Notícias

Teatro - Sarau Minas Tênis Clube - Flaviane Orlando canta Elza Soares

O show será no dia 5 de outubro (terça-feira), às 20h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas

A cantora Flaviane Orlando apresenta, na edição 2021 do Sarau Minas Tênis Clube, o repertório de Elza Soares. O show será no dia 5 de outubro (terça-feira), às 20h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas. Natural de Sete Lagoas (MG), Flaviene é cantora e professora de canto e atualmente é bacharelanda no curso de Canto Popular da UFMG, sob a orientação de Clara Sandroni. A escolha de apresentar a obra imortalizada por Elza Soares surge como uma homenagem a todas as mulheres que fazem parte da vida da artista. “Fui criada rodeada por mulheres fortes, mulheres que foram protagonistas da sua própria história, então, quando escolho Elza Soares, escolho todas elas”, explica Flaviane. Os ingressos custam R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia) e podem ser adquiridos no site Eventim ou na bilheteria do Teatro. O uso de máscara é obrigatório no espaço.

A música entrou na vida de Flaviane quando ela tinha oito anos, por meio de apresentações estudantis e religiosas. “Meus pais foram criados no sertão de Minas. Toda semana, meu avô levava minha mãe para os encontros com os amigos que trabalhavam nas fazendas com ele e fazia serestas, rodas de música caipira, cantavam seus repentes ao som do pandeiro e da viola, e ela fez questão de trazer essa musicalidade para o meu cotidiano e no seio religioso, em que tive a oportunidade de exercer o canto”, lembra a artista. Flaviane fez sua estreia nos palcos bem pequena e logo já partiu para a academia. “Com seis aninhos, fiz minha primeira apresentação, e aos nove, comecei a cantar em casamentos. Com 16 anos, me aventurei nos bares da minha cidade, e aos 18, comecei a dar aulas de canto. A partir daí, pude ensinar e cantar em teatros, eventos culturais etc.”, lembra. 

Flaviane investiu em estudo e fez curso de performance vocal, com o professor Anthonio Marra, e em fisiologia da voz cantada, com a fonoaudióloga Fernanda Lopes. E ainda participou de masterclass com grandes nomes do canto, como Regina Machado, Ariel Coelho, Mauro Fiúza, Ilessi Silva, Cliff Korman e Consiglia Latorre.

A artista é atuante no cenário musical da capital e pode ser vista em eventos culturais de sua cidade natal. “Que é belíssima, nós já sabemos, e rica na diversidade. Mesmo por vezes não sendo vistos, temos vários estilos musicais belíssimos sendo executados nessa terra”, diz a cantora sobre a música de BH, onde participa do projeto autoral "Cravina", ao lado da sua companheira Sarah Melo Franco. 

Elza Soares, a escolha

A história de Elza Soares é uma saga que já foi contada em livros, peça de Teatro e filme. Desde que se apresentou pela primeira vez, nos anos 1950, a artista mostrou ser dona de uma força que surpreende. Elza nasceu no núcleo residencial Moça Bonita, atual Vila Vintém, uma das primeiras favelas do Rio de Janeiro. Filha de Avelino Gomes, operário e tocador de violão nas horas vagas, e Rosária Maria da Conceição, lavadeira, foi obrigada pelo pai a se casar quando tinha 12 anos. Com 23 anos, Elza já era mãe de cinco filhos e tinha perdido o primogênito. Em 1953, fez o primeiro teste na Rádio Tupi, no programa "Calouros em desfile", de Ary Barroso. No teste, interpretou a música "Lama" (Paulo Marques e Alice Chaves), conquistando o primeiro lugar. Foi nesse dia que aconteceu um dos diálogos mais divulgados da vida de Elza. Ary Barroso: "de onde você veio, menina?" Elza: "do planeta fome, seu Ary".

“Sempre soube da existência grandiosa de Elza Soares, mas, quando entrei na universidade e li sua biografia, tive meu grande encontro com nossa Rainha, então, meu primeiro contato foi com a pessoa da Elza e, logo em seguida, com a artista gigantesca que ela é”, conta Flaviane sobre sua relação com a artista homenageada. A cantora mineira afirma que o contato com a obra de Elza a ensinou sobre a importância de cantar e de fazer a voz ecoar com sentimento e técnica. “Foi justamente nesse momento, em que me apresentei pela primeira vez na noite belo-horizontina, fazendo o estudo de repertório, aprendi a verdade de cantar e de enaltecer meu próprio timbre. Como professora de canto, afirmo que a técnica vocal sempre está a serviço da arte”, observa. Sobre o repertório do show, Flaviane diz que o objetivo é mostrar o que representa a obra de Elza e o que a toca. “Foi um desafio selecionar as canções, mas busquei músicas que representam a Elza Soares e também que pulsam mais forte aqui dentro, então, vamos passear pela obra feita de Elza Soares com o toque de Flaviane Orlando”, revela. 

Flaviane entende que cantar Elza Soares é mais que cantar canções que uma voz potente eternizou. “Elza é atemporal, sua existência é uma resistência, Elza é a voz do morro, a voz do povo brasileiro. Seu impacto por meio de suas interpretações fortíssimas e presentes nos ensina que ‘a flor também é ferida aberta e não se vê chorar’”. Dessa forma, o objetivo de Flaviane é fazer com que o público sinta a música. “Quero que as pessoas fiquem extasiadas, e eu já fico satisfeita. Desejo que o show cause sensação intrínseca nas pessoas, que não pare no arrepio da pele, mas que chegue nas suas mentes modificando a forma de enxergar a nossa realidade, dura e bela”, conclui.

Minas Tênis Solidário

O Sarau Minas Tênis Clube abraça o Programa Minas Tênis Solidário. Por isso, no dia do show, traga itens de higiene pessoal, eles serão doados para as instituições parceiras.

 

Serviço:

Sarau Minas Tênis Clube 2021 - Flaviane Orlando canta Elza

Data: 5/10, terça-feira
Horário: 20h
Ingressos: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)
Classificação: livre

COMPRE AQUI

É obrigatório do uso de máscara dentro do Teatro.

Horário de funcionamento da bilheteria: de segunda a sábado, das 13h às 19h. A bilheteria funciona até 30 minutos depois do início do espetáculo. Formas de pagamento: dinheiro e todos os cartões de débito e crédito.
Horário de abertura da plateia para entrada do público: 30 minutos antes do horário da apresentação.
Mais informações: (31) 3516-1360.

Estacionamento com acesso interno: entrada pela rua da Bahia, ao lado do Teatro. Após estacionar o veículo, o usuário chega ao Teatro por elevador interno, com rapidez e segurança. O Estacionamento fica aberto até meia hora após o fim do espetáculo. Valores: R$ 12, para sócios do MTC, e R$ 24, para não sócios.

Siga as redes sociais oficiais da Cultura do Minas:

Facebook: /mtccultura
Instagram: @mtccultura

Foto: Divulgação

Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.