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Lançamento do livro “E a vida continua”, de Eduardo Carlos Tavares e Gláucia Rezende Tavares

Praça da Liberdade, s/n - Savassi, Belo Horizonte

Memorial Minas Gerais Vale

Informações: (31) 3343-7317

19h


Após 14 anos da edição do seu primeiro livro “Do luto à luta”, Gláucia Rezende Tavares, em parceria com o marido, Eduardo Carlos Tavares, publicam “E a vida continua” e o lançamento será dia 15 de dezembro, às 19h, no Memorial Minas Gerais Vale. “Neste novo livro houve a possibilidade de solarizar as perdas, conectando luz e sombras”, defini o editor geral, Vinício Barreto. 

“E a vida continua” trata de um problema universal, que é a continuidade da vida, após perdas de grande impacto, analisando o luto, seus efeitos, a vida nova, com seus diversos problemas e enfoques. 

Sendo o tema bastante vasto, o livro se divide em três partes. A primeira, “Ser (in)feliz ou ser aprendiz”, traz as visões de Eduardo e Gláucia sobre o tema, saindo do registro da perda e chegando à vida pós trauma, em conteúdos de uso amplo e em outros que abordam circunstâncias especiais, tais como as de luto parental, perdas de irmãos, o papel dos profissionais de saúde e outros. Como descrição de uma trajetória, é de forte impacto para toda e qualquer pessoa, pois todos nós estamos expostos a perdas, durante as nossas vidas. 

Na segunda, “Para conhecer e refletir”, autores diversos tratam de temas relacionados a perdas, em um painel que vai do reflexivo ao científico, apresentando material de apoio e de estudo, para diversos segmentos sociais e múltiplas profissões. 

A terceira, e última parte, “API e depoimentos”, dá voz a pessoas que passaram por perdas e a profissionais, que estão envolvidos no trabalho de apoio a esses enlutados, registrando sentimentos e verdades e propiciando conhecimentos e bases para outras pessoas que queiram se engajar no esforço coletivo e contínuo de reparação de traumas.

“A elaboração das perdas requer a humildade para aceitar o indesejável, entristecer, como resposta natural à adaptação psicológica e ir além, acionando humor para buscar leveza e a capacidade de buscar soluções funcionais”, refletem os autores. 

 

Prefácio 

O texto é da médica Ana Cláudia Quintana Arantes e fala dos papeis que interpretamos na vida e que às vezes ficam maiores do que a nossa essência. “Ficamos então tatuados com as manchas de nossos personagens. Quantas vezes estamos representando a nós mesmos e nos imaginamos tão bem disfarçados? Estamos nus diante das nossas perdas. Não há mais personagens diante do fim da vida, da nossa e da vida das pessoas que amamos”, argumenta a coautora do livro Cuidado Paliativo do CREMESP (2008) e Manual de Cuidados Paliativos – ANCP (2009).

 

Capa e Contracapa 

A capa é de Alice Barreto e as ilustrações são também de Alice e Rachel Leão. “Quando eu recebi a proposta de fazer a diagramação e o projeto gráfico do livro “E a vida continua” eu tive acesso aos textos e um termo usado me chamou a atenção, que é “solarizar”. Isso me deu a ideia de mostrar pessoas que apesar de terem o luto como parte delas (exemplificadas pelos textos que formam o contorno das ilustrações) são pessoas leves (por isso as pessoas não têm cor, elas estão em branco, cor que também simboliza uma paz de espírito), que estavam deixando o sol entrar. Achávamos importante não tratar esse luto como algo devastador e pesado, mas como parte da vida. O amarelo é justamente para retratar esse sol, deixando as pessoas mais quentes e alegres”, conta Alice.


Na contracapa de “E a vida continua”, Leila Ferreira, jornalista e escritora, escreveu: “Tornar suportável o insuportável: é assim que uma mãe que enfrentou a dor inqualificável de perder um ­ filho resume sua vivência do luto. Seu depoimento é um dos muitos que aparecem neste livro, uma obra onde relatos dilacerantes coexistem com histórias de superação, descobertas de sentido, reencontros com a vida e recomeços. Um livro sobre o luto em uma cultura que nega a morte e, ao negá-la, diminui o sentido da própria vida: por isso mesmo, um livro essencial”.

Segundo Eduardo e Gláucia, “E a vida continua” é consequência do tempo de desdobramento, amadurecimento e envolvimento das pessoas com a Rede API – Apoio a Perdas Irreparáveis – que coincide com os 18 anos de perda da filha Camile. “Prosseguir, a despeito das perdas e das dores. Aprender a fazer do processo de luto um contínuo aprendizado de construção de sentido para a vida.  Tecer esta rede de colaboradores e apoiadores, API, é uma satisfação por permitir acolher e amparar pessoas que se mostram desnorteadas diante desta complexa tarefa de lidar com a perda física e não se mutilar na capacidade de amar. Se a pessoa que morreu trouxe amor, alegria, paz, crescimento, força e sentido de vida, não é justo que tudo isso seja enterrado com o corpo falecido. A presença se anima pela respiração, pelo silêncio e pelo bom humor, deixando a nossa mente ativa. O amar é a imortalidade dentro de nós”, completa a psicóloga.

Foto: Divulgação


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