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Em outubro o Coren-MG expõe no Centro de Documentação e Memória (CDM) os trabalhos de 6 (seis) grafiteiros de Belo Horizonte: Ataide Miranda, Fhero, Krol, Lídia Viber, Nilo Zack e Wera, na mostra "Encontro Grafitti".

Ataide Miranda

William Miranda Ataide nasceu em Belo Horizonte. É um ilustrador expressionista e tem como inspiração temas mitológicos, lúdicos e teatrais. Em 2010 ingressou na faculdade de Design Gráfico, onde nas aulas de História da Arte foi descoberto por sua professora. Logo depois, começou sua caminhada nas artes plásticas.

Sua técnica é Nanquim sobre papel e acrílica sobre tela. Sua arte já está em muitas paredes como grafite. Sem riscar antes, o artista já começa com a tinta, traços e linhas onde surgem seus personagens e decorações. Já expôs em Sabará (2013) em comemoração ao aniversário da cidade, no Teatro Municipal, a convite da Secretaria de Cultura e na inauguração da galeria de arte Urban Arts em BH.

Fhero

 Fernando é natural de Osasco e desde 1997 trabalha com o grafite. Ele o utiliza em projetos sociais, trabalhos para empresas e o disponibiliza em maior escala para o grande público. “Atualmente trabalho com minha própria marca de street wear e com uma Organização Não Governamental (ONG) que atua em medidas socioeducativas.” 

Ao longo dos anos já participou de muitos eventos nacionais e internacionais. Um deles foi a conceituada exposição ”Guerra e Paz”, de Cândido Portinari, realizada no memorial da América Latina, em São Paulo. “Desenvolvi uma pintura no encerramento da exposição”, conta.

Além desta, o artista participou de exposições coletivas, como na Bienal Internacional Graffiti Fine Art, promovida Museu Brasileir da Escultura (MuBE), em São Paulo, e de “Essência”, evento francês com artistas de varias nacionalidades. No cenário internacional, um dos eventos do qual participou foi o “Muro por La Paz”, um dos maiores painéis temáticos do mundo, instalado no Chile.

 Krol 

Carolina Jaued nasceu em Belo Horizonte, estuda Publicidade e propaganda e design gráfico. É conhecida como KROL por atuar na street arte. Iniciou em 2007 na arte urbana “sticker”, conhecida popularmente como Lambe-Lambe.

Desde 2008 atua com o Grafite e em 2010 criou sua marca, a “Red Nails”, que desenvolve peças voltadas mais para o público feminino, que tem como princípio divulgar a street art. A marca surgiu para misturar o urbano sem perder a ideia do feminino.

Para ela, “os dois podem andar juntos”. Em 2012 iniciou como integrante da crew (grupo) Minas de Minas que valoriza o papel da mulher na cultura urbana e a efetividade das mulheres em todos os aspectos. Já participou de diversas exposições.

Lídia Viber

Lídia Viber é grafiteira e estuda Cinema de Animação e Artes Digitais na UFMG. Desde pequena tem contato com desenhos e tintas. Todavia, somente aos 15 teve contato com a pintura de rua em Belo Horizonte e outras cidades e estados. 

Em 2013 recebeu a comenda Clara Zetkin do Sindicato dos Professores (Sinpro-MG) pelos trabalhos que desenvolve nas ruas e por ser um exemplo de mulher. Essa comenda foi entregue a 25 mulheres que se destacam na sociedade por suas atuações em prol dos direitos e do protagonismo das mulheres.

Nilo Zack

Em contato com as tintas e pincéis desde a infância, Nilo Zack tem como referências: Caravaggio, Velázquez, Rembrandt, Norman Rockwell e artistas de BH, tais como Marcelo Gud e Lídia Viber. 

Artista urbano e grafiteiro, ele está em contínua produção. Estudou Cinema e Design Multimedia na UBI, na cidade de Covilhã, em Portugal e, atualmente, cursa Cinema de Animação e Artes Digitais na UFMG.

A figura mais conhecida de Nilo Zack é o palhaço, um garotinho com cara sapeca, boca vermelha e pintinha no nariz, estampado nas ruas, avenidas, espaços públicos e privados, distribuídos por Belo Horizonte.

A inspiração vem de seu sobrinho Juan Manuel, que tinha 3 anos quando lhe serviu de modelo. Seus trabalhos têm chamado a atenção pela originalidade do traço e alta qualidade da pintura.

Wera

Wemerson da Silva (Wera) é natural de Belo Horizonte-MG, mas reside desde    sua infância no município de Santa Luzia. Teve contato com o Graffiti em 1995,  após conhecer a cultura Hip-Hop, através do Breaking.

 Desde esta época se dedica ao desenho nas mais variadas técnicas, mesclando  ilustrações infantis ao Graffiti. Nos anos 90 conheceu o Projeto Guernica, no qual  atua como monitor numa oficina de Graffiti, Arte e História desde essa época. Ao  longo de sua carreira como educador em arte, participou de diversas palestras e  seminários de cunho social, tendo como foco a cultura Hip-Hop e atua em  projetos sociais como Espaço Criança Esperança, Fica vivo e Freud Cidadão.

 Já realizou trabalhos para empresas como Rizzuto Engenharia, Escola Bilíngue Tic  Tac Toe, Colégio Faculdade CEM, Big Ideias Caribbean Disco Club, Jaraguá  Country Club, dentre outras. Fez ilustrações voltadas para a conscientização sobre  os direitos humanos, como a Declaração Universal dos direitos Humanos, estatuto  da criança e adolescente, Centro de apoio às vitimas de violência, Secretaria da  mulher, dentre outras. Wera acredita que o fazer artístico educa e nos prepara para uma melhor relação  com os outros.