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Exposição “Nasci de nOvo”, da artista mineira Érica Lorentz

Praça Rui Barbosa (praça da estação), 600 - Centro, Belo Horizonte

Museu de Arte e Ofícios

Gratuito

De 26 de outubro a 29 de janeiro/2022 - quarta a sexta-feira, das 11h às 16h. Sábados, das 09h às 17h


A arte como um lugar para ressignificar os traumas e se refazer para escrever novas páginas. Essa é a tônica da exposição “Nasci de nOvo”, da artista mineira Érica Lorentz, em cartaz no Museu de Arte e Ofícios, de 26 de outubro a 29 de janeiro/2022.

A mostra traduz as dores, fracassos, medos, inseguranças, frustrações, bullyings e outras ignições que servem de combustíveis para a catarse da artista. Na definição de Érica, “Nasci de nOvo” é um reencontro consigo mesma, no qual muitas mulheres também vão se reconhecer. “O simbolismo do ovo está associado a fertilidade, a eternidade e renovação. Palavras não ditas, amores partidos e repartidos, bonecas quebradas, noites perdidas, quartos vazios, sapatos apertados, críticas ferozes, marcas do tempo. Qual mulher não guarda tudo isso ou parte disso nas suas gavetas? Essa exposição me abre as portas para entrar no lugar onde sempre estive, e espero trazer mais mulheres para esse contexto de reflexão e renascimento”, explica a artista.

Com curadoria de Esther Mourão (Ticha), a exposição apresenta 29 trabalhos, entre fotografias, aquarelas, colagens, pintura de acrílica em tela, assamblage, objetos e impressão digital, que imprimem as vivências de Érica Lorentz e provocam no observador uma autocrítica. “Érica desafia a si mesma por meio de memórias afetivas, de percepções potentes do feminino e pelos conflitos de seu trânsito entre realidades distintas. E tudo é registrado com intensidade em seu processo criativo. A curadoria criou um eixo entre as narrativas percebidas por meio de diálogos com a artista e as obras selecionadas, possibilitando, assim, a construção de uma linha onde o espectador vai se encantando e se surpreendendo com o “renascer” e o ressignificar da artista”, define a curadora, Esther Mourão (Ticha).

Érica explica que ressignificar é a palavra de ordem dessa exposição, fio condutor da pesquisa que inspirou o seu trabalho. “Eu tinha 17 anos, era bailarina e modelo. Me apelidaram de Barbie. Gostava do apelido. Algum tempo depois, comecei a usar as Barbies velhas das minhas filhas em trabalhos de artes. Objetos sem utilidade e dores camufladas me serviram de inspiração. A boneca Barbie, que antes era símbolo de perfeição inatingível, agora se transforma em sinônimo de liberdade e maturidade. Está tudo impresso em cada obra, em cada pintura, desenho, escultura, bordado, poema e dança. Com tudo passado a limpo comigo mesma, ressignificando e transformando, me refaço, de novo e uma nova página posso escrever. Um refúgio, um suspiro, que agora se materializa e que posso compartilhar com outras pessoas”, conta a artista, que vem trabalhando a pesquisa há mais tempo, mas iniciou a produção dos trabalhos no auge da pandemia.

Experimentar o novo e arriscar é o que move Érica Lorentz, que usa a arte como registro e instrumento de reflexão do seu tempo e memória. Durante sua vida profissional transitou pela moda, educação, dança, cenografia... e todas essas experiências, por vezes, se convergem na sua arte. E por isso também que se considera uma artista diversa. Suas obras transitam entre as mais variadas linguagens: pinturas, esculturas, bordado, fotografia, performance. A sua formação artística diversa - além de artista plástica é professora, bailarina, vitrinista, cenógrafa, figurinista e comunicadora – se manifesta em todos os trabalhos desta exposição, tornando a mostra ainda mais coesa no seu propósito.

A exposição pode ser visitada de quarta a sexta-feira, das 11h às 16h, e aos sábados, das 09h às 17h. O Museu de Arte e ofícios fica na Praça Rui Barbosa (praça da estação), 600 - Centro, Belo Horizonte. Entrada gratuita, seguindo os protocolos de prevenção contra a Covid-19. A exposição é viabilizada com recursos da Lei Aldir Blanc (LAB), via Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais - SECULT.

Érica Lorentz Ribeiro

Artista, bailarina, coreógrafa, cenógrafa e figurinista mineira, é natural de Teófilo Otoni e atualmente reside em Belo Horizonte. É graduada em Comunicação Social, pós-graduada em Artes Plásticas e Contemporaneidade pela Escola Guignard/UEMG. Há mais de 25 anos, desenvolve trabalhos ligados ao desenho, à pintura, fotografia, escultura e ao bordado em ateliê particular; e há quase 20 assina a direção de arte, figurino e cenografia das apresentações do Ballet Compasso.

Foto: Divulgação


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