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Até o dia 17 de agosto, o Espaço Cultural Vallourec recebe a exposição “Caminhos traçados”, da artista plástica mineira Glaura Pereira. A exibição é aberta ao público, que deverá fazer o agendamento prévio da visita. A entrada é franca.

As doze telas ilustram a relação entre homem e natureza nos dias atuais, retratando um mundo onde a tecnologia está cada vez mais avançada e a concorrência material mais intensa, invadindo todas as atividades corriqueiras. No conjunto, as formas lembram elementos naturais em disposições, onde o observador se conecta a imagens conhecidas, principalmente pela utilização de uma combinação de visão de topo e visão de frente numa superfície bidimensional.

Recombinações de imagens, recortes e colagens de desenhos representam uma metáfora para os atos de selecionar, suprimir, eliminar, obstruir, separar, dividir, dispor, dar forma e mudar algo de lugar de maneira determinada.

De acordo com o curador da exposição, Robson Soares, a proposta da mostra é dar visibilidade à obra da artista que, além de ter um viés acadêmico, retrata o amor e o respeito irrestritos à natureza e a todas as coisas que se relacionam com ela. “A Glaura é uma grande artista. Ela dialoga com os processos da natureza que, formatada segundo seus modelos, segue seu curso, seus hábitos,” explica Robson.

A exposição ficará em cartaz de segunda à sexta, das 9h às 17h. O acesso ao Espaço Cultural Vallourec é pela Avenida Waldyr Soeiro Emrich 1026, Via do Minério, Portaria V.

Sobre Glaura Pereira

Glaura Pereira é uma artista plástica (desenhista e gravadora), nascida e criada em Belo Horizonte, MG, sendo graduada pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (EBA/UFMG) e pós-graduada em Illinois State University, em Normal, Ill, nos EUA. As atividades de sua experiência artística envolvem áreas ligadas ao ensino, administração, pesquisa e orientação de pesquisas, além de especialização e aperfeiçoamento em outros cursos.

Tão importante quanto a formação da carreira artística, foi o convívio bem próximo à natureza em dois períodos distintos. O primeiro, durante a infância, quando todas as férias escolares eram passadas com os avós paternos em Lagoa Dourada (MG) cercada de pessoas com hábitos basicamente rurais à época. Os desenhos permaneceram na volta para casa após as férias, evidenciando a sua estreita relação com a natureza e a todas as coisas que se relacionam com ela.

Quando selecionada para uma bolsa de estudos no curso de pós-graduação nos Estados Unidos, inspirou-se nas belas plantações de milho da cidade universitária de Normal Illinois (EUA), projetadas com os recursos tecnológicos do lugar. Estas vivências se juntaram no trabalho de arte que, apesar de variações na forma ao longo do tempo, tem conservado no conteúdo a relação entre homem e natureza.

Os desenhos e gravuras da artista fizeram parte de várias exposições e salões de arte reconhecidos e de álbuns de gravura editados. Alguns pertencem a coleções de instituições e coleções particulares no Brasil e exterior.