Eventos

 Para esta nova exposição, Lucchesi preparou pinturas inéditas que foram cuidadosamente guardadas durante alguns meses. Além da exclusividade desta produção especial de pinturas, é a primeira vez em quase 40 anos de carreira que o artista expõe os seus trabalhos em bico de pena, uma grande novidade que muitas pessoas terão oportunidade de conhecer pessoalmente. Estes trabalhos em bico de pena estão reproduzidos no seu mais recente livro “O finito e o infinito”, editora C/ARTE, que também será novamente lançado na noite de abertura da mostra, em noite de autógrafos.

 Entre as obras apresentadas, o artista explorou suas principais temáticas: Árvore da vida, Flores para Guignard, Africanas, Museus, Fachadas e, até mesmo, Cidades Invisíveis. Entusiasmado com a mostra, o artista produziu algumas obras da série “Cidades Invisíveis”, algo que não fazia há mais de 10 anos. Trabalhos sempre com uma trama de linhas, matérias, cores e pontos com as estruturas horizontais, verticais, triângulos, retângulos e quadrados.

 Reconhecido pelos nomes de maior peso da crítica de arte brasileira, como Frederico Morais, Aracy Amaral e Olívio Tavares de Araújo, além dos críticos de arte mineiros Walter Sebastião e Ângelo Oswaldo, como um dos mais representativos expoentes da chamada “Geração 80”, Fernando Lucchesi tem obras importantes em museus, coleções particulares nacionais e internacionais e coleções públicas.

O crítico de arte Olívio Tavares de Araújo, em seu texto de apresentação desta mostra, afirma: “A obra de Lucchesi prescinde de explicações e legitimações. Ainda que o sucesso nem sempre seja indício de acerto – pelo contrário –, seu sucesso coincide, gratamente, com a qualidade. Valendo-me da perspectiva que me permite o distanciamento geográfico, já que não vivo em Minas, não hesito em proclamar que Lucchesi constitui um dos mais verdadeiros e melhores artistas de sua geração em todo o país. Se em termos de grande público talvez seja nacional e internacionalmente menos badalado que outros, deve-se a sua opção de permanecer em Minas, cuja caixa de ressonância é menor. Nos círculos especializados seu prestígio tem-se provado imbatível.”

 Nascido em Belo Horizonte, Fernando Lucchesi é artista autodidata e um dos representantes do movimento Como vai você, geração 80?. Seu trabalho evidencia características da arquitetura colonial e barroca, influência dos anos vividos na cidade de Ouro Preto. Sua pintura é considerada uma das mais vigorosas da arte brasileira.

Foto: Divulgação