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Festival Fuegos: Chefs renomados vão preparar alimentos de todos os tipos tendo o fogo como único método de cocção

Carnes nobres, alimentos orgânicos, aves, peixes, massas e até jacaré e búfalo inteiro serão preparados ao vivo, no fogo, por chefs de destaque da cozinha mineira e nacional.

Surpreender o público com alimentos inusitados preparados na chama: essa é a missão saborosa da 2ª edição do Fuegos Festival, que acontece no próximo dia 12 de maio, sábado, de 14h às 22h, no Hangar 667, (Rua Henriqueto Cardinalli, 121, bairro Olhos D'Água, em Belo Horizonte).

Segundo um dos idealizadores, Marcelo Wanderley, a proposta deste evento, inovador em BH, é reunir 23 grandes nomes da gastronomia mineira e nacional, entre eles os chefs Mário Portella, referência no país em métodos de cozimento de carnes, considerado por muitos o “papa” desse tipo de gastronomia; Djalma Victor (OssO); Felipe Galastro (Templo Cervejeiro Backer); Flávio Trombino (Xapuri), Gael Paim (Baixo Lourdes); Américo Piacenza (Cantina Piacenza); Kiki Ferrari (Svarten Mugg); Felipe Rameh (Alma Chef); Léo Paixão (Glouton); Raffaele Autorino (Pecatore), Rodrigo Zarife (RO.ZA) e Roberto Bocabello, esse último de São Paulo, entre outros. Todos estarão em 18 estações de alimentos e irão preparar, ao vivo, porções com os mais variados insumos: carnes, peixes, aves, massas, frutos do mar e orgânicos de alta qualidade, tendo a brasa como único método de cocção. Depois de feitos, eles serão consumidos pelo público.

A inspiração dos produtores para desenvolver o Fuegos Festival vem do argentino Francis Mallmann, adepto da cozinha ao ar livre e considerado um dos melhores do mundo em preparar uma boa carne. “Seja na grelha, no forno a lenha ou no fogão, Mallmann não abre mão do modo rústico de fazer comida, que foge de molhos elaborados e ingredientes requintados, mas traz um estilo típico argentino, que agrada diversos paladares. É essa pegada que pretendemos trazer para o nosso festival, através da participação dessas feras da cozinha”, explica Wanderley. A estimativa de público para este ano é de quase duas mil pessoas, que durante as oito horas do evento devem consumir três toneladas de alimentos e cinco mil litros de bebidas.

Menu

A carioca Marina Mattos ficará responsável pela barraca vegana, com deliciosos preparos de alimentos orgânicos no fogo. Já Djalma Victor, do restaurante OssO, irá preparar cortes diferentes do gado Wagyu acompanhados com batata baby na manteiga de ervas. O Wagyu é uma raça de gado japonesa que dá origem ao kobe beef, carne mais cara do mundo. A fama dessa raça se deve principalmente à gordura entremeada entre as fibras musculares, o que lhe confere maciez extrema.

Flávio Trombino, do tradicional Xapuri, pensou em algo extremamente exótico para o Fuegos: vai assar um jacaré, que vem diretamente do Mato Grosso. A porção será acompanhada por molho ponzo e raiz forte ou por farofa de castanha do Pará. Segundo o chef, a carne deste réptil é magra e muito versátil, que vai bem em pratos de longa cocção ou simplesmente selada. Pode ser usada até mesmo em ceviches ou cozida apenas no suco de limão.

A carne suína também não vai faltar. Um dos representantes que irá trazê-la para o festival é chef Kiki Ferrari. Ele vai preparar um porco caramelizado no molho barbecue mineiro com farofa de nachos. Já o brisket e costelinha defumados acompanhados de salada de batata doce defumada ficam por conta dos chefs Gael Paim e Fábio Luppi.

A sobremesa fica a cargo de Carol Fadel, chef do restaurante Santa Fé, especialista em gastronomia saudável. Em sua estação Carol pretende fisgar o público com um crepe de doce de leite Viçosa defumado.

Evento terá chef referência em métodos de cozimento de carnes

Um dos diferenciais desta segunda edição do Fuegos Fetival será a participação do renomado Mário Portella, que vai assar um búfalo inteiro da raça angus, atração que promete prender a atenção do público. O mineiro, natural da histórica São João Del-Rey, se formou em gastronomia com planos de seguir a clássica cartilha francesa e servir a tradicional comida empratada em restaurante.

Entretanto viu sua trajetória mudar quando em uma consultoria em Bonito, no Mato Grosso do Sul, deparou-se com um boi abatido e decidiu assar as costelas em fogo de chão. Foi daí que surgiu sua paixão pelo fogo, que o tornou referência nacional em carnes. Hoje ele é adepto da possibilidade de trabalhar em uma cozinha a céu aberto e ter contato direto com a natureza. Por isso, abrir um restaurante é, talvez, plano para a sua aposentadoria, o que ainda está longe de acontecer.

Outras atrações

Além dos preparos nas estações dos chefs assadores, apresentações de rock com a Fuegos Rock Band, da qual fazem parte os principais músicos de BH, incluindo o bateirista do Pato Fu, Glauco Mendes, DJs convidados, wine e gin bar, fuegos store e fuegos kids, também estão na programação.

Os ingressos estão no 2º lote ao preço de R$ 210 (masculino e feminino), porém já estão quase esgotados. O 3º lote começa a ser vendido neste fim de semana, no valor de R$ 230. Os vouchers dão direito ao consumo livre nas estações (open food) e de chope Heineken, água e refrigerante, além de toda a programação musical e atrações. As vendas são feitas através do site

www.centraldoseventos.com.br/fuegosfestival, no restaurante OssO ou nas lojas próprias da Central dos Eventos.

*Os chefs estão orientados a servirem porções de até 120g, pode repetir quantas vezes quiser.

O uso do fogo na gastronomia

O uso do fogo para assar, que data de cerca de 1,5 milhão de anos, foi importante para a conservação dos alimentos. Com a sua descoberta, o homem pré-histórico deixou de comer carnes, aves e pescados crus e passou a assá-los diretamente nas chamas ou nas brasas, presas apenas a um espeto. “Ele [o fogo] foi o primeiro tempero descoberto pelo homem, já que o sabor de uma comida depende fundamentalmente da temperatura em que ela é consumida. Por isso, nada mais justo que um festival gastronômico que resgate a importância que este elemento da natureza tem para nossos ancestrais”, afirma o chef Djalma Victor, que ao lado de Marcelo é um dos organizadores desta segunda edição do Fuegos Festival.

Já para Matheus Fraga, que também faz parte do time de idealizadores, o fogo é o maior símbolo da cultura gastronômica e por isso merece assumir uma posição de protagonista no preparo dos pratos. “A própria história nos mostra o quanto a gastronomia não teria evoluído sem este elemento. O Fuegos Festival vem para resgatar o fogo como um elemento crucial para dar sabor aos pratos, além de um modo de preparo dos pratos, que é milenar e merece ser propagado”, finaliza.

Foto: Divulgação

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