Eventos

SINFÔNICA AO MEIO-DIA

Av. Afonso Pena, 1537 - Centro, Belo Horizonte - MG

Grande Teatro Palácio das Artes

(31) 3236-7400

Entrada gratuita

20 de agosto (terça-feira) 12h


Nos dias 20 e 21 de agosto a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais recebem o pianista convidado Maurício Veloso para as séries Sinfônica e Lírico ao Meio-dia e Sinfônica e Lírico em Concerto. O repertório, majoritariamente brasileiro, traz obras do compositor carioca João Guilherme Ripper, do fagotista da OSMG Cláudio de Freitas, do compositor Heitor Villa-Lobos e do alemão Robert Schumann. O Prelúdio das Bachianas Brasileiras nº 4, de Villa-Lobos, foi a obra escolhida pelo público numa enquete divulgada no perfil do Instagram da Fundação Clóvis Salgado.

Trechos das composições serão executados na terça-feira, 20 de agosto, ao meio-dia, com entrada gratuita. Na ocasião, algumas pessoas da plateia serão convidadas a assistir ao concerto do palco. Trata-se do projeto De Dentro do Palco, uma sugestão do regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Silvio Viegas, que visa aproximar o público da Orquestra e, assim, ampliar a difusão da música erudita.

Já a versão integral das obras será apresentada no concerto de gala, na quarta-feira, 21 de agosto, às 20h30, com ingressos R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).

Obra desafiadora – Segundo o maestro Silvio Viegas, há cerca de 30 anos que o Concerto para Piano e Orquestra de Schumann não é executado pela OSMG. “Esse é um dos principais concertos para piano do repertório mundial, gravado e tocado apenas pelos maiores pianistas. Contaremos com o professor Maurício Veloso como solista, um músico de extremo talento, muito atento aos detalhes e de fácil relacionamento”, observa Silvio. “Trata-se de uma belíssima e difícil obra, principalmente no terceiro movimento, desafiador tanto para o pianista quanto para a Orquestra. Para um maestro, trabalhar com um músico com quem se pode conversar e fazer ajustes com tranquilidade nos dá muito mais segurança”, celebra Viegas.

Maurício Veloso retorna ao Palácio das Artes para tocar a mesma obra escolhida por ele em sua prova final no Bacharelado em Música da Universidade Federal de Minas Gerais, há exatos 29 anos. “O Concerto de Schumann foi sugerido por mim à Fundação, uma obra dotada de grande senso de unidade, com dois movimentos finais conectados e o tema principal do último movimento diretamente derivado do primeiro tema do movimento inicial”, explica Maurício, que atua como professor na Escola de Música da UFMG e tem se apresentado frequentemente como solista e camerista em concertos tanto no exterior como em alguns dos concertos mais importantes do Brasil.

Riqueza musical brasileira - Desta vez, o repertório conta com três peças de compositores do Brasil, sendo dois deles vivos. Para o maestro Silvio Viegas, a interpretação de obras brasileiras pelos corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado é fundamental. “O público precisa ter a oportunidade de ouvir essas peças e até mesmo descobrir novas obras primas que realmente os emocionem e que possam vir a fazer parte do repertório da Orquestra Sinfônica”, defende Silvio, ressaltando que valorizar compositores brasileiros ainda vivos demonstra que a música continua viva e acontecendo.

Em Psalmus, obra inspirada em um texto religioso, de Ripper, o compositor reveste de uma linguagem contemporânea o louvor judaico-cristão dos Salmos de David. Segundo o maestro Silvio Viegas, a peça tem um brilho do louvor que confere muita energia à composição. “Há uma predominância do elemento rítmico, uma densa instrumentação que privilegia a percussão e os metais, além de um caráter minimalista que conferem à obra um ar quase dançante”, observa o maestro. Na seção central, há passagens que remetem ao jazz, pontuadas por solo de clarinete.

A composição do fagotista Cláudio de Freitas é verdadeiramente um poema sinfônico, já que é baseada no poema Ismália, de Alphonsus de Guimaraens, escritor simbolista brasileiro cuja poesia é marcadamente mística. “Acredito que Cláudio será reconhecido em breve como um dos grandes compositores do Brasileiros da sua geração. Sua obra tem um colorido episódico, que, com a participação do Coro, explora muito bem esse texto que fala de loucura e morte”, avalia o maestro. Nos concertos, Lucas Guimaraens, superintendente das Bibliotecas Públicas de Minas Gerais e bisneto de Alphonsus de Guimaraens fará a leitura do poema no palco no Grande Teatro.

Aproximação do público – No perfil do Instagram da Fundação Clóvis Salgado (@fcs.palaciodasartes), o maestro Silvio Viegas foi quem convidou o público para decidir, numa enquete, entre Abertura de A Flauta Mágica, do alemão Mozart, e o Prelúdio das Bachianas Brasileiras nº 4, de Villa-Lobos. Com 54% dos mais de 330 votos, o compositor brasileiro venceu a disputa, levando a Orquestra a interpretar de suas mais conhecidas e belas obras. “Fiquei muito feliz com a escolha do Villa-Lobos porque trata-se de uma obra prima com uma profundidade e lirismo raramente vistos, e que casa muito bem com as outras obras do concerto”, observa o maestro.

A visão do público sobre os concertos das séries Sinfônica ao Meio-dia e em Concerto e Sinfônica e Lírico ao Meio-dia e em Concerto é um dos nortes para a montagem do repertório das apresentações dos corpos artísticos da FCS. Segundo o maestro, o objetivo é fazer com que a população adentre cada vez mais o Palácio das Artes. “Hoje o Instagram é uma ferramenta muito forte para a comunicação de qualquer instituição, e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais pertence ao povo mineiro. Termos esse canal de comunicação com o público é fantástico e importantíssimo para que a população se sinta ainda mais próxima da nossa programação”, comemora Silvio.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, é considerada uma das mais ativas Orquestras do país. Em 2013, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Em permanente aprimoramento da sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Como iniciativas de destaque, podem ser citadas as séries Concertos no Parque, Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto, além da Sinfônica Pop que apresenta grandes sucessos da música popular brasileira com arranjos orquestrais. Em 2016, Silvio Viegas assumiu o cargo de regente titular da OSMG. Antes dele, foram responsáveis pela regência: Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.

Silvio Viegas – Silvio Viegas é mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro por oito anos e esteve à frente de orquestras como a Sinfônica Brasileira; Sinfônica de Minas Gerais; Filarmônica do Amazonas; Orquestra Sinfônica de Roma e Orquestra da Arena de Verona (Itália); Sinfônica do Teatro Argentino de La Plata (Argentina); Sinfônica do Sodre (Uruguai), entre outras. Atualmente, é o regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui uma programação artística permanente e que interpreta um repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Já estiveram à frente do Coral os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade. O Grupo se apresenta em cidades do interior de Minas e em capitais brasileiras com o intuito de contribuir para a democratização do acesso ao canto coral. As apresentações têm entrada gratuita ou preços populares. O Coral já atuou com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, além da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Dentro da política de difusão do canto lírico promovida pelo Governo de Minas Gerais, o Coral Lírico desenvolve diversos projetos que incluem as séries Concertos no Parque, Lírico Sacro, Lírico ao Meio-dia, Lírico em Concerto e Sarau no Café, além da participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado.

Maurício Veloso - Bacharel em Música pela UFMG Mestre em Música pela UFRJ e Doutor em Música pela Indiana University Jacobs School of Music, estudou no Brasil com Lucas Bretas e Maria Lígia Becker, na UFMG, e nos Estados Unidos teve o privilégio de ser orientado por Leonard Hokanson e pelo cultuado Michel Block. Na Indiana University Jacobs School of Music apresentou, para seu programa de Doutorado, oito recitais públicos com obras para piano solo, de câmera e para piano e orquestra, desde J. S. Bach e Haydn a Shostakovich e Bartók, além de ter apresentado um estudo sobre as obras para piano solo do compositor belga-brasileiro Arthur Bosmans. Maurício tem se apresentado frequentemente como solista e camerista, em concertos tanto no exterior como em algumas das mais importantes salas e séries de concertos do Brasil.

Foto: RODRIGO QUEIROZ


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