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Ricardo Aleixo (poeta) é o novo imortal da Academia Mineira de Letras

O poeta mineiro, escritor, artista visual, designer sonoro e pesquisador de Literaturas, entre outras artes e mídias, - com 20 livros publicados -, ocupará a cadeira de Nº 31

Na tarde desta segunda-feira, 20.05, a Academia Mineira de Letras elegeu o novo integrante Ricardo Aleixo - poeta, escritor, pesquisador de Literaturas e artista visual, que ocupará a cadeira de nº 31 na Academia Mineira de Letras.

Segundo a comissão de apuração da AML, formada pela vice-presidente da AML, Antonieta Cunha, o Secretário-geral J. D. Vital, e os acadêmicos, Caio Boschi e Rogério Faria Tavares, o poeta disputou a cadeira de nº 31 com outros 12 candidatos e foi eleito pela maioria, com 31 votos, em um total de 33 votantes. A cadeira de nº 31 foi fundada por Machado Sobrinho, tem como patrono Lucindo Filho (1847–1896) e já foi ocupada por Salles Oliveira, Manoel Casasanta, Waldemar Pequeno, Luís Carlos de Portilho e, mais recentemente, o escritor, professor-pesquisador, crítico literário Rui Mourão (1929 a 2024), falecido no início deste ano.

O presidente da Academia Mineira de Letras, Jacyntho Lins Brandão, dá as boas-vindas ao poeta Ricardo Aleixo: “Ricardo Aleixo é sem dúvida uma das vozes mais potentes e originais da poesia contemporânea. Ao aliar o ritmo do corpo ao da fala obtém resultados de um rigor poético destacável, o que se mostra presente também em sua prosa. Seu ingresso na Academia Mineira de Letras é por nós todos com alegria celebrado”.

Ainda sobre a chegada do poeta, a escritora e acadêmica da AML, Maria Esther Maciel comenta: “Ricardo Aleixo é um dos poetas brasileiros mais inventivos e multidisciplinares da atualidade, com uma obra de notável consistência, reconhecida no Brasil e no exterior. Literatura, música, dança, artes visuais e performáticas mesclam-se no rico repertório de práticas criativas do poeta mineiro, potencializadas pelas suas instigantes pesquisas e reflexões sobre as culturas afro-brasileiras e as questões raciais. Ele sabe, como poucos, conjugar estética e política, imaginação e lucidez crítica. Além disso, é professor visitante de universidades brasileiras, com uma bagagem intelectual admirável. Sua eleição para a AML é um grande presente para nós, integrantes da Casa, e para as Letras de Minas Gerais”.

Sobre Ricardo Aleixo

Belo-horizontino de 1960, o poeta, escritor, artista visual, designer sonoro e pesquisador de Literaturas, outras artes e mídias, Ricardo Aleixo recebeu da UFMG, em 2021, o título de Notório Saber, equivalente ao grau de doutor. Tem 20 livros publicados. Suas obras mesclam poesia, prosa ficcional, filosofia, etnopoética, antropologia, história, música, radioarte, artes visuais, vídeo, dança, teatro, performance e estudos urbanos. Já fez performances em quase todos os estados brasileiros e nos seguintes países: Argentina, Alemanha, Portugal, EUA, Espanha, México, França, Suíça e Angola. Participa da mostra permanente Rua da Língua (Museu da Língua Portuguesa/SP). Como artista visual, montou as mostras individuais Objetos suspeitos (1999, Belo Horizonte, Mariana e Rio de Janeiro) e <reProspectiva> (2015, Belo Horizonte) e participou de inúmeras coletivas, como Portuñol/Portunhol (2004, Buenos Aires, Argentina), Gil70 (2012, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador), Textos y Visualidades (Buenos Aires, Argentina, 2019), Carolina Maria de Jesus – Um Brasil Para os Brasileiros (São Paulo, Sorocaba e Rio de Janeiro), A Corda Mor (2024, Coimbra, Portugal) e Anozero`24 – O Fantasma da Liberdade (2024, Coimbra). Apresentou, na 35ª Bienal de SP, o Ciclo de performances Dendorí. Atualmente, é professor visitante no Instituto de Letras da UFBA, em Salvador, e prepara-se para passar uma longa temporada em Nova York, onde atuará como pesquisador visitante no Departamento de Performance da NYU. Conquistou, em 2023, os prêmios Mestras e Mestres das Artes e Alceu Amoroso Lima – Poesia e Liberdade, outorgados, respectivamente, pela Funarte e por Universidade Candido Mendes/Centro Alceu Amoroso Lima Para a Liberdade, e foi finalista do Prêmio Oceanos, com o livro Diário da encruza (LIRA/Segundo Selo).

Foto: NATÁLIA ALVES

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