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Sérgio Santos comemora 15 anos de Áfrico, com participação especial de Lenine

Marco na carreira do compositor, trabalho lançado em 2002 será apresentado com formação e repertório originais, reforçando a sua essência que permanece atual e referência para novas gerações

Produzir um trabalho fonográfico que permaneça atual a cada ano que passa é um desafio para músicos e compositores. Sérgio Santos é um desses artistas que podem comemorar o sucesso de um trabalho atemporal, que continua influenciando e encantando novos públicos.

Áfrico foi o terceiro CD lançado pelo cantor e violonista em sua carreira. No dia 5 de outubro, às 21h, no Grande Teatro do Sesc Palladium, Sérgio Santos realizará um show em comemoração aos 15 anos deste trabalho, com a participação especial do cantor e compositor Lenine. A produção do espetáculo, parceria com o SESC MG, é da paulista BORANDÁ Produções, que levará o show também a São Paulo e Rio de Janeiro.

O convidado não foi escolhido por acaso. Lenine participou da gravação original do CD, na música Nossa Cor, assim como quase todos os músicos que subirão ao palco ao lado de Sérgio Santos: Rodolfo Stroeter (contrabaixo), Tutty Moreno (bateria) e Nailor ‘Proveta’ (sopros), além de Tiago Costa (piano), que neste show em Belo Horizonte substitui o pianista André Mehmari. “Áfrico foi um marco zero. Foi o primeiro encontro entre mim e os músicos da banda. Durante esses 15 anos, sempre tocamos juntos, em uma colaboração musical intensa. Todos os outros discos após Áfrico tiveram a participação deles”, explica Sérgio Santos.

O álbum possui grande relevância na discografia brasileira. Por isso, o Museu da Imagem do Som, no Rio de Janeiro, ao inaugurar a sua “Discoteca Básica Brasileira do Século XXI”, escolheuÁfrico como o título fundador para compor os trabalhos reconhecidamente referenciais na música brasileira neste novo século.

No repertório, temas e ritmos africanos, destacando a influência negra na cultura e na música brasileira. “Na época, tentei fazer algo novo, com a minha visão, sem influências diretas, já que este tema havia sido trabalhado antes, e muito bem, por músicos como Baden Powell e Moacir Santos”, conta Sérgio.

Áfrico tem uma sonoridade quase jazzística, com um tratamento instrumental percussivo e sofisticado. As músicas têm influência nos ritmos de origem afro-brasileira, como jongo, samba, maracatu e afoxé, mas sempre com o violão como referência. As canções serão apresentadas como o disco foi concebido, mas o cantor garante que não será exatamente igual. “Assim como em outros trabalhos, gravamos as faixas ao vivo e praticamente juntos. Podemos gravar a mesma música várias vezes e sempre serão diferentes, pois gostamos da espontaneidade das nossas apresentações”, afirma.

Sérgio Santos começou a sua trajetória na música de forma autodidata. Estreou na cena musical como integrante do coro da Missa dos Quilombos. Parceiro frequente do letrista Paulo César Pinheiro, assinam juntos mais de 250 canções, interpretadas por artistas como Alcione, Fátima Guedes, Fabiana Cozza, João Noqueira, Olívia Hime e Milton Nascimento. Participa de shows no Brasil e exterior. Com Áfrico, recebeu o Prêmio Rival-BR de melhor álbum do ano, em 2002. O cantor, compositor e violonista também já foi indicado ao Grammy Latino em 2010 com a canção Litoral e Interior, que disputou com obras de Edu Lobo e Dori Caymmi o prêmio de melhor canção do ano em língua portuguesa.

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