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O espetáculo Urgente da Cia. Luna Lunera agora virou livro. A publicação chega a público a partir do dia 09 de outubro, sábado, durante live de lançamento que integra a programação da mostra Luna Lunera 20 anos. O evento - que conta com tradução em Libras por Carol Mezanto - está marcado para às 18h, no canal Youtube @cialunalunera. Para concorrer a um exemplar da obra, basta assistir à live e escrever ‘Urgente’ no chat. Também haverá sorteios no Instagram da trupe. Os livros estarão à venda para todo país a partir de R$30, pelo site cialunalunera.art.br. E para quem ainda não assistiu ou quer rever o espetáculo, no dia 14 de outubro, quinta, “Urgente” é exibido no canal da companhia às 20h, e fica disponível por quatro dias. Este projeto tem o patrocínio da MGS e é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

“Urgente” reúne, em 160 páginas, o texto de espetáculo homônimo, além de prefácio de autoria Areas Coletivo (RJ) e posfácio assinado por Sérgio Gomes (mestre em Antropologia Social) e Jean-Luc Moriceau (pesquisador e professor de Métodos de Pesquisa). A orelha do Livro foi escrita pela jornalista, crítica e pesquisadora teatral, Soraya Belusi. As fotos da publicação são de Guto Muniz, Raquel Carneiro e Tiago Lima.

Em 2016, a Cia. Luna Lunera leva à cena seu sétimo espetáculo: “Urgente”. Segundo o coordenador geral da mostra Luna Lunera 20 anos, o ator Marcelo Souza e Silva, “o texto de Urgente dialoga muito com o momento de isolamento que vivemos e com a situação delicada de acirramento de pouco diálogo e escuta que a sociedade vivencia. A infinidade de planos e sonhos que morrem nas gavetas, a vida adiada para um futuro que nunca chega. O presente parece tornar-se, muitas vezes, o cumprimento de um amontoado de obrigações quase mecânicas. Em um mundo ainda regido pela obsessão pelo novo, o envelhecimento das pessoas e dos objetos é visto como ameaça da ampulheta impiedosa”, contextualiza.

Urgente dá continuidade a uma das vertentes da Luna, que é o trabalho autobiográfico. O espetáculo foi criado em parceria com Areas Coletivo (RJ) - que também assina a direção da peça. O processo de gestação do espetáculo contou ainda com a interlocução dramatúrgica do escritor Carlos de Brito e Mello, que realizou uma conexão entre a literatura, a filosofia e a poética das cenas. "Escolhemos trabalhar com o Areas Coletivo, pois além de reconhecer o viés poético desse coletivo, houve uma identificação com a profundidade e a verdade das relações que se estabelecem em suas criações", explica Marcelo Souza e Silva.

CIA. LUNA LUNERA

Desde a fundação, em 2001, a premiada Companhia Luna Lunera reúne oito trabalhos no repertório – “Perdoa-me por me traíres” (2001), “Nesta data querida” (2003), “Não Desperdice sua única vida ou...” (2005), “Aqueles dois” (2007), “Cortiços” (2008), “Prazer” (2012), “Urgente” (2016), “E ainda assim se levantar” (2019). O grupo realizou cerca de 1.000 apresentações de seus espetáculos por todo o território nacional e em países como Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, França, México, Panamá, Portugal, Uruguai e Venezuela, atingindo um público aproximado de 200 mil espectadores. O grupo compartilha, permanentemente, seus processos criativos por meio de debates e do Observatório de Criação, ministrando oficinas e o Curso In Cena, atuante na formação de uma diversidade de artistas da nova geração.

Foto: @cialunalunera