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Exposição 'Do Barroco à Transparência' fica em cartaz no Viaduto das Artes até 21 de setembro

Com entrada franca, mostra apresenta renomados artistas como Miguel Gontijo, Ângelo Issa, Alexandre Rato e Leandro Gabriel

O Viaduto das Artes (Av. Olinto Meireles, 45, Barreiro), iniciativa que tem movimentado o cenário cultural da região do Barreiro, em Belo Horizonte, sedia mais uma expressiva mostra. ‘Do Barroco à Transparência’, idealizada pelo gestor cultural Luiz De Filippo, ficará aberta para a visitação do público de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, até o dia  21 de setembro.

 

Importantes nomes das artes mineiras estão presentes na exposição: Ângelo Issa, Alexandre Rato, Daniel Moreira, Daniel Pinho, Jônatas Milagres, Juçara Costa, Léo Brizola, Leandro Gabriel, Mara Martins, Miguel Gontijo, Samuel Oliveira, Sérgio Vaz e Paulo Torres.

 

Os artistas convidados para compor essa mostra tiveram como desafio traduzir essas diversas passagens de tempo, espaço e pensamentos, em obras que refletissem o seu universo atual. E eles optaram em produzi-las em suportes transparentes, caracterizando assim a leveza e transposição dos assuntos abordados. Suas tênues imagens são deixadas a cargo da luz que traduz a finitude de um momento bem como a continuação da nossa cultura. A transparência é a passagem de um momento para o outro, de uma cena para outra, a permitir a perpetuação através de vestígios que a luz imprime sobre as paredes.

 

A espetacularização está cada vez mais presente no cotidiano das sociedades atuais. O espetáculo pode ser observado em diversos locais, como no espaço midiático e na política. De acordo com Luiz de Filippo, um dos objetivos dessa mostra é fazer uma reflexão sobre o espetáculo com bases no olhar de Guy Debord sobre o tema do seu livro A Sociedade do Espetáculo.

 

O caráter contestatório da obra de Debord nos incita a uma luta acirrada contra a perversão da vida moderna, que prefere a imagem e a representação ao realismo concreto e natural, a aparência ao ser, a ilusão à realidade; sobre o fetichismo da mercadoria; sobre a alienação do público através da espetacularização e sobre a opinião pública.

 

O barroco veio nos apresentar como estilo para o desenvolvimento dessa mostra. Primeiro, por conter em sua essência o poder do espetáculo; e segundo por ser um estilo formador da nossa cultura e estar ainda tão próximo de nós.

 

O barroco é um estilo que desenvolveu nos meados do século XVII, na Itália. Sua ênfase é colocada sobre o equilíbrio, através da harmonia das partes em sua subordinação ao conjunto. É típico das obras barrocas que empreguem vários meios para ativar a participação corporal e emocional do observador. A pintura e a escultura, para atingirem tal objetivo, necessitam, antes de mais nada, criar a ilusão da realidade dos temas representados.  O barroco apega-se à substância, às cores, e às texturas das coisas, para criar um espaço, onde o tema e o espectador podem unir-se num momento temporal específico e por vezes dramático. Essa emergência física do barroco é obtida de modo particular pelo uso calculado da luz e da sombra, do cheio e do vazio, de curvas ou diagonais marcadas, pela quebra das expectativas e dos planos.

Foto: Samuel Macedo

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