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Instituição do reggae autoral brasileiro, o Natiruts lançou, no mês passado, seu sétimo disco de inéditas. Batizado de “Índigo Cristal”, o álbum já foi apresentado em países como Argentina, Chile e México, durante uma turnê de dez dias pela América Latina. Agora, é a vez dos brasilienses mostrarem o trabalho em seu país – onde a turnê começa por Belo Horizonte. O show que dá pontapé no giro nacional acontece no dia 30 de setembro (sábado), na Esplanada do Mineirão, e integra o festival Estação Primavera, que também traz nomes como Digitaldubs, Rael e Haikaiss.

Lançado no dia 4 de agosto, pela Sony Music, “Índigo Cristal” traz 11 faixas, todas gravadas no Cerrado, o habitat natural do Natiruts. As músicas cantam a positividade e a esperança para superar tempos difíceis como os da atualidade. “O que o Natiruts entrega de melhor são músicas que elevam o astral, que mudam a energia, que trazem positividade corporal e mental”, observa Alexandre Carlo. “A contribuição maior que podemos dar é justamente exaltar a busca pela esperança, pelo amor ao próximo. A gente acha que isso é de uma relevância muito grande nos dias atuais e ajuda muito no processo que o país vem passando agora”, completa o vocalista e compositor. 

Produzido pelo próprio Alexandre Carlo, “Índigo Cristal” passeia por diferentes linguagens musicais. O primeiro single, “Sol do Meu Amanhecer”, faz a conexão Brasil-Jamaica ao misturar reggae com bossa-nova. A música, que tem arranjo de cordas e regência do maestro Joaquim França, ganhou um videoclipe lançado em junho e que já conta com mais de 4 milhões de visualizações no You Tube (assista: youtu.be/skokRZhBHwM).

O repertório do álbum ainda traz referências ao jazz, em “Na Positiva” e “Caminhando eu Vou”; à black music, em “Eu Quero Demais”, que tem participação de Ed Motta; à música indiana, em “Dois Planetas”; e ao reggae-roots, com letras de protesto e exaltação à ancestralidade africana, em “A Justiça Falha” e “Desculpe Doutor”. O disco fecha com faixa-título, que descortina o sonho de uma terra linda e sã e a esperança de um novo amanhã, de paz e consciência elevada. 

Giros pela América Latina e Brasil

A turnê do novo álbum do Natiruts começou fora do Brasil. Na mesma data em que “Índigo Cristal” foi lançado, o Natiruts deu início a uma série de dez shows pela América Latina. A turnê, que começou no dia 4 de agosto, em Santiago, no Chile, passou por Uruguai, Argentina, México e Paraguai, onde se encerrou, em 23 de setembro. 

“Interessante que, aqui no Brasil, somos vistos como banda de reggae. Fora do país, somos vistos como uma banda essencialmente de música brasileira, com sonoridade reggae. Até porque a gente não faz o reggae jamaicano, não é a proposta da banda. E quando a gente acaba fazendo do jeito brasileiro de ser, somos vistos nesses países como música popular brasileira”, aponta Alexandre Carlo.

A etapa nacional da turnê do Natiruts, que começa pelo show em Belo Horizonte, no dia 30 de agosto, vai passar por diversos estados brasileiros até o fim do ano. As próximas apresentações estão marcadas para os dias 7 e 21 de outubro, respectivamente em Porto Alegre e São Paulo. 

Estação Primavera

Novidade em Belo Horizonte, o festival Estação Primavera leva, pela primeira vez, muito reggae e rap à Esplanada do Mineirão. Além do Natiruts, o evento contará com uma apresentação de peso do Digitaldubs, pioneira equipe de som carioca que convida os Mcs e toasters Bnegão, Black Alien, Dada Yute e Amani Seearasta. Completam o line-up dois representantes de renome do rap contemporâneo de São Paulo: o rimador Rael e o grupo Haikaiss.

Foto: Beto Gatti