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Livro-reportagem sobre ausência paterna será lançado em BH com distribuição gratuita e medidas de segurança

O evento acontece ao ar livre na Quixote Livraria e Café no dia 21 de novembro, das 10h às 15h. Para garantir um exemplar do Não tenho pai, mas sou herdeiro: histórias e registros de paternidades ausentes, é preciso agendar horário

Mais de cinco milhões de crianças no Brasil não tem o nome do pai da certidão. Isso sem contar os adultos e aqueles que, mesmo carregando o sobrenome paterno, não tiveram pais presentes. Apesar de comum, por que falar sobre essa ausência ainda parece ser tão difícil?

Essa foi uma das perguntas que motivou a idealização do livro-reportagem Não tenho pai, mas sou herdeiro: histórias e registros de paternidades ausentes pelas jornalistas Alice Machado e Isabelle Chagas, e que chega, agora, ao público de Belo Horizonte. O lançamento será realizado no dia 21 de novembro, sábado, das 10h às 15h, na Quixote Livraria e Café (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi). Para garantir segurança e evitar aglomerações, a distribuição gratuita será realizada ao livre e com agendamento prévio por meio de formulário online. Haverá álcool disponível e o uso de máscara é obrigatório.

Além do formato impresso, também será disponibilizada o EPUB em CD da obra, acessível a pessoas com deficiência visual. Acesse a versão digital do livro aqui.

MEDIDAS DE SEGURANÇA SÃO APOSTA DO MERCADO EDITORIAL

Para garantir segurança e organização ao encontro, a cada hora serão admitidas apenas 15 pessoas. Por isso, é muito importante que todos os interessados façam o agendamento e não se atrasem. O uso de máscara é obrigatório e pedimos que, caso quem se inscreveu tenha quaisquer sintomas relacionados à Covid-19, entre em contato conosco pelo [email protected] e não compareça.

A retomada de atividades em meio à pandemia é uma aposta em teste pelo mercado editorial. As autoras do livro contam que, desde que cancelaram o primeiro lançamento, previsto para março, vêm recebendo diversas mensagens de pessoas interessadas na obra. “Permitir que o livro, fruto de uma política pública de cultura, chegue a quem se interessa pelo tema, seja por questões pessoais ou profissionais, é um compromisso e um desejo nosso. O encontro é uma forma de garantir a distribuição gratuita ao público mais amplo e de forma segura”, ressalta Alice Machado.

UMA REDE COMPLEXA DE AFETOS

Não tenho pai, mas sou herdeiro aborda as implicações da ausência paterna por meio de diferentes perspectivas permeadas pelos afetos, como a jurídica, a psicológica e a comunicacional. O foco foi justamente aqueles que mais sofrem com essa ausência: filhos e filhas, mães e os próprios pais. Para isso, as jornalistas acompanharam a rotina de órgãos públicos como a Defensoria e o Fórum, entrevistaram juízes, defensores, advogados, e observaram, bem de perto, como é o dia a dia de quem atende e de quem procura por serviços que envolvem o reconhecimento de paternidade.

A reportagem é composta de entrevistas, cartas, depoimentos e textos informativos sobre o tratamento que é dado ao assunto na Justiça. Além disso, traz dados inéditos sobre a realidade brasileira, que atestam que o país é um dos líderes nos rankings de abandono paterno. Em 2011, 66% de todos os mandados de prisão de Minas Gerais corresponderam ao não pagamento de pensão alimentícia, sendo que apenas 36,5% desse total foi cumprido. Nos anos posteriores, esse percentual foi ainda mais baixo: 2013 contabilizou 24,5% dos mandados cumpridos, enquanto em 2016 só 27% foram concretizados.

Projeto "Não tenho pai, mas sou herdeiro: histórias e registros de paternidades ausentes", nº 1006/2017 , aprovado no Edital da Lei de Incentivo à Cultura (2017) oriundo da Política de Fomento à Cultura Municipal (Lei nº 11.010/2016). Patrocínio da Cardiesel e da MGS e apoio da Quixote Livraria e Café.

Foto: Divulgação

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