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Lançamento do CD It! Banda Tempo Plástico

Rua Alagoas, 1172 - Savassi - BH

A Autêntica

Info: (31) 3654.9251 – 8229.2222

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01/11 – as 21:00hs


A banda está convidando as bandas Tianastacia e Cachorro Grande para os shows de lançamento em 4 cidades de Minas Gerais, além da banda de abertura Eckolu em 3 cidades, inaugurando assim o Ultra Rock Festival.

 

Alguns discos foram feitos para serem escutados no volume máximo. É o caso de IT, da banda belo-horizontina Tempo Plastico, que surgiu em 2006 na capital mineira com a proposta de fazer um rock pesado, experimentar as influências e criar um som que se esquivasse de rótulos e modismos. Itnasce na correria do relógio, das ideias que borbulhavam nos encontros diários entre os integrantes.

 

Essa urgência está impregnadana sonoridade. Fábio Gruppi (vocal), Cláudio Moreira (guitarra), Saulo Ferrari (bateria) e Luciano Porto (baixo) lançam osegundoálbum do grupo e o primeiro com a atual formação, reunida há um ano e meio. Tendo a experiência e o aprendizado de Fazendo a lata velha voar (2013), que marcou a estreia da banda, o TP segue inquieto, à procura de algo.

 

Entre agosto a outubro do ano passado, o quarteto passou pelos processos de pré-produção e finalização do disco. O Tempo Plastico começou a tocar músicas de IT, ao vivo, há seis meses. Produzido por Michel Kuaker e masterizado por Carl Saff em Chicago, nos Estados Unidos, It foi gerado com a intensidade de quem acredita no que está fazendo. O tempo urgia e a banda mergulhou de cabeça num ritmo frenético de criação. O que, para o quarteto, foi bom. As coisas tinham de acontecer. E eles sabiam como.“Foi um processo intenso, um trabalho árduo. Era natural que isso aparecesse no disco”, comenta o baixista Luciano.

 

E o tal entrosamento, tão necessário, veio com o passar dos dias no estúdio e na convivência na estrada e madrugadas adentro. “Forçamos o processo criativo. Fluiu, não sei se na marra”, diz o baterista Saulo.As influências do stoner rock e do grunge percorrem todas as faixas do álbum. Ao mesmo em que evidencia isso em seu som, o Tempo Plastico foge de reproduções e mostra como a banda conseguetrilhar caminhos artísticos próprios. O vocalista Fábio deixa claro: “Acreditamos muito nesse trabalho”.

 

As composições, sobre experiências pessoais, situações cotidianas do cenário urbano e os atritos e as incertezasgeradas na relação com o outro, são diretas, sem rodeios. Ora em português, ora em inglês, as letras registram também esse momento acelerado pelo qual a banda passou para gravar o álbum.O som do TP parece perseguir avelocidade e a fluidez da literatura beatnik de Jack Kerouac, influência confessa dos compositores Fábio e Cláudio.

 

IT é sujo, sem enrolação e vai direto ao ponto. Um som pesado e pra cima. “Stoner”, que abre o disco e teve clipe lançado no início deste ano, dá o recado. Acenda um cigarro, acelere o carro, pegue a estrada e vá fazer o que vier à cabeça.É a sensação que dá ao escutar a faixa. Um sentimento de esperança e liberdade continua em “Hoje eu acordei”, a música de trabalho.Uma guitarra rápida rasga como máquina em“Hit do Verão”, que ganhou um lyric video produzido e dirigido pelo Tempo Plastico.

 

Na sequência, algo mais sombrio, com ares de Black Sabbath. Crítica à soberba dos políticos, “Fly” tem um vocal angustiado e termina com gritos desesperados do vocalista. Os versos Do futuro não se sabe/Nem se pode esquivar/Ousadia é escolher com o coração, de “Por um fio”, parceria de Fábio com a letrista Brisa Marques, resumem a atitude do quarteto frente ao que está por vir. E o desconhecido não os assusta, pelo contrário, parece excitá-los.

 

O riff de “Future”, canção-verbo, lembra Titãs nos anos 1980. Ao longo de suas 10 faixas, Itmescla bem algo que é pesado e tem uma melodia que atinge as pessoas sem causar estranhezas. “Treze”, que fecha o álbum, é um punk-rock pra dançar. O disco termina barulhento, deixando no rastro a vontade de ver o grupoao vivo, jogando no palco, ondese sente tão à vontade. O conceito visual impresso no minimalismo da capa remete aos anos 1990. Com o encarte aberto, o que se vê é um touro dentro de um frasco. “Empacotar o impacotável. O IT é isso”, resume o guitarrista Cláudio.

 

O cuidado com o trabalho mostra que o Tempo Plastico tem ambição e sabepor onde transitar. Vão jogar o jogo sem pudor, apostar as fichas cientes de onde podem chegar. It é a cartada. O disco deixa claro e é como se a banda dissesse: essa é a nossa músicae é isso o que a gente quer fazer.Com inquietude e urgência – no som e no discurso.

Foto: Divulgação


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