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BH terá Teatro Multiuso na Pampulha durante a 22a CASA COR Minas Gerais

Alameda das Latânias, 30 – São Luiz – Pampulha – Belo Horizonte

Casa Cor Minas

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De 30 de agosto a 04 de outubro de 2016


 

Quando integrantes de uma das maiores companhias de dança contemporânea do Brasil, de renome internacional, e a maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas resolvem fazer algo em conjunto, pode ter certeza de que vem por aí uma grata surpresa. É exatamente isso o que vai acontecer na edição deste ano da CASA COR Minas, com a participação luxuosa de integrantes do Grupo Corpo, em parceria com profissionais da arquitetura e design de interiores, numa conformação familiar que vale a pena conhecer.

 

A história é mais ou menos assim: A designer de interiores Valéria Junqueira chamou sua filha, a bailarina Gabriela Junqueira, que integra o elenco do Grupo Corpo para desenvolverem, juntas, um projeto que pudesse ser apresentado nesta edição da CASA COR.

 

Com a intenção de encerrar em breve a carreira de bailarina, Gabriela teve a ideia de relacionar esse trabalho com a mãe, à sua área. Quando leu uma reportagem sobre a próxima CASA COR Minas, o sonho começou a tomar forma. “Li que este ano o evento teria uma área construída e que a programação cultural será intensa. Na mesma hora pensei: porque não apresentamos a proposta de construir um espaço multiuso, capaz de abrigar todas as manifestações artísticas e ainda possibilite variadas formas de utilização?”, comenta.

 

Estava dada a largada para o que foi singelamente batizado como Teatro CASA COR Minas. À dupla inicial juntou-se Pedro Pederneiras, marido de Gabriela, e seu filho Filipe Pederneiras, que ainda agregou mais um parceiro de profissão, Thiago Bandeira de Mello.

 

Experiência de longa data

 

Um dos fundadores e Diretor técnico do Grupo Corpo, Pedro Pederneiras é engenheiro e se especializou na construção e consultoria de espaços cênicos, além de ser responsável pela técnica de todos os espetáculos do grupo, que costuma se apresentar regularmente nos maiores teatro de todo o mundo. Pedro também constrói cenários e iluminação para espetáculo de teatro, dança e óperas.

 

Arquiteto e urbanista, Filipe Pederneiras é sócio do escritório Ø Arquitetos desde 2013, ao lado de Thiago Bandeira de Mello, que possui a mesma formação. Ao lado do pai, teve a oportunidade de atuar no desenvolvimento de diversos projetos arquitetônicos e cenotécnicos como do Teatro Bradesco e do Cine Theatro Brasil Vallourec, ambos na capital mineira. Juntamente com o sócio, assinaram o projeto do Cine Teatro Tony Viera, em Contagem, entre vários outros.

 

Valéria Junqueira cursou Belas Artes (UFMG) e Design de Interiores (UEMG).

Com mais de 25 anos de atuação na área, alia experiência em reformas e projetos residenciais e corporativos à visão artística nas composições dos ambientes que faz.

 

A bailarina Gabriela Junqueira está no Grupo Corpo há 12 anos, onde já se apresentou em mais 40 de países. Formada em Design de Moda, também assina figurinos para espetáculos de dança, teatro e musicais. Cresceu acompanhando a mãe desenvolvendo projetos de interiores e passou a trabalhar com ela no início de 2016. Está gostando tanto da experiência que já pretende ingressar na faculdade de arquitetura no próximo ano.

 

O resultado dessa feliz união familiar vai permitir à CASA COR Minas um espaço que oferece inúmeras possibilidades de utilização, podendo receber os mais diversos perfis de evento. Shows, espetáculos de teatro, dança, circo, bate-papos, palestras, lançamentos, e eventos diversos terão um local ideal  dentro da CASA COR Minas.

 

Trata-se de um projeto totalmente original, pensado exclusivamente para o espaço da CASA COR Minas. A ideia de desenvolver um teatro itinerante, de fácil montagem e reprodução, já estava nos planos de Pedro Pederneiras. Vale lembrar ainda que, com o Grupo Corpo, essa equipe já teve o privilégio de conhecer os melhores teatros e palcos do mundo. Já viram de tudo, tanto em termos de estrutura de plateia como também os bastidores destas grandes construções.

 

Por conhecer os bastidores dos teatros, surgiu a ideia do Camarim, ambiente que ficará localizado em um volume atrás do teatro. “Como será parte integrante da mostra, pensamos em criar uma espécie de camarim dos sonhos, com o conforto ideal para o artista”, explica Valéria. Ele terá acesso tanto por dentro como por fora do teatro. Um painel (assinado por um artista ainda não revelado pela equipe) irá separá-lo da parte interna. O camarim também contará com um figurino exclusivo, criado especialmente para a ocasião por Gabriela.

 

Projeto do Teatro

 

O espaço terá 16m X 6m de área, em uma estrutura de módulos de aço, facilitando a montagem e a execução de um projeto semelhante em qualquer outro lugar. A construção, como a equipe explica, é rápida, prática. Vale lembrar que quando o Grupo Corpo não dança em teatros de alvenaria, Pedro Pederneiras está acostumado a montar, em aproximadamente três dias, palcos de dimensão semelhante ao dos grandes teatros, garantindo o sucesso das turnês da cia. “Com a estrutura pronta, fica fácil”, comenta Pedro.

 

“Pensado para ser feito com a lógica estrutural quase que industrial mesmo, com tubos industriais mecânicos, a primeira coisa que a gente pensou é que queríamos fazer um espaço vazio, o mais versátil possível, e que, ao mesmo tempo, chamasse atenção do lado de fora, porque sua proporção é completamente diferente de outros espaços que se costuma ter na Casa Cor”, explica Filipe.

 

Resumindo, trata-se de uma caixa de 6m de altura, em estrutura metálica, formada por várias treliças, dentro de um conceito industrial, com uma cobertura de telha metálica termoacústica. Será uma espécie de teatro portátil, podendo inclusive ser replicado, instalado em diversos outros lugares.

 

Iluminação

 

A iluminação cênica será feita pela Tekhnê, especializada em iluminação para teatro, que participa da CASA COR pela primeira vez. A equipe está desenvolvendo um projeto próprio para o ambiente. Foram planejados três trilhos, que vão correr o galpão de fora a fora. Neles, será fixado um grid de tubos metálicos, onde ficará instalada a iluminação cênica. Isso permitirá que o palco possa ser montado nas mais variadas posições. “Serão usadas pequenas caixas com dimmers. Em vez de eu ter que levar cabo de energia para os pontos que eu quiser, coloco a caixinha diretamente no grid e só levo o cabo de sinal. Ou seja, haverá uma economia muito grande de cabos, facilitando a operação. É muito mais simples”, comenta Pedro.

 

Vista do lado de fora, essa solução para a iluminação dará a ideia de uma grande lanterna. “Para conseguir transformá-lo nessa lanterna, como planejamos, haverá outra estrutura metálica complementar, que ficará do lado de fora e vai envelopar tudo com uma tela expandida metálica, com uma proporção de vazamento de luz de mais ou menos 50%. Ou seja, metade dessa luz, de dia, vai entrar aí e, à noite, quando o palco estiver funcionando, a estrutura vira uma grande caixa de luz”, explica Filipe. Para filtrar um pouco da luminosidade, na parte interna dessa estrutura complementar que vai receber a tela metálica, haverá ainda um pano branco tensionado. “Na hora que a gente ligar mesmo, saturar a iluminação lá dentro, a estrutura vai virar uma grande lanterna, uma luminária gigante. Mas, ao mesmo tempo, quando estiver acontecendo um espetáculo e a iluminação cênica estiver montada lá dentro, a própria projeção dessa iluminação cênica no tecido e nas pessoas que vão estar apresentando, vai gerar um movimento, com as sombras, criando um efeito único”, comenta o arquiteto.

 

Inúmeras possibilidades de plateia

 

Além da versatilidade da montagem e do formato inovador de iluminação, a versatilidade da plateia também é enorme. Feita com praticáveis, plataformas metálicas de 1x2m, ela tem altura regulável que pode ser levantada de 20 em 20cm, até atingir 1m. Com capacidade para abrigar cerca de 60 pessoas sentadas, haverá também espaço para cadeiras, de acordo com a configuração do espaço.

 

O teatro terá três entradas. Dependendo da conformação criada para cada espetáculo, haverá sempre duas funcionando. Numa das opções, o palco pode ser aberto para o interior da CASA COR. Como as plataformas são móveis, pode-se montar várias conformações. Dá até para se ter plateia posicionada do lado externo, num gramado. Esse formato pode ser usado, por exemplo, para uma sessão de cinema, com imagens projetadas para ambos os lados.

 

Há a possibilidade de ser criada uma praça interna, montando os praticáveis em bloco, transformando o espaço em uma grande área de convivência; ou de se fazer um desfile de modas, com os praticáveis formatados como uma passarela. As opções são diversas. O palco pode ainda ser nivelado para se transformar numa espécie de café-concerto, abrindo o público em mesas do lado de dentro e lado de fora. Essas são apenas algumas das possibilidades de uso do teatro, que pretende ser o mais versátil possível, com soluções simples, funcionais e de baixo custo.

Foto: Divulgação


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