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O Grupo Primeiro Ato apresenta o espetáculo Passagem, na Praça da Liberdade, um dos principais cartões postais da capital, no dia 20/08, às 20h30. A apresentação faz parte da programação da volta às aulas da Cidade Universitária Una - o maior complexo educacional da região Centro-Sul de Belo Horizonte, composto pelas unidades Aimorés, Guajajaras, Liberdade e João Pinheiro.

A escolha do espetáculo não foi por acaso. A montagem foi pensada para ser apresentada nas ruas e convida o espectador a enxergar sua própria cidade. O grupo expressa a influência do olhar e dos encontros no caminhar. O propósito da Cidade Universitária Una é abrir suas portas para integrar a comunidade universitária à diversidade cultural e ao comércio do seu entorno, somando conhecimento, inovação e multidisciplinaridade de todas as áreas do conhecimento.

PASSAGEM

“O olhar pode mudar o caminho de alguém, pode aproximar ou afastar, convidar ou afugentar”. Esse olhar é a tônica do espetáculo do grupo de dança Primeiro Ato, “Passagem”. Com direção coreográfica da diretora artística do grupo, Suely Machado, e coreografia do bailarino Alex Dias, o espetáculo surgiu de uma reflexão e angústia de Suely sobre o ser humano, o que veio ao encontro de uma pesquisa de Alex em seu curso de formação sobre o caminhar. “Ando muito impressionada com a mudança rápida da raça humana, os novos rumos e a incrível falta de contato entre as pessoas. Elas caminham focadas no seu destino, correm, vão e voltam de algum lugar, sem sequer trocar olhares”, analisa Suely. Assim, Passagem tem como ponto central a influência do olhar no caminhar e convida o público a enxergar a sua própria cidade, o seu lugar. “Sofremos uma cegueira social, não apreciamos o que está à nossa volta”, aponta a diretora.

Os bailarinos, também intérpretes, Alexandre Tadra, Marcella Gozzi, Marcela Rosa, Pablo Ramon, Vanessa Liga e Carlos Antônio, terão como cenário a Praça da Liberdade. Alunos da Cidade Universitária Una e o público poderão interagir e fazer parte de Passagem. “O olhar dos dançarinos será convidativo. Não haverá marcações, espaços delimitados – esses serão firmados pelo próprio espectador – e essa troca entre eles irá interferir na espacialidade, no ritmo e nos movimentos”, explica Suely. O grupo vai utilizar as possibilidades de direções que a praça permite, como círculos, perpendiculares, horizontais, e essas direções vão criar os encontros, que são passageiros e não têm permanência. Trilha sonora: “As Quatro Estações”, de Vivaldi. O espetáculo tem duração de 25 minutos.

Foto:  Chris Birchal