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Espetáculo “Danação”, um solo de Eduardo Moreira

R. Rio de Janeiro, 1046 – Centro

Teatro de Bolso Júlio Mackenzie - Sesc Palladium

R$ 10 (inteira) | R$ 5 (meia-entrada) | R$ 4 (comerciários)

20h


Um homem, diante de uma plateia, narra memórias do tempo em que viveu dentro do coração de uma mulher. Chegou despencando e lá conviveu com uma menina, que se escondia da morte. No entanto, nada parece estar evidenciado na memória do homem, empenhado no exercício de se lembrar. Por isso, ele se arrisca em inúmeras formas de contar. Este é o mote de “Danação”, peça que leva pela primeira vez ao palco o ator Eduardo Moreira (integrante do Grupo Galpão) em uma atuação solo, sob direção de Marcelo Castro (Grupo Espanca!) e Mariana Maioline. O texto do espetáculo, escrito pelo dramaturgo belo-horizontino Raysner de Paula, se apresenta como uma prosa poética que evoca imagens e metáforas para criar o percurso narrado por esse homem.

 

Criado ao longo de quatro meses de ensaio, “Danação” começou a ser pensado em 2014, quando Eduardo foi convidado pelo autor do texto para fazer a sua leitura dramática no projeto “Janela de Dramaturgia”. Desde então, o desejo de materializar essa ideia teatral ganhou contornos e agregou os artistas Marcelo e Mariana, que assumiram a direção da peça. Apesar desses artistas já terem se encontrado em outros trabalhos, é a primeira vez que os quatro elaboram, juntos, uma obra teatral. O cruzamento dessas distintas trajetórias foi um dos pontos altos desse processo criativo.

 

A montagem do solo partiu de dois princípios: o desejo de que as palavras do texto se fizessem vivas e tocassem a carne do espectador; e a criação de um vazio teatral, um espaço magicamente desocupado que se preenche com a imaginação da plateia.

O texto do espetáculo foi escrito com o desejo de dialogar com a poesia do Manoel de Barros e com os universos fabulados pelos escritores João Guimarães Rosa, Mia Couto e Adriana Falcão.

“Danação” aposta no ato narrativo (palavra + ação) por acreditar na potência da escuta, no ato de imaginar (e partilhar) outras formas de realidade; outras formas de habitar a vida (e a morte) e de enxergar os limiares entre o real o surreal. A peça faz um pacto com o espectador, conferindo-lhe autonomia para construir diversas imagens durante o desenvolvimento da narrativa. É um convite ao público para confabular junto, em um exercício de imaginação que é, também, uma forma de resistência, frente a todo embrutecimento das capacidades sensíveis que estamos submetidos atualmente.

 

SINOPSE

Um homem diz ter despencado dentro do coração de uma mulher e lá ter encontrado uma menina escondendo-se da morte.

 

Foto: Marco Aurélio Prates


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