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AML celebra os 30 anos do Jornal Mural Poético “Mulheres Emergentes”, de Tânia Diniz

A Academia Mineira de Letras promove no dia 27 de março, às 19h30, a palestra “#MulheresEmergentesPresente!”, com a professora Constância Lima Duarte. Na conferência, ela irá homenagear a poeta e contista mineira Tânia Diniz, editora-idealizadora do jornal mural poético “Mulheres Emergentes: o sensual em cartaz”, que comemora 30 anos de circulação em 2019.

O evento faz parte do programa Universidade Livre – Plano Anual de Manutenção AML, realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo fiscal de mais de 5 mil médicos cooperados e colaboradores.

Com a proposta de trazer literatura e poesia periódica para o público, o jornal “Mulheres Emergentes” chama a atenção por seu formato em cartaz, que, depois da leitura, costuma ganhar moldura e vitrines em livrarias, bibliotecas e faculdades. Mas o título era muito mais que apenas um mural de poesia. “Mineira de Dores do Indaiá, Tânia Diniz criou um espaço mágico que aglutina poetas, independentemente de serem conhecidos ou principiantes da arte literária, e que, a cada edição, amplia seu círculo, alcançando mais e mais pessoas, novos países, e uma repercussão inusitada”, conta Constância.

Desde o início, os poemas publicados falavam aberta e predominantemente de amores feitos de carne e paixão, o que gerou o subtítulo “o sensual em cartaz”. Alternativo, sempre viveu de parcos patrocínios, buscando descobrir autores novos e enfatizando o feminino. “Não custa lembrar que as ideias feministas estavam em pleno vigor nos anos 1980 e reafirmavam que as mulheres deviam viver plenamente suas vidas e sua feminilidade. Além das muitas vozes femininas, inúmeros homens sensíveis aos novos desejos e ávidos por um novo espaço também acudiram ao chamado”, contextualiza a professora.

Outros produtos surgiram na esteira do mural, como concursos internacionais, calendários, prêmios, antologias, coleções e uma editora própria. Em 2008, na comemoração de 18 anos do projeto, a editora publicou uma antologia de poetas e contistas garimpados ao longo dos anos, com ênfase no feminino e no delicado traço das ilustrações. Para 2019, Tânia organiza um calendário comemorativo dos 30 anos e programa para março uma exposição e um bate-papo, na Idea Casa de Cultura. “O ‘Mulheres Emergentes’ consolidou a autoestima de jovens poetas e liberou, pela verbalização, muito da sensualidade feminina, a busca da arte e o encontro com o belo”, descreve Constância.

Sobre a palestrante:

Constância Lima Duarte é professora de literatura brasileira na Faculdade de Letras da UFMG e pesquisadora do CNPq. Desde 2007, coordena o Grupo de Pesquisa Letras de Minas/Mulheres em Letras. Dentre suas publicações, destaco “Direitos das mulheres e injustiça dos homens”, de Nísia Floresta (1989); “Nísia Floresta: vida e obra” (1995, 2008); “Mulheres em Letras: antologia de escritoras mineiras” (org. 2008); “Mulheres de Minas: lutas e conquistas” (coautoria, 2008); “Dicionário de escritores mineiros” (2010); e “Imprensa feminina e feminista no Brasil – Séc. XIX – Dicionário ilustrado” (2016); entre outros.

Tânia Diniz é graduada em Letras pela UFMG e construiu sua carreira como professora de idiomas, poeta, contista e haicaísta. Criou o jornal mural poético “Mulheres emergentes: o sensual em cartaz”, em 1989, com circulação internacional desde o número zero – o título foi tomado de empréstimo do livro da psicóloga norte-americana Natalie Rogers. Por meio dele, Tânia já organizou sete concursos internacionais de poesia e fez a 1ª Mostra Mineira de Haicai Mulheres Emergentes, em 2008. Participa de sites nacionais e estrangeiros e de inúmeras antologias. Tem ainda vários livros publicados, como “O Mágico de Nós” (1988), de contos curtos.

Foto: Divulgação

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