Eventos

Janela de Dramaturgia – Edição Manifesto

Praça Rui Barbosa, 104 Centro - BH

A Central

janeladedramaturgia.com / @janeladedramaturgia

Entrada Gratuita

20 de agosto, terça-feira, às 19h


Começa na próxima terça, dia 20 de agosto, n’A Central (antigo Café do Centoequatro), a edição especial da Janela de Dramaturgia, tradicional mostra anual de dramaturgia contemporânea que acontece em Belo Horizonte desde 2012. Uma das principais iniciativas voltadas para a divulgação e fomento de novos autores de teatro no Brasil, a mostra promove a leitura performática de textos teatrais inéditos, seguida de bate-papo com os dramaturgos. O evento é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e conta com o patrocínio da Instituto Unimed-BH.

Edição Manifesto

A edição desse ano recebe o título de Edição Manifesto. Dez artistas/coletivos foram convidados a escrever uma peça-manifesto, de tema e conteúdo livre, inspirados na ideia e forma de um manifesto. O público confere o resultado dessa experimentação a partir de agosto. Até o fim do ano, uma vez ao mês, dois autores apresentam na mesma noite seus textos, sempre um autor de Belo Horizonte e outro de outra região do país. Dentre os artistas locais que estão na programação, destaca-se a atriz, diretora de teatro e ativista Cida Falabella, eleita vereadora em 2017 pelo Psol, e a Academia Transliterária, coletivo de artistas trans que recentemente foi censurado na 5ª edição da Virada Cultural em Belo Horizonte. A programação inclui ainda artistas de quatro estados do país: São Paulo, Bahia, Pará e Paraná. Dentre esses artistas estão a dramaturga paulista Dione Carlos, que ainda este ano representou o Brasil na Grécia para as comemorações do Dia Internacional da Língua Portuguesa e integrou a coletânea Dramaturgia Negra, lançada pela Funarte, e a dramaturga paranaense Leonarda Glück que lançou em 2016 o livro “A Perfodrama de Leonarda Glück – Literaturas Dramáticas de Uma Mulher (Trans) de Teatro”.

“O manifesto é uma forma literária que tem como intuito declarar uma alerta, uma insatisfação. Mais que uma denúncia, ele é um chamado a uma nova possibilidade. Pode ser um convite a um novo caminho político, social, mas também estético, artístico. Essa edição da Janela de Dramaturgia foi pensada como um modo de não isolar o projeto das questões e pulsões do Brasil contemporâneo. Trazer para o teatro a voz que reivindica; usar a palavra como meio para confabular novos caminhos.”, explica Vinícius Souza, coordenador geral da mostra.

A programação conta ainda com mais de dez artistas, críticos e pesquisadores que estarão como mediadores e provocadores do bate-papo entre autores e público; além de críticos convidados que publicarão no site do projeto resenhas sobre as peças apresentadas.

Confira no arquivo anexo a programação completa.

Abertura Para a abertura da Edição-Manifesto, no dia 20 de agosto, os dramaturgos e curadores dessa edição, Anderson Feliciano e Marina Viana, realizam uma intervenção inédita na cidade: Dramaturgia de Muro. Textos escritos em tempo real, durante uma hora, são projetados nas paredes externas do Centoequatro. A intervenção pode ser vista pela Avenida dos Andradas.

Após a intervenção, o público confere uma roda de conversa sobre experiências dramatúrgicas na cidade que se valem como verdadeiras manifestações, trazendo para a cena não só reinvindicações sócio-políticas, mas novas formas de se pensar e fazer teatro, novos atuantes para a cena e outros modelos de escrita teatral. Para o debate, estarão presentes o gestor e fundador da Casa do Beco, no Morro do Papagaio, Nil César; o poeta e dramaturgo Rogério Coelho, articulador do Coletivoz Sarau da Periferia e Slamaster do Slam Clube da Luta de Belo Horizonte; e Thálita Motta, performer e doutora pela UFMG, pesquisadora de performatividade e carnavalização.

A sessão de abertura se encerra com a discotecagem do Dj Pelas, um garotinho trans, preto, morador de Ribeirão das Neves, que busca ascensão por meio da música e de outras atividades socioculturais.

O projeto

A Janela de Dramaturgia é um projeto lançado em 2012 pelos dramaturgos Vinícius Souza e Sara Pinheiro com o intuito de dar espaço na cidade para novos autores de teatro, através da leitura de textos inéditos. O projeto, que inicialmente teve a parceria do Grupo Espanca!, obteve enorme adesão de público e imprensa. Hoje é o principal espaço em Belo Horizonte de divulgação, estímulo e pensamento da nova dramaturgia; um dos principais do país. “É um projeto já consolidado em BH e no Brasil. No ano passado, recebemos mais de 500 textos teatrais quando abrimos uma chamada para a curadoria da nova edição.”, ressalta Vinícius Souza, coordenador e um dos idealizadores do projeto.

Pela Janela já passaram importantes nomes do teatro contemporâneo brasileiro, como Grace Passô, Eid Ribeiro, Alexandre Dal Farra, Silvia Gomez e Leonardo Moreira e nomes internacionais como os argentinos Ariel Farece e Romina Paula e o português Tiago Rodrigues. Além de leitura dos textos, o projeto promove anualmente debates, oficinas, palestras, lançamento de livros e traduções de textos estrangeiros, todos voltados à escrita teatral.

“A dramaturgia brasileira está pulsante, é múltipla em temas e formas. A Janela é um espaço para conhecer e conversar sobre essa produção. Ela está aberta não só para os envolvidos na área, mas para o público comum, que também quer conhecer os novos autores da cidade, adentrar seus universos. Além disso, o público fica curioso por esse evento que é uma leitura. Todos se sentam para ouvir uma voz, uma história do nosso tempo. Tem dias que a gente vai ao cinema, tem dias que vai assistir a um espetáculo, e tem dias que a gente vai ouvir e ver uma leitura performática!”, conta Souza.

Em 2016, a Editora Perspectiva, através do Programa Rumos Itaú Cultural, lançou a Coleção Janela de Dramaturgia, com a publicação de mais de 30 textos que fizeram parte das três primeiras edições do projeto. Este ano a editora Javali publica o livro Por Quê, uma coletânea com textos teatrais que fizeram parte da Janela de Dramaturgia – Edição especial Teatro para Crianças e Adolescentes.

O Instituto Unimed-BH

Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos visando ampliar o acesso à cultura, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou R$94 milhões ao setor cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e da Lei Federal de Incentivo à Cultura, viabilizado pelo patrocínio de mais de 5.000 médicos cooperados e colaboradores. No último ano mais de 1,4 milhão de pessoas foram alcançadas por meio de projetos de cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura. Saiba mais em www.institutounimedbh.com.br

Foto: Athos Souza


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