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Produtoras mineiras lançam primeira edição do Festival Baderna - o almanaque digital de revoluções culturais

Em formato virtual, o Festival é totalmente feito por mulheres e fortalece a produção feminina em diversas áreas

Visando valorizar a produção feminina tanto no palco quanto fora dele, o Festival Baderna é 100% feito por mulheres, em toda a sua ficha técnica, do palco aos bastidores. Proposto em formato virtual, o Festival contempla as variadas formas artísticas, desde a música ao teatro e a dança, e também contará com uma Feira de produtos feitos por mulheres. Todas as atividades serão feitas de modo remoto, via instagram do evento (@festivalbaderna) e youtube, entre os dias 08 e 27 de junho. 

O evento nasce em 2020 como uma iniciativa que visa a valorização da mulher em todos os estágios da produção artística. Por conta da pandemia de Covid-19, o Festival é transformado e renasce como um almanaque digital de revoluções culturais. "A proposta de transformá-lo em um almanaque digital surgiu como uma tentativa de não repetir o modelo de outros festivais e mesclar produção de conteúdo com exibição de espetáculos e shows", explica Perla Horta, uma das idealizadoras do evento. 

Inspirado na bailarina italiana Marietta Baderna, que rompeu barreiras e levou aos palcos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a estética das danças afrobrasileiras na segunda metade do século XIX, período em que as mulheres sequer tinham direito à voz por conta do preconceito e da misoginia, o Festival Baderna é por si só um ato de coragem. 

Segundo Juliana Nogueira, uma das idealizadoras do evento, o Festival Baderna surge da "desmotivação de estar sempre em produções onde a maioria era de homens" e da observação do meio cultural como um espaço muitas vezes machista e masculino, com sátiras que diminuem e ocultam o poder das mulheres. Pensado como um lugar de escuta e acolhimento, o Festival Baderna traz a cumplicidade feminina para a ação coletiva de fazer cultura em tempos de pandemia e isolamento social. "O fato de ser mulher já é por si só uma vida de resistência", afirma.

Aos domingos, o Festival contará com apresentações musicais, sendo o dia 13 de junho reservado para a artista Cláudia Manzo, o dia 20 de junho o grupo Chorosas, e o dia 27 de junho para Josy.Anne. Já aos sábados, a programação traz a dança, o teatro e as intervenções artísticas para o palco virtual, no dia 12 recebemos a videoperformance de Luísa Machala, chamada "O olho da cabeça do céu", no dia 19 um espetáculo inédito de dança de Raquel Cabaneco e no dia 26 a apresentação teatral “Festival de ideias Brutas ep. 02" de Marina Amaral. Todas as apresentações acontecem às 16 horas no youtube.

Ao longo de toda a semana, produtoras de conteúdo abordarão temas de relevância social ligados ao Festival e comerciantes poderão apresentar seus produtos nos stories e no feed do instagram do evento, no formato de Feirinha virtual de divulgação. Alguns dos nomes confirmados são: Giovanna Heliodoro (@transpreta), Brisa Marques, Lira Ribas, Zora Tikar e Fê Felício. O processo curatorial contou com a colaboração da produtora e gestora cultural Karu Torres. Durante os 20 dias de evento, serão abordados temas como  maternidade real, espiritualidade, culinária, esquetes teatrais e de dança, performance, beleza, história, humor, diversidade e cotidiano  e também haverá a divulgação de perfis de mulheres criadoras de conteúdo. O Festival Baderna é realizado através do incentivo à cultura da Lei Aldir Blanc, é gratuito e livre para todos os públicos.

Sobre as artistas:

Cláudia Manzo - Compositora e instrumentista formada em canto no Chile, sua terra natal, Manzo reside em Belo Horizonte e trabalha com arte. É preparadora vocal, diretora musical e professora de canto. Foi coordenadora no Festival Sonora no Chile (2017 e 2018), criou projetos culturais em BH, com o Bloco de Carnaval feminista "Bruta Flor". Fez parte da banda Orquesta Atípica de Lhamas. A sua música é inspirada pela América Latina e seus ritmos, histórias, cultura e seu povo.

Grupo Chorosas - Nascido da paixão de mulheres instrumentistas pelo choro, o grupo tem como objetivo abrir para os amantes do gênero, formando assim grandes rodas para a prática e troca musical democrática, em um ambiente prazeroso e acolhedor. Elas misturam toques da música moderna latentes em suas vivências com a essência desse patrimônio brasileiro, resultando assim em um som alegre e audacioso

Josy.Anne - Natural de Minas Gerais, Josy.Anne traz ao palco um hibridismo de música étnica com referências dos tambores do congado mineiro. A cantora canta sobre temas que questionam a existência e o silêncio, o ser sagrado feminino e os dilemas dos negros – hoje e no passado. A performance utiliza a sonoridade do tambor e a sensibilidade do teatro para conectar o público às suas raízes. Atriz, percussionista, cantora e compositora, deu início à trajetória nos batuques do Tambor Mineiro em 2008, em Belo Horizonte. Em 2016, lançou o EP "Essência", com músicas autorais pelo Selo YB- Music.

Serviço:
Festival Baderna 

Data: 08 a 27 de junho

Local: instagram @festivalbaderna e youtube Festival Baderna

Evento gratuito

Agenda:

Shows:

Dia 13 de junho: Claudia Manzo

Dia 20 de junho: Chorosas

Dia 27 de junho:  Josy.Anne

Atrações culturais:

Dia 12 de junho: videoperformance com Luísa Machala - “O olho da cabeça do céu”

Dia 19 de junho: Dança com Raquel Cabaneco

Dia 26 de junho: Teatro com Marina Amaral - “Festival de ideias Brutas ep. 02"
Sempre às 16 horas, pelo canal do Youtube: Festival Baderna

Foto: Lívia Bastos

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