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ARQUITETA FERNANDA FERREIRA PARTICIPA DA MODERNOS ETERNOS COM LOUNGE MODERNISTA

Edição 2020 da mostra em Belo Horizonte acontece até 30 de novembro em formato digital. Mescla entre antigo e moderno é um dos motes do evento

A mostra de arquitetura e design Modernos Eternos acontece, em 2020, na edição mineira, até 30 de novembro, por plataforma digital, no site modernoseternosbh.com. A mistura entre peças antigas e contemporâneas é o que guia o evento. São 39 ambientes assinados por 59 profissionais. O imóvel localizado entre a Praça do Papa e a Serra do Curral, recebe não apenas a 5ª edição, 100% virtual, como também prepara o terreno para o evento em 2021, quando a 6ª edição, marcada para o primeiro semestre, será realizada no formato original, presencial, e também digital, modelo que chegou para ficar.

A arquiteta Fernanda Ferreira participa da Modernos Eternos com o Lounge Modernista, um espaço gourmet que parte da integração da cozinha aos recintos de jantar e estar, um local para vivências perfeito para quem gosta de receber, e também um convite à contemplação. Para a profissional, a arquitetura da casa, por si só, é um deleite aos sentidos. A vista descortinada, de tirar o fôlego, é a principal referência para o projeto.

Nesse momento em especial, quando o sentido de lar é ressignificado, diz a arquiteta, os espaços foram adequados para favorecer ainda mais o convívio. "No lounge, uma grande ilha delimita a área de cocção e dialoga com os demais ambientes e com a vista principal da casa", descreve Fernanda.

Entre o mobiliário, escolhido a dedo, ícones brasileiros. A mesa Branco e Preto (de 1950) e o aparador Alva (de 2013), de Etel Carmona, apesar de originadas em períodos distintos, marcam a valorização da madeira como material brasileiro por excelência. "Bebendo da mesma fonte, escolhemos as poltronas Voltaire e Adriana, dos mestres Sérgio Rodrigues e Jorge Zalszupin, propondo uma conversa entre a generosidade da primeira peça, com a delicadeza que a outra transmite", conta Fernanda.

Em contraponto, outros elementos contemporâneos empreendem um diálogo bem resolvido com os móveis de pegada modernista, imprimindo leveza e frescor à composição. "Não menos importantes para o design nacional, estão o sofá Air e a estante Clip, do celebrado Jader Almeida, a banqueta Torno, de Guilherme Bittencourt, e a mesa Chipre, do Estúdio Bola", cita a arquiteta.

Protagonismo impresso ainda no trabalho do artista plástico Ascânio, cuja obra transita na interseção entre arquitetura e escultura. Presente no ambiente, outra peça, já existente, em metal forjado, pintado de vermelho, contrasta com a marcenaria proposta em tons de cinza. "O caráter escultórico da casa com a imponente estrutura, que emoldura o volume da edificação e libera os espaços internos, foi nosso ponto de partida", salienta a profissional.

Com o panorama aberto para o horizonte da cidade, a construção que abriga a mostra foi projetada em 1977 pelo arquiteto mineiro William Ramos Abdalla, inspirada em um curioso movimento da arquitetura, o brutalismo. A residência, chamada Pouso Geométrico, está inserida harmonicamente ao contexto paisagístico, em um caminho de sintonia com a carta solar e a implantação arquitetônica no terreno.

Um dos objetivos da Modernos Eternos é dar visibilidade para profissionais e fornecedores, ampliando a noção da simples exposição de seus trabalhos, para uma realidade mais palpável sobre as oportunidades de comercialização, fomentando o mercado de arte, design, arquitetura, e toda a cadeia produtiva do setor. Para os visitantes, a chance de conhecer um espaço que não é apenas um museu, ou galeria de arte, muito antes a união de tudo isso: um ambiente que promove estímulos e experiências sob um ponto de vista cultural e de lifestyle diferente.

Estão na ordem do dia temáticas como cultura, preservação histórica, impulso à arte popular e contemporânea, novidades em tecnologia, unindo o design consagrado a objetos com história e significado atemporal. “Nosso objetivo é levar esta experiência única, em que o visitante se sente passeando por uma galeria de arte, uma exposição contemporânea com suas instalações, ou mesmo um museu, para outros mercados, compartilhando e expandindo o conceito da mostra (ver, sentir, apreciar e aprender) para outros públicos", diz Josette Davis, curadora e realizadora da mostra na capital mineira.

Foto: Divulgação 

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