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Além de saborosos os nomes dos pratos do Botecar 2018 são curiosos e têm histórias

O festival que acontece entre os dias 11 a 30 de abril aguça o paladar dos clientes e instiga a criatividade dos donos dos bares

Já imaginou você se deparar com uma “Costela Atropelada na Estrada Real” ou mesmo uma “Maçã na Serra da Canastra”? E com “Lampião retornando da Estrada Real “? E que tal convidar a sogra para jantar uma “Carne de Bruaca com Mandioca Quase Perfeita”?  Talvez da próxima ela convide para experimentar um “Santo do Pau Oco”.  Estas são algumas amostras dos nomes dos pratos dos 38 bares participantes do Botecar 2018 que movimentará a capital entre os dias 11 a 30 de abril. O tema desta 5ª edição, Estrada Real, esquenta não só a cozinha como todos bastidores dos bares.

O proprietário do Curin Bar, por exemplo, no Santa Mônica, Marcílio Furtado, buscou inspiração para denominar seu prato “ Gastrocnêmio Azevedo” em suas aulas de pilates. Para quem não sabe, gastrocnêmio é o nome de um músculo da perna. “Minha professora de pilates sempre falava: Vamos alongar o gastrocnêmio. Daí pensei nessa parte do boi que tem uma carne maravilhosa”, conta o comerciante. O prato é carne segurada e assada de gastrocnêmio bovino e bacon recheada com queijo tipo canastra artesanal de Campo das Vertentes. Espaguete vegetariano com abobrinha d´água e cenoura vermelha com tomate zangado recheado com farofa Estrada Real. E vem servido separadamente molho de goiaba picante e molho cerveja agridoce.

Já para acalmar a sogra é só explicar que “bruaca” eram as bolsas muito utilizadas pelos tropeiros para transportar a carne durante o trajeto na Estrada Real. Ronaldo, o proprietário do Amarelim da Prudente, no Cidade Jardim, garante que o prato (carne de serenada, creme de queijo do Serro, mandioca cozida com cúrcuma, cebola, alho e folhas de louro) agrada a todos os gostos.

Os nomes, para lá de engraçados, mostram o amor e dedicação dos proprietários e de todos os envolvidos na elaboração dos pratos. Os comerciantes aproveitam o Botecar para oferecer aos clientes não só uma gastronomia peculiar como também muito bom humor. Tudo a ver com o clima descontraído dos botecos característicos de Belo Horizonte. “Nossos bares têm cozinha de raiz, onde o próprio dono e seus familiares estão à frente do negócio, cuidando de cada detalhe desde a preparação do prato a higiene da casa. Tudo para garantir um atendimento de qualidade e descontraído”, destaca o idealizador do Botecar, Antônio Lúcio Martins.

O estabelecimento que obtiver a maior nota total será eleito campeão desta 5ª edição. Os preços dos pratos, que podem servir de duas até quatro pessoas, variam entre R$ 26,90 a R$ 36,90.

Novos bares participantes

Classificados na 2ª edição do Botecar de Verão, cinco bares participam pela primeira vez do festival em 2018: Bar dos Meninos; Bar Du João, Boi Lourdes, Cantim e o Incrível bar e Restaurante. 

Sobre o Botecar

O Botecar foi criado em 2014 com o objetivo de retomar as raízes da cultura tradicional de botecos, gerando um movimento de valorização, desenvolvimento e aprimoramento do segmento em Belo Horizonte. É legitimado pelo fato de ter entre os participantes alguns dos bares mais tradicionais e apreciados da capital.

Na 1ª edição, em 2014, o clima foi de copa do mundo, os pratos tiveram como pano de fundo, a bola e seus astros. Já em 2015 foi valorizada a diversidade cultural mineira, onde cada bar homenageou uma cidade de Minas Gerais com a qual tivesse ligações afetivas ou culturais. Em 2016 o tema foi Mineiridade, passando pela famosa cozinha seca dos tropeiros à suculenta cozinha das fazendas. Em 2017, com Quintais de Minas a ideia foi buscar inspiração na horta, pomar, chiqueiro e galinheiro. E agora em 2018, o tema Estrada Real com toda sua peculiaridade gastronômica oriunda da cozinha dos tropeiros.

Parceiros

A Uber é o aplicativo oficial do Botecar. O evento conta ainda com o patrocínio da Belotur e Prefeitura de Belo Horizonte além do apoio da Vilma, Cachaça Decisão e Gontijo.

Um pouco da Estrada Real:

A Estrada Real é a maior rota turística do Brasil. São mais de 1.600 quilômetros de extensão, passando por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A sua história surge em meados do século 17, quando a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro. As trilhas que foram delegadas pela realeza ganharam o nome de Estrada Real.

Atualmente a rota é um projeto turístico de grande magnitude que resgata as tradições do percurso valorizando a identidade e as belezas da região. Não faltam delícias culinárias nas 199 cidades da Estrada Real. As comidas típicas de cada região conquistam os viajantes pela barriga, e cada lugar tem a sua especialidade. Aproveite o  Botecar 2018 para experimentar cada uma dessas delícias “Reais” em pratos para lá de saborosos. 

 Foto: Divulgação

 

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