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A história da videoarte no Brasil na obra de Anna Bella Geiger - 1974-2017

R. Benvinda de Carvalho, 60 – Santo Antônio - BH

Galeria Murilo Castro

Entrada Franca

23 de novembro até 22 de dezembro


Se a arte nasce das inquietações humanas, pode-se dizer que Anna Bella Geiger fez uma verdadeira revolução nos meios e formas de expressão artística no Brasil. Com um olhar voltado sempre para o novo, ela expandiu sua capacidade criativa, inaugurando no país, no início de 1974, um movimento de vanguarda que mais tarde se consolidaria em definitivo: a videoarte. Toda essa narrativa será retratada na exposição “A história da videoarte no Brasil na obra de Anna Bella Geiger”, promovida pela Galeria Murilo Castro, em Belo Horizonte, a partir do próximo dia 23 de novembro. A abertura contará com uma palestra da artista.

Experimental por natureza, Anna Bella, que nasceu em 1933 e ainda hoje produz obras de relevância inquestionável no Brasil, deu forma a uma arte que foi do moderno ao contemporâneo como poucos conseguiram fazer. Contudo, após os anos 1960, ela se viu limitada por linguagens já exploradas, como explica o galerista Murilo Castro. “Anna estava em pleno processo de ampliação inventiva e já era muito conhecida no meio artístico, porém, a certa altura da carreira, viu sua criatividade ser desafiada pelos meios usuais e decidiu, então, incorporar o vídeo ao plástico da sua obra. Dessa forma, ela desenvolveu uma linguagem inovadora no país expressa por meio do audiovisual”, pontua.

A história da videoarte no Brasil se confunde com a trajetória de Anna Bella. Precursora dessa técnica no país, ela foi uma dos quatro artistas nacionais que tiveram acesso, na década de 1970, ao Portapak, equipamento de gravação importado dos Estados Unidos. “Foi nesse momento que ela começou acapturar e reproduzir imagens de suas pinturas, objetos, gravuras, criando um conceito que oferecia novas possibilidades para a sua arte. Com isso, ela deu vida a obras que a colocaram em uma posição única e grandiosa no cenário da arte”, destaca Castro.

Com obras como “Mapas Elementares”, “Passagem” e “Circa”, a videoarte de Anna Bella Geiger aborda questões contemporâneas, como o contexto social, imagem da mulher e aspectos do próprio universo artístico, aproximando a arte do pensamento crítico. “Nesse sentido, ela se utiliza de redundâncias, loopings e outras técnicas para compor sua obra audiovisual, levando o espectador a questionar o tempo, e passear entre o presente e o futuro”, afirma o galerista.

Toda essa história e os fatos sobre a vida e carreia de Anna Bella Geiger – que também é escultora, pintora, gravadora, desenhista e professora – poderão ser conferidos até o dia 22 de dezembro, na Galeria Murilo Castro. “Os visitantes irão se encantar com uma grande montagem dedicada a essa artista transcultural que dividiu a história da arte no Brasil e poderão se inspirar com vídeos de performance e uma extensa produção intermidiática”, finaliza Castro.

Foto: Divulgação


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