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Exposição inédita na galeria do BDMG Cultural apresenta Cláudia Lima, uma artista de texturas

“Aubusson, Minas e outros lugares” revela um percurso criativo, uma linguagem própria e a influência de espaços geográficos

A Galeria de Arte do BDMG Cultural receberá, de 10 de abril a 4 de maio, a exposição inédita Aubusson, Minas e outros lugares, da artista Cláudia Lima. A mostra revelará trabalhos de pintura, escultura, tapeçaria, vídeo e instalação, que apresentam as geografias do universo artístico de Cláudia, iniciado no Rio de Janeiro, desenvolvido em Aubusson (França) e outros lugares na Europa, e uma íntima ligação com Minas Gerais, um regresso às suas origens. A exposição estará aberta à visitação diariamente, de 10 às 18 horas. O acesso será gratuito.

 

Com curadoria de Luís Neves, Aubusson, Minas e outros lugares pode ser considerada uma exposição de texturas, que utiliza lã, óleo, resinas, cobre, ferro, pigmentos, papel, serradura e cordas para dar forma a um universo têxtil contemporâneo, composto por fios, tramas, teias, emaranhados, labirintos e enredos. “No eixo espaço/tempo, a artista Cláudia Lima trabalha o fio na construção do material do corpo (obra de arte) e na definição da textura”, explica o curador, português, de Lisboa.

 

Após expor na Europa, Ásia, África e Nova Iorque, Cláudia Lima imprimiu nesta exposição inédita, uma de suas principais influências - Minas Gerais, berço de sua família. Desde o início de sua carreira artística, o fio condutor do trabalho da artista sempre foi impregnado por uma influência ética mineira de se relacionar com o mundo, numa visão barroca que filtra a sua relação com lugares, com os quais está profissional e emocionalmente ligada.

 

A arte de Cláudia Lima vem de uma interferência Van Goghiana e Matissiana, que passa pelos modernistas e pela pop art, assumindo a sua originalidade na contemporaneidade. Em suas peças, o tempo criado por seu percurso se confunde com o material, que refletem e questionam a complexidade da comunicação e criam verdadeiras maquetes de uma artista do sentir humano.

 

- Cláudia Lima

 

Natural do Rio de Janeiro, Cláudia Lima tem em Minas Gerais a origem de sua família, ela é neta do ex-governador Israel Pinheiro da Silva e bisneta do também ex-governador João Pinheiro. Seu percurso artístico começou com Ivan Serpa, pintor e desenhista carioca. Posteriormente, nos anos 80, estudou e produziu tapeçaria em Aubusson, na França, na École National D’Art Décoratif, e desenvolveu a sua própria linguagem, que passa pelo têxtil, pintura e escultura. Ainda na Europa, seguiu uma linha de pesquisa artística baseada na criação de objetos escultóricos que nascem de uma textura e ganham forma e vida, como se fossem maquetes de uma construção para usufruto sensorial. Atualmente, Cláudia busca refletir sobre aspectos da contemporaneidade como identidade, pertencimento a um lugar geográfico, origens, condição humana, relações interpessoais e guerra.

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