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Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais interpretam composições de TCHAIKOVSKY

Concerto terá participação da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar, e vai reunir 183 artistas no palco, proporcionando grande exuberância musical

Sob regência de Silvio Viegas, a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais interpretam três composições de Tchaikovsky, um dos mais expressivos compositores do Período Romântico da música sinfônica. No repertório das séries Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia e Sinfônica e Lírico em Concerto, o público poderá conferir as obras O lago dos cisnes, os Coros da ópera Eugene Onegin e a Abertura 1812, esta última com participação da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais.

Peter Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) foi um compositor romântico russo que viveu em meados do século XIX e que pelo vigor e criatividade de sua obra se transformou em um dos mais populares e reconhecidos autores da música clássica de todos os tempos. Da sua vasta produção musical, destacam-se as inúmeras peças sinfônicas compostas, as óperas e os balés, que o tornaram reconhecido mundialmente pela qualidade de suas composições.

Trechos do repertório serão interpretados durante a série Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia, na terça-feira, 26 de setembro. A versão integral das composições será executada na série Sinfônica e Lírico em Concerto, na quarta-feira, 27.

Para o maestro Silvio Viegas, dedicar um repertório a Tchaikovsky representa um momento de muita comoção, tanto para a OSMG e o CLMG quanto para o público que acompanha os concertos. “Tchaikovsky é, sem sombra de dúvidas, um dos compositores mais queridos do público. Suas obras têm uma comunicação direta com o ouvinte em função da beleza de seus temas e do brilhantismo de suas orquestrações”, destaca o regente.

Viegas complementa que, apesar de expoente do Romantismo, Tchaikovsky representa a síntese de uma música atemporal. “Seus temas são super conhecidos e cantarolados até mesmo por aqueles que nem conhecem sua obra a fundo. Seus balés, óperas, concertos para piano e para violino e sinfonias são muito populares, sua orquestração é brilhante e ele tem uma capacidade de comunicação direta com o público, mesmo em seu primeiro contato”, aponta.

Balé, ópera e guerra – O programa tem início com O Lago dos Cisnes, balé dramático em quatro atos. Encomendada em 1876, pelo Bolshoi, a composição é uma das obras mais icônicas de Tchaikovsky. Inspirada em um conto folclórico da Rússia, a obra, quando estreou, foi considerada um fracasso de público, não pela melodia, mas pela má interpretação do corpo de baile do Bolshoi. Somente após nova coreografia é que O Lago dos Cisnes se tornou um dos maiores sucessos de todos os tempos.

De acordo com Silvio Viegas, uma das obras mais icônicas de todo o repertório Romântico merece ser executada por uma orquestra tão virtuosa como a Sinfônica de Minas Gerais. “A versatilidade da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais nos permite ir longe e sempre executar as obras mais conhecidas. Então, o público pode aguardar um espetáculo emocionante, vibrante e que ficará na memória de todos pela força e beleza das obras”, destaca o maestro.

Em seguida, a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico interpretam os famosos Coros da ópera Eugene Onegin. Dos três coros que compõem a peça, dois são inéditos no repertório da Orquestra e do Coral. Com três atos, a obra foi inspirada no romance de mesmo nome de Alexander Pushkin.

A apresentação se encerra com a Abertura 1812, obra de forte cunho nacionalista. Com essa composição, a FCS presenteia o público com um grande momento de exuberância musical, em que os Corpos Artísticos recebem a Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais, totalizando 183 artistas no palco.

Composta em 1880, a Abertura 1812 é uma celebração da grandeza do povo russo. A obra celebra a vitória da Rússia sobre a França, de Napoleão, durante as Guerras Napoleônicas. Ela é conhecida pelos temas de música russa tradicional, como o velho Hino Nacional Czarista, o coro dos sinos e o apelo final, com os instrumentos da percussão reproduzindo sons de 16 tiros de canhão.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Seu atual regente titular é Silvio Viegas. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao contemporâneo, além de grandes sucessos da música popular, com a série Sinfônica Pop. Já estiveram à frente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais os regentes Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.

Silvio Viegas – Regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, é professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte, de 2003 a 2005; maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2008 a 2015 e diretor artístico interino do mesmo teatro de 2011 a 2012. Desde o início de sua carreira tem se destacado pela atuação no meio operístico, regendo títulos como O Navio Fantasma, L’Italiana in Algeri, O Barbeiro de Sevilha, Don Pasquale, Così fan Tutte, Le Nozze di Figaro, A Flauta Mágica, Carmen, Cavalleria Rusticana, Romeu e Julieta, Lucia di Lammermoor, Il Trovatore, Nabucco, Otello, Falstaff, Salome, La Bohème e Tosca. Como convidado, esteve à frente da Orquestra da Arena de Verona, Sinfônica de Roma, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), Sinfônica Brasileira (OSB), Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Filarmônica de Montevidéu e Sinfônica do Sodre (Uruguai), Amazonas Filarmônica, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica do Theatro São Pedro-SP, Orquestra do Teatro da Paz, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, entre outras. Em 2001, obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional “Jovens Regentes”, organizado pela Orquestra Sinfônica Brasileira no Rio de Janeiro. Natural de Belo Horizonte, Silvio Viegas estudou regência na Itália e é mestre em regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo sido discípulo de Oiliam Lanna, Sérgio Magnani e Roberto Duarte.

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui uma programação artística permanente e que interpreta um repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Já estiveram à frente do Coral os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Angela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade. O Grupo se apresenta em cidades do interior de Minas e em capitais brasileiras com o intuito de contribuir para a democratização do acesso de diversos públicos ao canto coral. As apresentações têm entrada gratuita ou preços populares. O Coral já atuou com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

Lara Tanaka – Nascida em Belo Horizonte, Lara Tanaka estudou piano no Conservatório Mineiro de Música e Regência na Escola de Música, instituições da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estudou com Sérgio Magnani, Roberto Tibiriçá, Silvio Viegas, Cláudio Ribeiro, Flavio Florence, Iara Fricke Matte, Per Brevig, Mogens Dahl e Nelson Niremberg. Atua como cravista continuísta em diversas orquestras e grupos de música antiga. Lecionou no Festival de Inverno da UFMG, no Festival Nacional de Música de Câmara na Paraíba e na Oficina de Música de Curitiba. Foi regente titular do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes de 2001 a 2015. É a regente titular do Coral Lírico de Minas Gerais.

Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais – Criada em 1948 pelo coronel Egídio Benício de Abreu, sob os cuidados do maestro Sebastião Vianna, assistente e revisor das obras de Villa-Lobos, a Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais, com sede em Belo Horizonte, é considerada a única orquestra militar da América Latina. Sua primeira apresentação foi março de 1949, no ginásio do antigo DI, hoje Academia da Polícia Militar, com regência do maestro Heitor Villa-Lobos. Seu atual regente é o maestro Capitão PM Músico Antônio Vicente Soares. Entre os músicos de relevo que fizeram parte da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar desde a sua fundação encontram-se Benito Juarez, fundador e regente da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, e Watson Clis, atual primeiro violoncelo da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e um dos principais violoncelistas brasileiros. Atualmente, a Orquestra Sinfônica da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais é formada por 50 músicos e integra o Corpo Musical da PMMG que possui, ainda, 19 bandas de música e conjuntos de câmara. Executa concertos em solenidades cívicas e militares de importância regional, estadual e nacional, apresentações artísticas e culturais e eventos de caráter filantrópico. A formação da orquestra ocorreu a partir da reunião de músicos remanescentes de diversas bandas do interior do Estado e da capital, além dos alunos da Escola de Formação Musical, projeto social da PMMG na época.

PROGRAMA

Suíte do balé O Lago dos Cisnes

Coros da ópera Eugene Onegin

Abertura 1812

Foto: André Fossati

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