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Aquilombô acontece de 08 a 19 de maio no Teatro Francisco nunes em Belo Horizonte

Com estreias, lançamentos, performance, circo, dança e exposição o Fórum Permanente das Artes Negras volta ao Teatro Francisco Nunes reunindo artistas das mais variadas linguagens.

Completando três anos de sua realização, o Aquilombô - Fórum Permanente das Artes Negras reúne ao longo de duas semanas artistas das mais variadas linguagens a preços populares e eventos gratuitos. O evento acontece entre os dias 8 e 19 de maio, no teatro Francisco Nunes (Av. Afonso Pena, s/n - Centro, Belo Horizonte) e traz, shows de nomes como Maíra Baldaia, Gui Ventura, Bia Nogueira, Pereira da Viola, Azulla e o lançamento do álbum “Maré da Sorte”, do músico Alysson Salvador.

A programação tem o objetivo de trazer um pequeno recorte da arte produzida por artistas negros e tem em sua programação performance de artistas cis e trans, intervenções poéticas, lançamentos de livros de autoras negras, apresentação ao público da Série Editorial Aquilombô, que são publicações produzidas pelo Fórum, a exemplo do lançamento do livro “Uma Boneca No Lixo” de Cristiane Sobral (DF). A mostra terá ainda Sarau com a Academia Transliterária, performances com Juhlia Santos, Giovanna Heliodora, Jeiza Fernandes e William Araújo, espetáculos teatrais recém estreados como “Glauco”, “Mata Rasteira” e “Híbrido” e o aclamado “Madame Satã”, em cartaz há quatro anos também fazem parte da programação.

Ingressos a R$ 10,00 ou gratuitos -a venda pelo Sympla (consulte a programação)

Aquilombô - Fórum Permanente das Artes Negras é apresentado pela Secretaria de Cultura de Belo Horizonte e pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

 

Aquilombô 2019

A nova edição do Aquilombô reúne os resultados das residências artísticas promovidas no âmbito do Fórum ao longo de 2018 em Belo Horizonte e no interior de Minas. Idealizado pelo Grupo dos Dez, coletivo de teatro de Belo Horizonte, o evento tem o objetivo de discutir a estética negra em suas mais diversas manifestações e em seus mais diferentes pontos de desenvolvimento: “não é apenas uma mostra artística é um espaço de troca permanente que traz trabalhos nos mais diferentes pontos de desenvolvimento” afirma Rodrigo Jerônimo, Coordenador Artístico do evento.

A abertura do evento será realizada no dia 8 de maio com abertura da exposição ‘ u n i v e r s o’ da artista Luci Universo, exposição auto biográfica que narra a experiência da artista como um corpo trans nas artes e nos meios sociais em que está inserida. No mesmo dia será apresentado o espetáculo teatral Filofobia, com texto de Marcos Fábio de Faria a peça é fruto de uma residência artística entre o Grupo dos Dez de Belo Horizonte e o Grupo In - Cena de Teatro de Teófilo Otoni/MG. A ação faz parte da política de interiorização do fórum e tem como objetivo descentralizar e deslocar o olhar da capital para a arte preta produzida no Vale do Mucuri, Vale do Jequitinhonha, Zona da Mata e região metropolitana, regiões localizadas fora dos circuitos hegemônicos da capital - “potencializar o discurso e o fortalecimento da questão racial no interior, em ações e criação dentro do Aquilombô nos alimenta e nos fortalece dando continuidade ao trabalho necessário e real desenvolvido por essa região tão inóspita de políticas para o tema” afirma André Luiz Dias, um dos diretores de “Filofobia”.

Lançamento

O evento integra uma importante parceria do Fórum com o Coletivo IMuNe (Instante da Música Negra), grupo voltado para a divulgação da música produzida por artistas negros. Dessa união de forças vem um dos destaques da programação, dentro da perspectiva de apresentar obras inéditas ao público, que é o lançamento do álbum “Maré de Sorte”, do multiartista Alysson Salvador, dia 17 de maio. O artista chega á capital com o show deste que é o primeiro álbum solo da sua carreira.

“É muito natural pro IMuNe se associar ao Aquilombô porque o princípio que rege os dois projetos é a o da solidariedade e do fortalecimento da cena negra, se por um lado, o Imune se ocupa especificamente em ser uma plataforma que facilita a circulação e a divulgação de musicistas e músicos negros, por outro, o Aquilombô tem seu foco em proporcionar espaço para a criação em variadas linguagens” relata Bia Nogueira, idealizadora do Coletivo. O Palco IMuNe ainda traz Maíra Baldaia, Guilherme Ventura, Bia Nogueira, Pereira da Viola, Carol Andrade, Projeto Sumaúma, Andréia Roseno e a drag queen Azzula, que se apresentam ao longo das duas semanas de evento.

Série Editorial do Aquilombô

No dia 16 de maio o Aquilombô lança ao público sua série editorial , coordenada por Marcos Fábio de Faria, que tem como principal objetivo fomentar a literatura preta nas mais diferentes linguagens. A primeira autora publicada pela série, Cristiane Sobral (Distrito Federal) afirma que a publicação de sua obra “Uma Boneca No Lixo”, é digna de comemoração. “Graças ao convite do Aquilombô, o livro que conta com as ilustrações de Emanuel Militão, essa dramaturgia, ganha vida e encontra o leitor depois de vinte anos de sua encenação. Uma boneca no lixo celebra a força e resistência do mercado editorial negro e duas décadas de criação da Cia de Arte Negra Cabeça Feita do Distrito Federal”, diz.

Outras duas escritoras integram a programação com obras ainda inéditas em Belo Horizonte: Rosane Borges (São Paulo) lança o livro "Olhares Negros – Raça e representação" de bell hooks e Cidinha da Silva, mineira radicada em São Paulo, que dará ao público um panorama de sua obra e lançará seus três mais recentes livros: “Exuzilhar” , “Pra começar” , e “Kuami”. As escritoras serão publicadas pela Série Aquilombô ainda em 2019.

Foto: Flávio Patrocínio

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