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Disparidade de gênero no ambiente de trabalho

Segundo o Conselho Federal da OAB, as mulheres representam 51,4% dos advogados brasileiros.Mas em 2023, apenas 34,9% das mulheres advogadas eram sócias em escritórios de advocacia

No Brasil, país com uma população majoritariamente feminina, de acordo com o Censo Demográfico de 2022, as mulheres representam 51,5% da população. Porém, esse percentual não se reflete na representatividade feminina no mercado de trabalho, em especial na área do Direito.

Segundo o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as mulheres representam 51,4% dos advogados do Brasil. Mesmo sendo um número significativo, está distante da representatividade feminina em cargos de liderança da profissão. Ainda conforme a OAB, em 2023, somente 34,9% das mulheres advogadas eram sócias de capital em escritórios de advocacia.

Suzana Cremasco, advogada sócia e fundadora do escritório Suzana Cremasco Advocacia, em Belo Horizonte, vai na contramão da estatística e diz que o escritório tem muito o que celebrar no dia 8, Dia Internacional da Mulher. “Considerando o fato de sermos um escritório fundado por uma mulher, que tem três mulheres como sócias e um time de profissionais efetivamente paritário - 50% mulheres e 50% homens, na nossa equipe. Temos aqui, de fato, respeito e igualdade de oportunidades para todos”, ressalta.

Ainda de acordo com Suzana, “o baixo número de mulheres em cargos de liderança restringe as oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional e fazem com que os escritórios de advocacia sigam sendo conduzidos majoritariamente por homens, embora o cenário venha avançando ao longo dos últimos anos”.

Desigualdade de gênero no Poder Judiciário

A desigualdade de gênero não é diferente no Poder Judiciário. Um levantamento feito pelo “Migalhas” mostra que existe pouco menos de 25% de pessoas do sexo feminino ocupando as posições de desembargadoras e ministras nas Cortes do Brasil. Enquanto as mulheres são o número de 617, os homens são 1.860.

No Supremo Tribunal Federal, principal Tribunal do país, apenas uma única mulher – Carmen Lúcia – ocupa hoje o cargo de ministra, ao lado de dez homens. Carmen Lúcia é, ainda, apenas a terceira mulher a ocupar a posto, em 130 anos de história da Corte.

Em Minas Gerais, por sua vez, ocupando o cargo de desembargadores são 82% do sexo masculino, e apenas 18% são desembargadoras, entre quase 200 magistrados.

Ainda de acordo com a pesquisa, os Tribunais Regionais do Trabalho são os que mais são próximos da igualdade. Há 550 magistrados no cargo de desembargador e 217 deles são ocupados por mulheres, o que representa 39%. (https://www.migalhas.com.br/quentes/382599/mulheres-ocupam-apenas-25-dos-cargos-nos-tribunais-do-pais) Ainda assim, é preciso avançar muito para que se tenha um Dia Internacional da Mulher para se comemorar.

Foto: Divulgação

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