Histórias

O “Renova” relata a brava trajetória do advogado, joalheiro e empresário David Faria durante a quarentena

Fred

Belo Horizonte, 29/05/2020
Por Luiza Miranda

A segunda edição do “Renova” apresenta a corajosa e vitoriosa história de David Faria, durante o período árduo da pandemia.

David, que é natural de Campo Grande – MS, teve uma infância e adolescência incomuns. No seio familiar absorvia costumes hispânicos, sobretudo da parte materna, fixada no Paraguaio, com quem aprendeu, além das tradições, espanhol e guarani. Aos 4 anos, seguindo seus pais, que eram funcionários públicos federais, mudou-se para diversas partes do Brasil e, apesar de não fixarem raízes, ele absorvia cultura.

De volta a Campo Grande, se formou no curso de extensão em Letras no idioma Árabe, pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e cursou Francês na Aliança Francesa. Foi militar da Aeronáutica, por quatro anos, onde trabalhou na Seção de Comunicação Social e atuou como assessor do Comandante do Esquadrão de Comando na Base Aérea de Campo Grande, sendo que, em conjunto, cursava Direito.

David comentou: “Campo Grande me possibilitou conhecer e vivenciar diversas culturas de habitantes estrangeiros, como os árabes, que dominavam o comércio e japoneses, responsáveis sobretudo pela agricultura. Somado a este fato, havia a presença indígenas, bolivianos, paraguaios, cada qual com seus costumes, originando uma diversificada miscigenação. Porém eu sempre vislumbrei novos ares e Belo Horizonte era o único lugar no Brasil que possuía a pós-graduação almejada por mim”.

Veio para Belo Horizonte em 2007, com o intuito de pós graduar-se em Criminologia e adotou Minas como lar, se ausentando apenas para estudar doutorado em Direito Penal na Universidade de Buenos Aires, ou realizar viagens a laser e pesquisa gastronômica pelo mundo.

Advogado Criminalista reconhecido e premiado, recebeu seu primeiro título de Comendador em 2010, em reconhecimento aos serviços prestados em causas de repercussão nacional por ocasião do cinquentenário de Brasília ao lado de ministros, embaixadores e governadores além de sucessivas honrarias em sua carreira jurídica. A advocacia Criminal lhe possibilitou dar vasão aos seus desejos: tornou-se empresário de uma marca de joias exclusivas, que leva seu nome, cujos designs são por ele criados, sendo também colunista de um jornal brasileiro nos Estados Unidos. Aliado à sua polivalência e cultura absorvida desde a infância, deu vida a um novo projeto no segmento gastronômico, que decolou justamente neste período de pandemia.

“Desde pequeno observava e apreciava a boa comida, assim como tudo o que estava ao meu redor nos diversos locais onde morei. Adorava as histórias de minha bisavó Assunção, sobre a guerra, das onças de ouro, libras esterlinas guardadas em um pescoço de ema, das joias, de tudo o que teve que trocar por comida, durante a revolução no Paraguaio e esses fatos permeiam minha mente. Foram tempos difíceis e, apesar de ser de outra forma, esta realidade que passamos com o covid, também não é fácil”.

“O local do bistrô estava pronto, caprichosamente decorado com muita arte e antiguidades, mas ficaria fechado por conta da situação atual. Então lembrei de minha bisavó e “comida” veio a minha mente. Meus sócios, Jadson Reis e Patrícia Brasil, abraçaram minha ideia, assim iniciamos um delivery de alta gastronomia, com temas de viagens, com pratos clássicos de todo o mundo, o que se tornou um grande sucesso. Muito mais que a teoria, tínhamos o conhecimento prático de apreciar in loco o que desejávamos servir, assim criamos o “Ajê Bistrô Bar””.

Além da advocacia criminal, que segundo ele “nunca para”, da dedicação às joias, cuja produção apesar de reduzida continuou, David usa de seu meio de comunicação para propagar a arte e os artistas. “A coluna que assino junto a Albertina Moura no Brazilian Times é cultural, mas no início possuía um cunho social, porém foi tomando um novo formato. O objetivo é promover semanalmente artistas plásticos neste período de reclusão, o que gerou uma repercussão positiva no meio artístico”.

“Agradeço a gentileza do convite para participar do “Projeto Renova” e finalizo com a máxima, que sigo da filosofia japonesa: “Veja sempre o lado positivo das pessoas, coisas e fatos”. Com as devidas cautelas nossas vidas devem prosseguir!”, finalizou David.

Fotos: Arquivo pessoal no Facebook
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