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O artista expõe 10 pinturas recentes em acrílica sobre tela com medidas de 1 por 2 metros.

“A dor do corpo e a grandeza da alma são distribuídas, e como que balanceadas, por toda a construção da figura com a mesma força.
Não posso, neste espaço, comentar todos os inúmeros elementos contidos nessa obra: estoicismo, teoria da empatia, a determinação do estético pelo ético. Vale destacar, no entanto, a evidente filiação do artista com as teorias do sublime em voga sobretudo na Inglaterra e na França desde o início do século XVIII, bem como ao surrealismo latente.

Outro ponto central: devemos dizer que na sua concepção o autor flui a sua arte em um quase “não momento” entre o período arcaico e austero e o de decadência maneirista. Ou seja: o ideal encontra-se em um espaço, em uma abertura que está além ou aquém do tempo.
Enfim, a natureza imprime um determinado caráter, um éthos, uma conformação ao corpo e ao ser. Esse mesmo selo do corpo helênico puro e perfeito, livre de qualquer doença e impureza, expressa-se na grandeza quieta das obras surrealistas de Leopoldo Mendes.