Eventos

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais - Série Allegro

Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto

Sala Minas Gerais

Informações: (31) 3219-9000

ás 20h30 - 18 de fevereiro


 

A Filarmônica de Minas Gerais celebra o início da Temporada 2016, nos dias 18 e 19 de fevereiro, às 20h30, na Sala Minas Gerais, apresentando pela primeira vez uma das mais célebres obras de Villa-Lobos: Choros nº 8, inspirada pelas profundas raízes do folclore brasileiro e elevada à grandeza sonora que só uma orquestra pode produzir. Sob regência do maestro Fabio Mechetti, será revisitada a Sinfonia n° 2 em mi menor, op. 27 de Sergei Rachmaninov. O concerto conta com a participação dos pianistas Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.

Uma das novidades desta Temporada são os Concertos Comentados. Antes de cada apresentação das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce, o público terá a oportunidade de saber um pouco mais sobre os compositores, suas obras e o contexto de sua criação. Além de músicos, há palestrantes de outras áreas do conhecimento. A curadoria desta inciativa é de Werner Silveira, percussionista da Filarmônica, para quem “a música é uma poderosa arte transformadora e saber um pouco das histórias e da época em que viveu cada compositor pode fazer toda diferença”. Os Concertos Comentados acontecem na Sala de Recepções da Sala Minas Gerais, das 19h30 às 20h, abertos às primeiras 65 pessoas a chegar e que tenham ingresso para o concerto do dia. Os mistérios dos Choros, a relação da obra de Villa-Lobos com outros artistas brasileiros e o papel do movimento nacionalista do início do século XX na compreensão e na afirmação da identidade cultural brasileira são o tema dos dias 18 e 19 de fevereiro.

 

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais e contam com o patrocínio do Mercantil do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Já as palestras dos Concertos Comentados são apresentadas pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Supermix por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

O maestro Fabio Mechetti

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

 

Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra da Rádio e TV Espanhola em Madrid, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere e na Itália, dirigindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2016 fará sua estreia com a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

 

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O Barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello. Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.

 

Os pianistas Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini

Formado em 1984, o duo pianístico Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini é reconhecido como um dos mais destacados do país, com apresentações nas principais séries e salas de concerto do Brasil. No exterior, apresentou-se na Alemanha, Suíça, Itália, Canadá, Rússia e Japão. Em 1996, os artistas concluíram mestrado e doutorado na Staatliche Hochschule für Musik Karlsruhe, Alemanha, onde gravaram, em 1998, CD com obras de compositores brasileiros e alemães. Um segundo CD, gravado em 2005, foi citado, pelas revistas Diapason e Continente, entre as melhores gravações brasileiras do ano. Desde 1985, pertencem ao quadro docente da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sendo muitos de seus alunos destacados musicistas e professores de universidades federais brasileiras. Os dois têm sido convidados a participar de importantes festivais de música e como jurados de concursos de piano no Brasil e no exterior.

O repertório

Heitor Villa-Lobos (Brasil, 1887-1959) e o Choros nº8 (1925)

O Choros nº 8 é considerado o mais ousado e extremo do repertório de Heitor Villa-Lobos, de modo que alcunhas e epítetos proliferaram entre os críticos. O mais moderno e “fauvista” dos Choros, para o pesquisador finlandês Eero Tarasti, foi batizado na França como “o oitavo louco”, pois incorpora a contradição entre intenção e expressão. Os dois pianos concertistas, acompanhados de um generoso sortimento de instrumentos de percussão típicos do Brasil, caracterizam-se mais por sua percussividade e potência sonora do que por seu lirismo. Composto em Paris, finalizado no Rio de Janeiro e estreado na capital francesa em 1927, o também chamado “Choros da Dança” define-se pela complexidade rítmica e métrica, que culmina naquilo que Villa-Lobos chamava de “batalha dos ritmos”. Com a obra, Villa-Lobos busca projetar em um sentimento primitivo de música, encarnando de modo singular sua busca pela absoluta liberdade como músico, contrapondo-se à música europeia criada na época.


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