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Mostra interativa gratuita homenageia os 50 anos da Tropicália

Imagens, textos, músicas e instalações. Todos esses elementos linguísticos e audiovisuais foram utilizados para a construção da exposição “Tropicália 50 anos”, homenagem do Loyola a um dos principais movimentos culturais do Brasil. Os ambientes foram montados no Passo das Artes, galeria de arte do Colégio. A mostra tem entrada franca e é aberta ao público.

São seis espaços temáticos compostos por elementos que narram a história da Tropicália, suas origens, trajetórias e desdobramentos. O conteúdo traz informações que ainda vão além, contando a importância do movimento para a cultura brasileira, sua influência em outros países e as críticas políticas e sociais. Os espectadores vão poder acompanhar as fases da Tropicália, sempre ouvindo canções específicas em cada um dos espaços. Além das caixas de som, instaladas especialmente para a exposição, (em tubos presos no teto), as pessoas poderão ouvir as listas em seus próprios smartphones ou tablets, acessando-as através do site do Colégio Loyola, diretamente por leitura de QR codes, colocados em cada ambiente.

Respeitando a tradição de comportamento dos tropicalistas, a exposição não possui um padrão linear de visita, segundo a curadora e professora de Artes do Colégio Loyola, Amanda Lopes: “Considerando a magnitude do movimento, a exposição não tem a pretensão de esgotar o assunto. A mostra é um recorte de alguns do principais acontecimentos que perpassam a música, as artes visuais, o teatro e o cinema, sem uma preocupação didática formal. A intenção aqui é apresentar elementos que possam provocar o espectador a estabelecer diversas relações. Espera-se que a experiência possa enriquecer as discussões sobre esse importante movimento cultural que, até hoje, influencia as produções artísticas brasileiras”.

A Tropicália

Em 1967, o Brasil presenciou o início de um fenômeno cultural de grande importância para as artes em geral. A Tropicália, que, no meio musical, ficou marcada pelas figuras de Caetano Veloso e Gilberto Gil, e também teve adeptos no teatro, no cinema e nas artes visuais. O movimento constituiu-se de maneira espontânea, quando Caetano percebeu que no teatro do Grupo Oficina, no cinema de Glauber Rocha e na arte de Hélio Oiticica havia algo em comum: a livre experimentação estética sem censura em busca de uma representação da cultura brasileira. A ordem era a contracultura em pleno regime da ditadura militar. Surgia a Tropicália.

As raízes do pensamento tropicalista estão no Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade, redigido em 1928. A ideia de uma arte brasileira formada pela “devoração” cultural de elementos populares e eruditos, porém, com um caráter mais crítico, carregado de metáforas e ironias.

Após o movimento, as linguagens artísticas ficaram marcadas por suas experiências, influenciando as produções das décadas seguintes.

Exposição “Tropicália 50 anos”

Data: de 26 de junho a 12 de julho.

Local: Passo das Artes, no Colégio Loyola (Av. do Contorno, 7919, bairro Cidade Jardim).

Horários de visitação: de segunda a sexta-feira das 8h às 9h30, 10h30 às 12h, 14h às 15h30 e 16h30 às 18h.

Entrada franca.

Colégio Loyola – Com 74 anos, o Colégio Loyola integra a Rede Jesuíta de Educação. A Instituição possui como pilares de seu projeto pedagógico a excelência acadêmica e a vivência dos valores humanos e cristãos. Atualmente, tem cerca de 2.600 alunos, entre crianças e adolescentes, do 1º Ano do Ensino Fundamental à 3ª Série do Ensino Médio (nos períodos matutino e vespertino).

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