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Ateliê de Performance O(S)TRAS estreia em Belo Horizonte no Memorial Vale

Em exibição na Galeria do Memorial Vale entre 25 de abril e 5 maio, o projeto O(S)TRAS convida o público a ver e interagir com os processos de criação de uma performance

Escancarar ao público as etapas do processo de criação de performances e abrir espaço para interação, questionamentos e trocas, além de apresentar trabalhos inéditos em performance arte e vídeo-performance para o público. Essa é a síntese das ações que o projeto, inédito na capital mineira, Ateliê de Performance O(S)TRAS levará ao Memorial Vale no período de 25 de abril a 5 de maio. Os ingressos gratuitos devem ser retirados 1 hora antes do evento (um ingresso por pessoa, sujeito a lotação)

O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita. Saiba mais em https://memorialvale.com.br/pt/ .

Depois de circular pelo Uruguai, São Paulo (Sesc da Avenida Paulista ) e Chile (Festival Internacional Santiago Off) chega em Belo Horizonte o Ateliê de Performance O(S)TRAS, idealizado e produzido pelo grupo de artistas performers mineiros composto por Carolina Correa, Ludmilla Ramalho, Tiago Macedo e Tina Dias. O projeto de ateliê aberto O(S)TRAS é caracterizado como uma ocupação imersiva de corpos latino-americanos em seus limites e urgências. Trata-se de uma pesquisa transdisciplinar voltada para o desenvolvimento de processos artísticos no campo da performance arte, resultando em diversos suportes como performance testemunhal, a videoperformance e instalações sonoras e visuais, sempre em diálogo com a dança, o teatro e a música experimental. Os trabalhos refletem sobre temas como violência de gênero, maternidade, etarismo e outras questões que dialogam com as fronteiras do corpo e dos territórios da memória. O coletivo de artistas conta ainda com os artistas Eliatrice Gischewski, Kênia Dias, Cris Diniz, também provocadores artísticos e criadores e, com o arquiteto Alexandre Brasil, que assina a expografia.

O(S)TRAS é um convite ao espectador a testemunhar experiências artísticas inéditas, sem hierarquia do olhar, ficando livre para transitar entre as obras, sejam elas instalativas ou performances em tempo real. Além disso, por se tratar de um ateliê de performance, os artistas ativarão o espaço com trabalhos inéditos em diversos horários e dias da ocupação.

O Ateliê O(S)TRAS convidará para essa edição no Memorial Vale, em sua estreia em Belo Horizonte, a curadora e professora Talita Trizoli de São Paulo, renomada e reconhecida por sua pesquisa em arte feminista. O projeto propõe uma palestra com o tema "Performar é um ato feminino” com foco nas artes performáticas e um bate-papo com mediação após a apresentação das performances do Coletivo O(S)TRAS.

A investigação do trabalho começa a partir do conceito de autoficção, destacando as contribuições de Serge Doubrovsky, que cunhou o termo, e a análise da obra "A Poética do Devaneio" de Gaston Bachelard e integrando conceitos de artistas como Lygia Clark, Patrícia Leonardelli e Diana Taylor. O Ateliê propõe experiências imersivas e instalações dramatúrgicas que surgem a partir dos textos “La Mujer Bomba”, da escritora croata Ivana Zajko, a “História do Olho” de George Bataille e nas obras “Corpo Desfeito”, de Francis Bacon, “Um Guia Pussy Riot para o ativismo” de Nadya Tolokonnikova e “Balkan Baroque” de Marina Abramovich.

O(S)TRAS convida

O Ateliê Aberto de Performance O(S)TRAS realizará palestra com a curadora convidada Talita Trizoli (SP) no sábado, dia 27 de abril às 15h no Auditório do Memorial Vale. Além disso, a curadora participará na ativação do ateliê junto com os artistas, na sexta-feira, dia 26 de abril, das 14h às 17h, onde serão compartilhadas referências das pesquisas, obras em processos e debates sobre o processo de criação. Com foco nas abordagens sobre gêneros e feminismo, a conversa terá como linha condutora a imersão das artistas e performers do Ateliê O(S)TRAS, trazendo uma discussão sobre o hibridismo de linguagens no campo da performance e sobre as complexidades de diversos temas que atravessam os corpos ali presentes.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Idealização e coordenação geral: Carolina Correa, Ludmilla Ramalho e Tina Dias
Curadoria de Programação: Ludmilla Ramalho
Artistas: Carolina Correa, Eliatrice Gischewski, Ludmilla Ramalho, Tiago Macedo e Tina Dias
Curadora convidada: Talita Trizoli
Instalações Sonoras: Tiago Macedo
Projeto Expográfico: Alexandre Brasil
Projeto de Luz: Cris Diniz
Comunicação Digital: Rizoma Comunicação & Arte - Letícia Leiva e Paloma Morais
Produção: Cuia Cultural e Bruna Bof
Técnico multimídia: André Veloso
Montador: Geraldo Peixoto

SERVIÇO: Ateliê de Performance O(S)TRAS
Quando: de 25 de abril a 5 de maio de 2024, de quarta a domingo
Onde: Galeria do Memorial Vale
Classificação etária: livre
Duração: 120 minutos.
Capacidade: 60 lugares.
Gratuito. Sujeito à lotação.

Serviço: Memorial Minas Gerais Vale
Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi.
Horário de funcionamento: Quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita

Memorial Minas Gerais Vale

O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,4 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.

MINIBIOS

Carolina Correa

Atriz, Diretora, Performer, Idealizadora do ENCONTRO LATINOAMERICANO DE TEATRO (ELA) e Curadora Internacional do Festival “TIRADENTES EM CENA”. Dirige, investiga e atua em obras auto-ficcionais. Mestre em Artes pela UEMG 2024, Pós-Graduada em “Teatro de los Sentidos” 2021/ Universidad de Girona / Espanha, Pós-Graduada em Performance e Arte pela Faculdade Angel Vianna 2013 / Rio de Janeiro e Graduada em Comunicação Social pela PUCMinas 1998 / Belo Horizonte. Dirigiu o curta “ANA” ganhador do prêmio de melhor atriz e curta-metragem autoficcional em “Cannes World Film Festival 2022”. Atua há mais de 10 anos nos solos autoficcionais "Carolina, Lorca", TROMBO, ROMA e O(S)TRAS apresentados em diversos festivais de teatro no Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Cuba e Espanha.

Ludmilla Ramalho

Graduada em Teatro pela UFMG (2009) e pós-graduada em Performance pela Faculdade Angel Vianna (2013), Ludmilla Ramalho é performer, curadora, atriz, diretora, mãe da Catarina de 3 anos, feminista, LGBTQI+ e tem a performatividade como meio principal de expressão artística, trabalhando sempre no tensionamento entre as linguagens do teatro, da performance e das artes visuais. São objetos de estudo recorrentes em sua pesquisa a investigação de estados de consciência, identidade e pertencimento, violência de gênero, e estratégias de (como) ser/ estar no mundo. Atualmente realiza como curadora e co-idealizadora o Fórum de Fotopermance que está na sua segunda edição em Belo Horizonte. Já participou de diferentes festivais de performance e teatro no Brasil e no exterior, tais como FIT-BH, FITA e A SALTO (Portugal), Ciclo de Mujeres de Brasil (Argentina), Perfura Ateliê de Performance (BH-SESC), entre outros.

Tina Dias

Pós-graduada em Cultura e Educação pela FLACSO- Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais, Graduada em Educação Física pela UFMG, e formada em teatro pelo CEFART. Tina Dias é atriz, performer, curadora, dançarina, professora e gestora cultural. É integrante do Grupo de Teatro Armatrux (MG) há 28 anos, atuando em todo o repertório de espetáculos do Grupo, além de diretora de produção do coletivo. Sua pesquisa passa pela construção dramatúrgica a partir da relação entre movimento, objetos e imagens. Já se apresentou em todos os estados brasileiros e em importantes festivais do Chile, Argentina, Uruguai,

Bolívia e Equador. É idealizadora e curadora do “Encontro Latinoamericano de Teatro de Minas Gerais”. Atualmente compõe a equipe de Curadoria do FIT BH 2024 - Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte 2024.

Eliatrice Gischewski

Bailarina, preparadora corporal, pedagoga e professora de dança. Atualmente integra o elenco da Cia de Dança Palácio das Artes em Belo Horizonte. Foi bailarina do Camaleão Grupo de Dança e Cia Mário Nascimento, onde participou de diversas montagens e espetáculos. Foi professora de Ballet Clássico e ensaiadora do CEFART- entre 2008 e 2015. u”, e “Parada 7” (este pelo festival Horizontes Urbanos). É graduada em pedagogia pela Unopa e ganhou Prêmio de melhor bailarina pelos prêmios Sesc/Sated e Usiminas Sinparc em 2011 e 2012, respectivamente, pelo espetáculo Território Nu, também indicada como melhor iluminadora pelo espetáculo “O sonho das pérolas”.

Tiago Macedo

Multi artista e autodidata, Tiago Macedo se divide entre os caminhos da imagem e do som. Desde 2002 assina composições musicais sob pseudônimo de Tchilli Rodriguez, criando um trabalho autoral e também trilhas sonoras para espetáculos, filmes e publicidade. Teve seu álbum lançado em 2009 pelo selo Tupy Records. Participou como músico convidado de discos de diversos compositores, como Kritoff Silva, Jennifer Souza e a banda Constantina. Em 2021, fez a direção de arte, além de vídeos e composições visuais para a montagem dramaturgica COMO OS CIGANOS FAZEM AS MALAS do Grupo Galpão.

Alexandre Brasil - Cenógrafo

Alexandre Brasil é arquiteto e urbanista (Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, 1997) e mestre em construção metálica (Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP, 2006). É professor de projeto e técnicas construtivas nos cursos de Arquitetura e Urbanismo do UNI-BH e IBMEC. É sócio fundador do escritório Arquitetos Associados, estúdio colaborativo dedicado à arquitetura e urbanismo sediado em Belo Horizonte/MG, Brasil. Premiado internacionalmente pela ex-aequo na 4a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo em 1999, o prêmio ex-aequo na VII BIAL – Bienal Ibero-americana de Medellin, na Colombia, em 2012, os prêmios de melhor obra construída no Brasil em 2015 da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte e prêmio ex-aequo na X BIAL - Bienal Ibero-americana de São Paulo, em 2016 para a Galeria Claudia Andujar, também indicada para o MCHAP - Mies Crown Hall Architecture Prize, de Chicago, na categoria Architecture in Americas e Emerging Architects. Em 2021, o escritório realizou a curadoria do Pavilhão do Brasil na 17a Bienal de Veneza, na Itália, concebendo a exposição Utopias da Vida Comum. É coautor do livro Arquitetos Associados (Editora Miguilim, 2017).

Talita Trizoli – Curadora e palestrante convidada

Pós-doutoranda no Instituto de Estudos Brasileiros. Doutora em Educação sobre a supervisão do Prof. Celso Favaretto com a tese "Atravessamentos Feministas: um panorama de mulheres artistas no Brasil dos anos 60/70". Mestra pelo Programa Interunidades em Estética e História da Arte com a dissertação "Regina Vater. Por uma crítica feminista da arte brasileira", orientada pela Profa. Cristina Freire. Bacharel e Licenciada na área de Artes Visuais pela Universidade Federal de Uberlândia (2007). Foi professora na Faculdade de Artes Visuais e EAD da UFG, e no DEART - UFU. Foi pesquisadora do Núcleo de Estudos em Pintura e Educação (NUPPE) do departamento de artes da UFU, do GEACC - Grupo de Estudos em Arte Conceitual e Conceitualismos no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, do Kinosophia da FAFIL-UFG, do Grupo de Estudos em Estética Moderna e Pós-moderna da Faculdade de Filosofia da USP e atualmente integra o GAAI - GRUPO DE ESTUDOS - Gêneros, Artes, Artefatos e Imagens da USP. Curadora de projetos ligados às questões de feminismo, gênero, política e ética nas artes.

Foto: Gean Carlo SenoGean Carlo Seno

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