a cortejá-la e o fantasma do esposo aparece e a impede de perder a virgindade.

(Exibição em 16mm. Cópia de preservação da Cinemateca Brasileira.)

 

Pedro Carlos Rovai
É um cineasta e produtor paulista. Foi assistente de direção de Luís Sérgio Person, em São Paulo S/A (1965) e de Rubem Biáfora, em O Quarto(1968). No intervalo, criou a produtora Sincrocine, com a intenção de produzir comerciais, documentários e cinejornais. Em 1970 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se tornou, em poucos anos, um dos mais bem-sucedidos produtores brasileiros, revelando as possibilidades comerciais da comédia erótica carioca (Ainda Agarro Essa Vizinha, A Viúva Virgem, etc.), mas também trazendo para o gênero inusitadas reflexões metalingüísticas (Luz, Cama, Ação!) e ainda financiando filmes de outros gêneros (O Ibrahim do Subúrbio, Crueldade Mortal, etc.).

Jardel Filho
Ator paulista, fez parte do elenco de trinta filmes, entre outros, Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, Pixote, a Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, Terra em Transe, obra-prima de Glauber Rocha e filme emblemático do Cinema Novo'; O Bom Burguês de Oswaldo Caldeira, em 1982 e Rio Babilônia de Neville D'Almeida que foi seu último trabalho no cinema e que estreou depois da morte do ator. Atuou em mais de 10 novelas de sucesso e faleceu em 1982, quando fazia parte do elenco de Sol de Verão, novela de Manoel Carlos.


Carlos Imperial
Foi um produtor artístico e personalidade do show business brasileiro, falecido em 1992. Envolvido no lançamento das carreiras de Roberto Carlos, Paulo Sérgio, Elis Regina, Tim Maia, Wilson Simonal, Clara Nunes e inúmeros outros artistas, as atividades de Imperial incluem a produção de filmes e peças de teatro, participação em programas de televisão e autoria de músicas de sucesso como "A Praça" e "Vem quente que eu estou fervendo".

 

Sobre o Curta Circuito - Cinema de Afeto
Com o tema Cinema de Afeto, o Curta Circuito completa 15 anos de atividade em 2016 e tem muito o que comemorar. Durante sua trajetória, a Mostra de Cinema Permanente, que exibe exclusivamente filmes nacionais, sempre com entrada franca, conseguiu reunir um público de mais de 70 mil pessoas, que estiveram presentes em quase cinco mil sessões. A mostra, que a partir deste ano é dirigida por Daniela Fernandes, da Le Petit Comunicação Visual e Editorial, é uma das referências em Minas e no Brasil como ação de formação qualificada de público, espaço de reflexão, debates sobre a cultura audiovisual e todos os aspectos que a envolvem, sejam técnicos, narrativos, estéticos, culturais e políticos. Tendo já atuado em 18 cidades de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pará, a mostra hoje foca no público belo-horizontino e tem como “sede” de suas exibições o Cine Humberto Mauro. Já passaram pelo projeto convidados como Nelson Pereira dos Santos, Zé do Caixão, Sidney Magal, Othon Bastos, Antônio Pitanga, entre outros. O Curta Circuito atua também na preservação e memória do cinema brasileiro, trabalhando na restauração de filmes, em parceria com a Cinemateca do MAM-RJ. A iniciativa recebeu Mention do D'Hounner em Milão, em 2013, pela restauração do filme “Tostão, a fera de Ouro”, da década de 1970.

 

Foto: Sincrocine


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