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“CONVERSAÇÃO PROCURANDO SACY”, NA ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS, BUSCA PENSAR O MITO FOLCLÓRICO, DIA 31 DE OUTUBRO

COM CURADORIA DA ARTISTA MARLETTE MENEZES, EVENTO SE PROPÕE A ESTABELECER O UM DIÁLOGO ENTRE ARTE E CIÊNCIA

Em comemoração ao Dia Internacional do Saci, em 31 de outubro, a Academia Mineira de Letras sedia a “Conversação Procurando Sacy”. Com curadoria e mediação da artista visual Marlette Menezes, que tem o personagem folclórico como objeto de estudo, o evento busca instigar o imaginário, suscitar novas conexões e estabelecer um diálogo aberto entre arte e ciência. Participarão da conversação a professora Eneida Maria de Souza, doutora em Literatura; a contadora de histórias Gislayne Avelar de Matos; a filósofa Patrícia Kauark, doutora em Epistemologia; e o músico Paulo Santos.

O evento faz parte do programa Casa da Palavra, realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, no âmbito do Plano Anual de Manutenção AML, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo fiscal de mais de 4,7 mil médicos cooperados e colaboradores; e copatrocínio da CBMM. A AML integra o Circuito Liberdade.

Como representação da cultura brasileira, o saci tem origens muito mais antigas do que a imagem consolidada nos livros de Monteiro Lobato, em 1921. “Ele, na verdade, remonta à tradição oral dos povos tupis-guaranis, que viviam no Sul do Brasil no século 18. A partir do encontro dessa cultura com as dos europeus que participavam das missões jesuítas, surge o sacy, cuja letra ‘y’, do tupi, foi trocado pelo i ao longo da história”, conta Marlette Menezes.

As atividades do Dia Internacional do Saci na AML acontecem em conjunto com o Espaço do Conhecimento UFMG, no Circuito Liberdade, e a Livraria da Rua, na Savassi. Os trabalhos colaborativos e educativos acontecem ao longo de outubro, agrupados com o nome de “Procurando Sacy”, voltado especialmente para crianças. A programação prevê a exposição interativa “Operação Yaterê”, nos dias 17 e 19 de outubro, às 14h, e no dia 21, às 11h; a contação de histórias “Quem conta um conto...”, nos dias 16, 18 e 20, sempre às 15h; o espetáculo “Foi coisa de saci”, no dia 20 de outubro, às 17h; e do documentário “Somos todos sacys” (2017), de Sylvio do Amaral Rocha e Rudá Andrade, no dia 21 de outubro, às 14h.

Sobre a curadora:

Marlette Menezes é artista visual com graduação em Artes Plásticas em Desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG (1984) e mestrado em Artes Experiência Interartes na Educação, também pela UFMG. Integrou equipes de pesquisa da Rede Nacional de Pesquisa (RPN), via CNPq (1994), no projeto de implantação da internet comercial do Brasil. Como empreendedora cultural, idealizou e realizou projetos de pesquisa do patrimônio imaterial, pela Lei de Incentivo à Cultura/PBH. É ilustradora de literatura infantil, sendo homenageada em vários prêmios, entre eles, o Prêmio Jabuti 2009, no segundo lugar da categoria infantil; e o Prêmio 1ª Bienal Brasília-2014, no primeiro lugar de categoria infantil. Atua na direção criativa de design corporativo e social como consultora em processos da produção artesanal pelo Programa das Nações Unidas (PNUD).

Sobre os participantes:

Eneida Maria de Souza é professora titular e emérita da UFMG e doutora em Literatura Comparada pela Universidade de Paris VII. Atua como pesquisadora 1A do CNPq, o nível mais elevado da agência de fomento, com o projeto de pesquisa Acervo de Escritores Mineiros, intitulado “Retratos da cultura popular: diário, ficção, iconografia”. É autora dos livros “Janelas indiscretas – Ensaios de crítica biográfica”, “Tempo de pós-crítica”, “A pedra mágica do discurso”, “Traço crítico”, “O século de Borges”, “Crítica cult”, “Pedro Nava – O risco da memória” e “Modernidade toda prosa”, em coautoria com Marília Rothier Cardoso, além de organizadora de “Correspondência – Mário de Andrade & Henriqueta Lisboa”, vencedor do Prêmio Jabuti 2011.

Gislayne Avelar de Matos possui graduação em Pedagogia pela Fundação Mineira de Educação e Cultura e mestrado em Educação pela UFMG. Atualmente, é coordenadora do curso de pós-graduação lato sensu da PUC Minas. Atua nos seguintes temas: conto, contos, terapia, metáfora, arteterapia, funções do conto, imaginário e educação.

Paulo Santos é músico, compositor e multi-instrumentista. Começou os estudos na Universidade de Brasília, com o compositor Emilio Terraza. Em Belo Horizonte, estudou música com o compositor Rufo Herrera e percussão com Décio Ramos. Participou da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, como músico convidado. Foi cofundador e integrante do grupo Uakti, participando de shows, oficinas e gravações de CDs e DVDs.

Patrícia Maria Kauark Leite possui graduação em Física (licenciatura e bacharelado) pela UFMG, mestrado em Filosofia pela UFMG, doutorado em Epistemologia pela Escola Politécnica de Paris e pós-doutorado pela Universidade de Stanford. Atualmente, é professora associada da UFMG. Tem experiência na área de filosofia, com ênfase em epistemologia, atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia da ciência, filosofia transcendental e filosofia da mecânica quântica. Recebeu o prêmio Louis Liard 2012, concedido pela Academia de Ciências Morais e Políticas da França, por seu livro “Théorie quantique et philosophie transcendantale: dialogues possibles”.

Foto: arquivo pessoal

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