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Fundação Clóvis Salgado resgata a tradição e o glamour da Paris do século XIX com montagem da ópera LA TRAVIATA

Após temporada em BH, montagem será encenada no Theatro Municipal de São Paulo, a partir de 12 de maio

Com direção musical e regência de Silvio Viegas e concepção cênica de Jorge Takla, a Fundação Clóvis Salgado estreia em abril sua nova montagem operística, La Traviata, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Encenada em três atos, a montagem vai transportar o público para uma Paris do século XIX, onde o Demi-Monde (o mundo do meio), entre a alta sociedade e o submundo da pobreza e da prostituição, e a Família, estrutura inabalável em que os valores burgueses e religiosos ditam as regras, servem de cenário para o conturbado romance entre Alfredo Germont e Violetta Valéry.

Uma das mais celebradas composições de Giuseppe Verdi, La Traviata terá em seu elenco importantes nomes da cena lírica nacional e internacional, como a argentina Jaquelina Livieri (soprano), como a protagonista Violetta, além dos brasileiros Fernando Portari (tenor), interpretando Alfredo Germont, e Paulo Szot (barítono), como Giorgio Germont. Integram o elenco da montagem, ao lado da Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais e da Cia. de Dança Palácio das Artes, os solistas Juliana Taino (Flora Bervoix), Fabíola Protzner (Annina); Thiago Soares (Gostone), Pedro Vianna (Barão Douphol), Cristiano Rocha (Marquês d’Obigny), Mauro Chantal (Dottore Grenvil) Lucas Damasceno (Giuseppe) e Thiago Roussin (Mordomo de Flora e Mensageiro).

Nessa história, com libreto de Francesco Maria Piave e baseada no romance A Dama das Camélias (1848), de Alexandre Dumas Filho, amor e destino resultam em tragédia, com dois mundos opostos se colidindo na Cidade-Luz. Para a montagem da FCS, a proposta de Takla é resgatar o frescor do período em que a ópera foi concebida. La Traviata é considerada a maior ópera de todos os tempos e já teve inúmeras encenações ao redor do mundo desde que estreou, em 1853, na Itália. Esta é a quinta montagem de La Traviata feita pela FCS.

Segundo Jorge Takla, a ópera foi concebida como um melodrama, um retrato ousado e chocante da sociedade parisiense. Com o passar dos anos, ela é percebida como uma tragédia de alcance mais profundo de que se imaginava. “Nesta minha concepção, tento transitar entre o trágico e o dramático, para contar esta história dentro de seu contexto ‘de época’, sem que se torne peça de museu, velha e mofada. Quero manter o seu frescor, o seu vigor”, comenta o diretor cênico.

O cenário de La Traviata é assinado pelo argentino Nicolás Boni. Assumindo a criação cênica pela primeira vez em uma montagem mineira, Boni vai transformar o Grande Teatro em uma Paris do século XIX, onde a história é originalmente ambientada. Já os 300 figurinos que compõem a montagem são de Cássio Brasil, que também faz sua estreia em uma montagem na cidade. Os trajes resgatam o glamour, a tradição e o conservadorismo da sociedade parisiense da época. A iluminação é de Fábio Retti, que atua em várias montagens da FCS.

Mais de 200 pessoas estão envolvidas nessa superprodução. Além dos 11 solistas, Orquestra Sinfônica e Coral Lírico somam 140 músicos. Já da Cia. de Dança Palácio das Artes, participam 14 bailarinos. No palco, trabalhando diretamente com a montagem dos cenários e a concepção dos figurinos e caracterização, estão aproximadamente 60 pessoas, entre técnicos de palco, assistentes, contrarregras, maquiadores e cabeleireiros.

Foto:Thamiris Rezende

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