Eventos

Espetáculo "Ignorância"

Rua Pitangui, 3613 - Horto, Belo Horizonte

Galpão Cine Horto

(31) 3481-5580

R$20 (inteira) R$10 (meia)

Sexta-feira, 10 de março, às 20h


O Grupo Quatroloscinco – Teatro do Comum (BH/MG) – premiada companhia do teatro mineiro, reconhecida por seu trabalho coletivo e autoral, realiza a “Mostra Quatroloscinco 15 anos: Espetáculos, Oficinas e Encontros”, que vai de março a maio de 2023. A programação comemorativa começa no dia 2.03, quinta-feira, com apresentação de um dos mais conhecidos trabalhos do coletivo, o espetáculo “Fauna”. O público vai poder rever também outros sucessos da trupe como “Ignorância”, “Get Out!” e “Tragédia”. Todas as peças ficam em cartaz, no mês de março, de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h, no Galpão Cine Horto. Às quintas, as sessões possuem intérprete de libras. Ingressos a R$20 (inteira) e R$10 (meia) pelo Sympla (link) ou na bilheteria do teatro, duas horas antes do início de cada apresentação.

Além das peças, a mostra oferece, gratuitamente, ao longo de três meses, quatro bate-papos, duas oficinas de atuação e dramaturgia, e ainda, leituras dramáticas de trabalhos que não estão mais no repertório: “É só uma formalidade”, “Outro Lado” e “Humor”. A programação finaliza em maio com estreia de minidocumentário - que reconta a trajetória da companhia e seu Teatro do Comum – seguida de festa de encerramento, ambas com entrada franca, no Galpão Cine Horto. Este projeto tem patrocínio da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

“Somos um grupo mais maduro, mais certo do que queremos e mais consciente do que construímos. Fazemos escolhas com mais propriedade e aprendemos a lidar com as diferenças de cada integrante, fazendo delas a potência do coletivo”, afirma Marcos Coletta, ator e um dos fundadores do Quatroloscinco.

Formado em 2007, pelos artistas Assis Benevenuto, Ítalo Laureano, Maria Mourão e Rejane Faria, o Grupo Quatroloscinco surge como coletivo de pesquisa dos alunos da graduação em Teatro da UFMG. Com estudos e prática teatral baseada na criação coletiva e autoral, o grupo busca, desde sempre, uma cena centrada no jogo entre os atores, na relação com o texto e no encontro com o espectador. “O Teatro do Comum simboliza nossa busca por uma cena que seja acessível a todos, comum no sentido comunitário, convivial, na relação direta e aberta com o espectador e com diferentes camadas de fruição. Minha avó do interior e um doutor em teatro da UFMG devem conseguir acessar as peças, cada um com sua bagagem”, explica.

Depois de 15 anos de estrada, prêmios, mais de 70 cidades percorridas e uma pandemia pela frente, agora chega a hora do grupo dividir novamente, com o público belo-horizontino, uma programação robusta, em formatos diversos. “Desde 2022 voltamos aos palcos e, aos poucos, estamos retomando nossa agenda, que sempre foi muito movimentada”, comenta. Entre as atrações presenciais, está a minitemporada dos espetáculos, em repertório, no Teatro do Galpão Cine Horto. “Fauna” (2016) pode ser vista de 2 a 5 de março. Inspirada na obra do filósofo Vladimir Safatle, a peça discute temas como violência, desejo, liberdade, confissão e desamparo. Em cena, os atores rompem com a narrativa tradicional e os limites físicos entre palco e plateia. De 9 a 12 de março é a vez de “Ignorância” (2015). Com seis indicações ao prêmio Copasa/Sinparc e vencedora na categoria Melhor Atriz para Rejane Faria, a peça trata de temas atuais que refletem sobre a dificuldade de se conviver em uma sociedade cada vez mais polarizada.

Em “Get Out!” (2013), em cartaz de 16 a 19 de março, um homem não consegue embarcar em seu voo por causa do medo do avião cair, e para provar que esse medo tem fundamento, encena diversas situações e histórias em um jogo íntimo com o espectador. Solo e dramaturgia de Assis Benevenuto, a peça esteve em diversos estados do Brasil, Cuba, Argentina e Uruguai, e concorreu aos prêmios Sinparc 2014 de Melhor Ator e Melhor Texto Inédito. E, por fim, “Tragédia” (2019) encerra a mostra de espetáculos, de 23 a 26 março. Baseada em Antígona de Sófocles, a peça, dirigida pelo cineasta Ricardo Alvez Júnior, flerta com o cinema. Com quatro indicações ao prêmio Sinparc 2020 e vencedora na categoria Melhor Atriz, é primeira vez que o grupo trabalha com diretor convidado.

Ainda dentro das ações presenciais, a trupe oferece duas oficinas gratuitas sobre o trabalho de atuação e dramaturgia nas peças do Quatroloscinco. A oficina de atuação será ministrada por Ítalo Laureano e Rejane Faria, e a de dramaturgia, por Assis Benevenuto e Marcos Coletta. “Vamos compartilhar com os participantes um pouco do que desenvolvemos ao longo desses quinze anos, tendo os espetáculos como material de observação e análise”, conta. As oficinas acontecem no Galpão Cine Horto. Para participar, os interessados deverão se inscrever através do site WWW.QUATROLOSCINCO.COM e aguardar seleção.

A programação prevê também bate-papos online com artistas convidados que atravessam a história da companhia. Marina Arthuzzi (iluminação), Ana Hadad (voz e texto), Ed Andrade (cenografia) e Barulhista (trilha sonora) vão conversar sobre a parceria construída ao longo dos anos e como contribuíram para as criações do Quatroloscinco. “Entendemos o grupo como um laboratório de criação coletiva onde todos têm a mesma liberdade criativa. Assim, a gente aprende muito com os parceiros, é um processo artístico, mas também pedagógico. Marina Arthuzzi, por exemplo, está com a gente desde a primeira cena curta. A forma dela fazer e pensar o teatro se funde com a nossa”. Os bate-papos acontecem toda terça, no mês de março, às 20h, no canal YouTube do grupo (link). As lives serão abertas para interação do público no chat.

Ao longo de abril, o grupo lança as leituras dramáticas de três peças mais antigas e que não estão em cartaz durante a Mostra. “Humor”, “Ouro Lado” e “É só uma formalidade” serão gravadas, editadas e disponibilizadas em formato audiovisual, no YouTube do Quatroloscinco, com acesso gratuito. “Duas delas nem temos mais os cenários e figurinos. Revisitá-las de outra forma é como recriá-las de um ponto de vista diferente, mais maduro. Também é uma maneira de ressaltar e dar visibilidade para nossa produção dramatúrgica. O texto de uma peça não depende da peça, é uma obra autônoma e oferece outra experiência ao espectador”, comenta Marcos Coletta que coassina seis dos sete textos inéditos da companhia, publicados pela Editora Javali.

Para completar os festejos, o grupo lança, em maio, um documentário sobre os 15 anos, seguido de festa de encerramento. Produzido em parceria com a cinegrafista e documentarista Janaína Patrocínio, a produção será exibida no Galpão Cine Horto. “O filme se transforma em um registro para o futuro não só para o público, mas pra nós mesmos. Daqui a 15 anos, vamos poder voltar ao que somos agora e ao que fomos desde que essa história começou. Isso se contrasta com a efemeridade do espetáculo teatral, e por isso é tão importante produzir provas de que tudo isso foi feito e existiu”, reflete Coletta.

SERVIÇO:

ESPETÁCULOS

“Fauna” – 2 a 5 março | “Ignorância” – 9 a 12 março

“Get out!” – 16 a 19 março | “Tragédia” – 23 a 26 março

Quinta a sábado, às 20h. Domingo, às 19h.

Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

Venda antecipada pelo Sympla: HTTPS://WWW.SYMPLA.COM.BR/QUATROLOSCINCO

Na bilheteria a partir de 2h antes de cada sessão.

Local: Galpão Cine Horto – Rua Pitangui, 3613. Horto.

OFICINAS

“O trabalho de atuação nas peças do Quatroloscinco”

com Italo Laureano e Rejane Faria

11 e 12 março, das 13h às 17h – 20 vagas | duração: 8 horas

Participação gratuita mediante inscrição WWW.QUATROLOSCINCO.COM

“A dramaturgia nas peças do Quatroloscinco”, com Assis Benevenuto e Marcos Coletta

25 e 26 de março, das 13h às 17h – 20 vagas | duração: 8 horas

Participação gratuita mediante inscrição pelo site WWW.QUATROLOSCINCO.COM

Local: Galpão Cine Horto – Rua Pitangui, 3613. Horto.

BATE-PAPOS (virtual) - gratuito

Terças, às 20h, no Youtube do Quatroloscinco

Iluminação, com Marina Arthuzzi – 07 de março

Voz e texto, com Ana Haddad – 14 de março

Cenografia, com Ed Andrade – 21 de março

Trilha sonora, com Barulhista – 28 de março

LEITURAS DRAMÁTICAS (virtual) - gratuito

Lançamento das leituras dramáticas das peças Humor, Outro Lado e É só uma formalidade, em formato audiovisual no YouTube do Quatroloscinco.

Ao longo de abril/23.

LANÇAMENTO DO DOCUMENTÁRIO + FESTA DE ENCERRAMENTO

Exibição do minidocumentário “Quatroloscinco 15 Anos”

Atividade presencial em Belo Horizonte – Em maio/23.

Local: Galpão Cine Horto | entrada gratuita

MAIS INFORMAÇÕES:

WWW.QUATROLOSCINCO.COM ou @quatroloscinco

SOBRE O GRUPO

Formado em 2007 e integrado pelos artistas Assis Benevenuto, Ítalo Laureano, Marcos Coletta, Maria Mourão e Rejane Faria, o Grupo Quatroloscinco mantém trabalho continuado de pesquisa e prática teatral baseado na criação coletiva e autoral sob uma estética contemporânea. O grupo busca uma cena centrada no jogo entre os atores, na relação com o texto e no encontro com o espectador. Surgido como um coletivo de pesquisa de alunos de Teatro da UFMG, o Quatroloscinco se profissionalizou e se tornou um dos mais destacados e respeitados nomes do teatro mineiro, conquistando prêmios e somando apresentações em dezenas de festivais por mais de 70 cidades de 21 estados do país, além de Cuba, Uruguai e Argentina. Criou as peças Tragédia, Fauna, Ignorância, Humor, Get Out!, Outro Lado e É só uma formalidade, além de sete livros lançados com a dramaturgia de seus espetáculos.

Saiba mais em: WWW.QUATROLOSCINCO.COM.

ESPETÁCULOS DA MOSTRA

FAUNA

Em uma conversa direta com o público, a peça rompe a narrativa tradicional, atenuando os limites físicos entre palco e plateia e criando um circuito de situações que levam o espectador para dentro da cena. Referenciada pela obra "O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e fim do indivíduo", do filósofo Vladimir Safatle, a peça discute temas como violência, desejo, liberdade, confissão e desamparo. A extinção da espécie humana, enquanto consciência de nossa estadia passageira pelo planeta, assim como as marcas deixadas pela nossa era, também são assuntos da peça. A relação com o espectador busca sobrepor indivíduo e coletivo para explorar o convívio e o encontro como forças transformadoras.

Sinopse

"Ei, você me conhece? Posso me aproximar? Eu sou só um animal vivo." Nesta peça-conversa, dois atores convidam o público a explorar a dimensão política dos afetos. Corpos e discursos se misturam e se confundem para desconstruírem identidades pessoais e coletivas.

Ficha técnica

Peça-conversa/80 min/Classificação: 16 anos

Direção: Italo Laureano

Assistência de direção: Rejane Faria

Texto e atuação: Assis Benevenuto e Marcos Coletta

Produção: Maria Mourão

Orientação Vocal: Ana Hadad

Orientação Corporal: Rosa Antuña

Provocação Criativa: Alexandre Dal Farra

Cenografia: Ed Andrade

Iluminação: Rodrigo Marçal

Trilha sonora: Barulhista

Figurino: O grupo

Realização: Quatroloscinco - Teatro do Comum

IGNORÂNCIA

"Ignorância" estreou em 2015 e é o quinto espetáculo do repertório do Quatroloscinco. Tem direção e dramaturgia de Marcos Coletta e Assis Benevenuto e atuação de Ítalo Laureano e Rejane Faria. A peça trata de temas muito atuais que refletem sobre a dificuldade de se conviver em uma sociedade cada vez mais polarizada e intolerante. Recebeu 6 indicações ao prêmio Copasa/Sinparc: Melhor Espetáculo, Melhor Atriz, Melhor Ator Melhor Cenografia, Melhor Iluminação e Melhor Trilha Sonora. Vencedora na categoria Melhor Atriz.

Sinopse

Em meio a trinta cadeiras, dois atores constroem situações cômicas e dramáticas que propõem diferentes pontos de vista sobre vícios sociais como o julgamento, a intolerância, o preconceito, a violência e a cultura do medo, incitando o espectador a uma postura crítica frente a ignorância humana.

Ficha técnica

Drama contemporâneo/70 min/Classificação: 12 anos

Texto e direção: Marcos Coletta e Assis Benevenuto

Atuação: Rejane Faria e Italo Laureano

Produção: Maria Mourão

Orientação Vocal: Ana Hadad

Orientação Corporal: Rosa Antuña

Cenografia: Eduardo Andrade e Cristiano Cezarino

Figurino: Lira Ribas

Iluminação: Rodrigo Marçal

Trilha sonora: Barulhista

Observadores de criação: Eid Ribeiro, Graziella Medrado, Paulo André, Sara Rojo e Vinícius Souza

Realização: Quatroloscinco - Teatro do Comum

GET OUT!

Solo de Assis Benevenuto estreado em 2013, que assina também a dramaturgia. A peça já esteve em diversos estados do Brasil, Cuba, Argentina e Uruguai, e concorreu aos prêmios Sinparc 2014 de Melhor Ator e Melhor Texto Inédito. A obra aborda a capacidade e a necessidade de nos envolvermos em uma ficção, imagens criadas pelos outros e por nós mesmos. Um homem não consegue embarcar no seu voo por causa do medo do seu avião cair, e para provar que esse medo tem fundamento ele encena diversas situações e histórias em um jogo íntimo com o espectador. Com um jogo aberto e direto, uma linguagem e uma atuação que aproximam o público, Assis Benevenuto busca diferentes relações com os espectadores criando assim diversos vetores do discurso que se desenvolvem ao longo da peça.

Sinopse

Eu nunca estive no vôo 402 de 1996, eu não estive no LT 933, de 2001, no AF 447, não era eu no ASA 77, nem no Flying Top American… Aquele avião que agora corta o céu, não, não sou eu, e se você está aqui é porque seria impossível estar em qualquer outro lugar. Está tudo dentro da cabeça: Get Out! Get Out!

Ficha técnica

Monólogo/45 min/Classificação: 12 anos

Atuação, dramaturgia e direção: Assis Benevenuto

Assistência de direção: Marcos Coletta

Produção: Maria Mourão

Criação de figurino: Mariana Blanco

Criação de luz: Marina Arthuzzi

Criação de cenário: Daniel Herthel

Trilha ao vivo: Assis Benevenuto

Vídeos: Laboratório Filmes - Davi Fuzzari e Marco Gonçalves

Operação de luz: Italo Laureano

TRAGÉDIA

A obra propõe uma abordagem contemporânea da tragédia grega, a partir da releitura da peça Antígona, de Sófocles. Em cena, em volta de uma mesa de sinuca, quatro atores jogam com a realidade e a ficção para tocar em temas filosóficos e políticos atuais: os jogos de poder, a parcialidade da justiça, a naturalização da violência e o apagamento da memória. Também abordam em suas falas o ser humano e a sina eterna e trágica que é viver no mundo, neste país, em qualquer época da história, percorrendo o mesmo caminho – desconhecido, doloroso e errante.

Tragédia marca a primeira vez que o grupo é dirigido por um artista convidado. O cineasta Ricardo Alves Jr. se destaca pela pesquisa de linguagem híbrida que dialoga o teatro e o cinema em sobreposição de planos e encenações de experimentalismo sofisticado, com destaque para Sarabanda (2015), Cine Splendid (2017), Eclipse Solar (2018) e Tragédia (2019). As projeções em tempo real e o desafio dos atores de performar em registros distintos resultaram, nas palavras do diretor, em “uma dimensão simbólica do que é trágico”. A peça recebeu quatro indicações ao prêmio Sinparc 2020 nas categorias Melhor Espetáculo, Melhor Texto Inédito, Melhor Ator e Melhor Atriz. Rejane Faria venceu na categoria Melhor Atriz.

Sinopse

Há jogos que se popularizam pelo mundo, ultrapassam os limites dos palácios, escorrem como sangue, inundam as ruas e entram pela fresta da porta de nossas casas. Jogos com regras rígidas e penalidades severas. Jogos que atravessam milênios e pelos quais se mata e se morre. Todo jogo é um campo de batalha. Em Tragédia, o grupo Quatroloscinco retorna ao clássico Antígona para discutir memória, história e violência.

Ficha técnica

Drama contemporâneo/80 min/Classificação: 12 anos

Direção: Ricardo Alves Jr.

Dramaturgia: Assis Benevenuto e Marcos Coletta

Atuação: Assis Benevenuto, Italo Laureano, Marcos Coletta e Rejane Faria

Produção: Maria Mourão

Direção de arte: Thálita Motta

Assistência de figurino: Ian Godoi, Carina Fonsc e Poliana Carvalho

Assistência de cenografia: Paola Ferrari e Bruna Silva

Criação de luz: Marina Arthuzzi, Jésus Lataliza e Rodrigo Marçal

Trilha sonora: Barulhista e Tatsuro Murakami

Orientação corporal: Fernando Barcellos

Orientação vocal: Ana Hadad

Foto: luiza-palhares


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