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A exposição reúne obras de 35 artistas consagrados no Brasil e no mundo, como Amilcar de Castro, Burle Max, Yara Tupynambá, Maria Helena Andrés, Fukushima, Inimá de Paula, Guignard- incluindo um dos seus primeiros desenhos em 1952-, entre outros. A entrada é gratuita e aberta ao público. 

De acordo com Paulo da Terra Caldeira, a coleção seguiu uma coerência com o agrupamento de artes abstratas, figurativas e paisagistas de 1960 até a contemporaneidade. “Os artistas expressam-se livremente por meio de de cores, linhas e nos convidam a imergir em uma viagem pelas belezas reais”.

As obras têm dimensões variadas que vão de 30 centímetros à dois metros de altura e são expressas em suportes e mídias diferentes, como as esculturas em ferro de Amilcar de Castro, desenhos nanquim de Guingnard, quadros em aquarela de Yara Tubynamba e Inimá de Paula, entre outros. “São obras em que nos identificamos. É como algo que conhecemos e que faz parte do nosso dia a dia, levando-nos à autorreflexão”, relata. Um dos destaques será a escultura O Guerreirodo austro brasileiro moderno Francisco Stockinger. Esculpida em ferro e madeira, é a maior obra exposta.

Algumas telas seguem um estilo de arte abstrata, como as do nipo-brasileiro Fukushima. Já outras conotam política e o concretismo, mas têm relação entre si. “Elas tendem a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que estes elementos podem nos sugerir. Muitas têm várias fases, desde a mais sensíveis até a intelectualidade máxima”, enfatiza o colecionador.

Para o curador da mostra Robson Soares, o acervo é um tesouro da arte. “Poéticas da Paixão é para quem realmente aprecia e também para quem deseja conhecer melhor as valiosas obras”.

O Espaço Cultural Vallourec está localizado à Avenida Waldyr Soeiro Emrich 1026, Via do Minério - acesso pela portaria V da Vallourec, Barreiro, Belo Horizonte. A exposição será gratuita e aberta ao público. Será necessário agendamento prévio.

Sobre o Paulo da Terra Caldeira

O colecionador Paulo da Terra Caldeira é graduado -se em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Minas Gerais e obteve o título de mestre em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação Científica e Tecnológica/Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realizou estágios e cursos de especialização no Brasil, em Portugal, no Reino Unido e no México. Foi professor da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (ECI-UFMG).

Caldeira começou a colecionar em 1967, a partir do gosto pela leitura de obras que remetem aos artistas. O acervo já passou, em 1980 e 1998 na mostra O Universo do Colecionar, promovido crítico de arte Morgan Motta no Museu Mineiro, em Belo Horizonte.