Eventos

Geração Borgeana - Debate Memória e Resistência

Avenida Álvares Cabral, 400, Centro - BH

Casa do Jornalista

Bárbara Ferreira - (31) 99387-1159 Lipe Canêdo (31) 99805-2020

Valor: R$ 20,00 - Festa 22h

20h - Debate Memória e Resistência - Festa 22h


Com o intuito de resgatar a história de uma geração que marcou a política e a cultura mineira, o coletivo Almôndega se articulou com o Projeto Armazém Memória, o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e ex-moradores para transformar os 18 anos da moradia estudantil Borges da Costa em um filme. O projeto foi aprovado pela Lei de Incentivo Federal e agora o grupo se articula para lançar uma campanha de financiamento coletivo com um debate sobre ´Memória e Resistência´ e uma festa, no próximo sábado, dia 22.

O evento ocorre na Casa do Jornalista e contará com a presença do vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, Marcelo Zelic; Teuda Bara, do Grupo Galpão; e Nassau Louwerens, ex-presidente da moradia no período da desocupação. Em seguida ao debate, haverá uma festa com a apresentação da banda Tucupi do Tacacá, Dj Naroca, Dj Sallas e a performance ao vivo do videoartista Sandro Miccoli.

A plataforma de financiamento coletivo entra no ar no mesmo dia, com duas possibilidades de contribuição. Como a iniciativa foi aprovada pela Lei de Incentivo Federal, todas as pessoas físicas que fazem declaração completa de Imposto de Renda podem abater 6% desse valor doando para o projeto (veja mais informações nos links abaixo). Além disso, a plataforma também funciona como um financiamento coletivo tradicional, onde as pessoas podem contribuir e receber diversas recompensas.

“No momento político conturbado que vivemos hoje no país, a história da Borges da Costa se impõe como um exemplo de luta, resistência e altivez que merece ser resgatada. , afirma o jornalista e diretor Lipe Canêdo, um dos realizadores do filme. Também participam do projeto a jornalista Bárbara Ferreira e o publicitário Ricardo Fernandes Murad. “Já começamos o processo de pesquisa e a ideia é dialogar entre o documentário e a ficção, aproveitando a vocação teatral dos borgeanos e recriando a atmosfera ousada e irreverente da moradia”, explica Bárbara.

Todo o acervo coletado durante a pesquisa do filme será digitalizado e eventualmente disponibilizado online em parceria com o projeto Armazém Memória.

A moradia. A história da moradia começa em outubro de 1980, quando um grupo de estudantes da UFMG ocupou o prédio do antigo Hospital Borges da Costa, no Centro de Belo Horizonte. O edifício em condições precárias abrigou centenas de jovens universitários e se firmou como um centro nervoso da Cultura da capital mineira, até 1998, quando foi desocupado. Ali nasceram bandas, histórias, viveram artistas e em meio a uma reivindicação por políticas de assistência estudantil, o local também ficou marcado pela sua efervescência cultural.

“Você chega em um lugar em que as 3h da manhã tem alguém pintando uma parede, ai você andava, virava outro corredor, tinha alguém tirando a roupa em alguém tirando foto. Isso era o Borges da Costa. Era todo dia, toda hora tinha alguém fazendo alguma coisa”, relembra o ex-morador Gaby Claus Viana. Para ele o local ia além de um espaço físico, era permeado por arte e por uma vivência coletiva.

Foi a partir da luta da “geração borgeana” que após a desocupação do prédio em 1998, que surge a primeira moradia oficial da UFMG e com ela ganham força políticas de assistência estudantil da Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump). O prédio que sediou a moradia fica dentro do campus da Faculdade de Medicina da UFMG e hoje funciona como um hospital de câncer.

Foto: Celma Maria Nunes

 


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