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Atriz Inês Peixoto apresenta projeto solo inédito com direção de Eduardo Moreira

Pela primeira vez atuando em um monólogo e assinando o texto e concepção de um espetáculo, Inês Peixoto estreia Órfãs de Dinheiro

Com quase 40 anos de carreira e desde 1992 integrando o elenco do Grupo Galpão, a atriz Inês Peixoto, carrega uma respeitável bagagem artística, com trabalhos no teatro, cinema e televisão, seja atuando ou dirigindo. Em Órfãs de Dinheiro ela se aventura pela primeira vez em um projeto autoral, realizado de forma independente, em que assina a concepção, texto e figurino. Em cena, ela dá vida a três mulheres em situações diferentes de vulnerabilidade, decorrentes da impossibilidade de autossustentação. Com direção do também galpônico, Eduardo Moreira e trilha sonora original criada por Tiago Pereira (filho da atriz), o espetáculo fica em cartaz de 28 de agosto a 1º de setembro, no Teatro João Ceschiatti (Palácio das Artes), de quarta a sábado, às 20h e no domingo, às 19h. Os ingressos custam R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia) e podem ser adquiridos pelos sites da Fundação Clóvis Salgado e do ingressosrapido.com.br e na bilheteria do teatro.

O espetáculo Órfãs de Dinheiro surgiu do desejo da atriz de levar para o teatro assuntos atuais que a tocam. “É uma reflexão de várias histórias que passaram por mim, coisas que eu li, vi, assisti, ouvi e que me impactaram de alguma forma, me causaram incômodo”, conta Inês. O texto apresenta, por meio de relatos de vida de três personagens -  uma mulher vendida para prostituição ainda criança; uma refugiada que luta pela própria sobrevivência e de seu bebê; e uma empregada doméstica sonhadora - um pequeno recorte das tantas realidades de vulnerabilidade vividas por mulheres do Brasil e do mundo. 

Em registro tragicômico, os relatos convidam o público a refletir sobre a necessidade de emancipação econômica da mulher e da importância do direito à escolaridade como requisitos básicos na luta contra a desigualdade de gênero. “Essa não emancipação financeira dificulta demais a busca das mulheres pela independência, que é uma luta de todas nós, independente da raça, idade ou endereço”, afirma Inês.  De acordo com o diretor, Eduardo Moreira, a peça “traz uma reflexão sobre o tema, mas no lugar da fantasia, o que é importante. Não é um trabalho conceitual, é mais sensitivo e  vai direto ao coração. Nesse momento que a gente está vivendo, isso é fundamental”.

No espaço cênico, apenas uma canoa - presente nas três narrativas - confere à encenação a simbologia de uma travessia que deve ser realizada. “Tem a ver, entre outras coisas, com a própria condição da mulher e com a ideia que a nossa luta é um processo, um caminho a ser seguido ainda sem perspectiva de fim”. 

Inês Peixoto

Ingressou no Teatro Universitário (TU) em 1979 e, em 1981 migrou para o Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (CEFAR), onde se profissionalizou. Trabalhou em vários espetáculos de produtores locais na década de 1980. Em 1992, depois de participar de uma série de workshops promovidos pelo Grupo Galpão, foi convidada para a montagem de “Romeu e Julieta”, de Gabriel Villela. Desde então, tornou-se integrante do grupo, participando das montagens seguintes: “A Rua da Amargura”, de Gabriel Villela; “Um Molière Imaginário”, de Eduardo Moreira; “Partido”, de Cacá Carvalho; “Um Trem Chamado Desejo”, de Chico Pelúcio; “O Inspetor Geral” e “Um Homem é um Homem”, ambos de Paulo José; “Pequenos Milagres”, de Paulo de Moraes; “Till, a saga de um herói torto”, de Júlio Maciel; “Eclipse”, de Jurij Alschitz e “Os Gigantes da Montanha”, de Gabriel Villela; “Outros”, de Marcio Abreu.

No cinema, participou de “Vinho de Rosas” e “O Crime da Atriz”, de Elza Cataldo; “5 Frações de Uma Quase História”, de Criz Azzi; “Outono”, de Pablo Lobato; “Tricoteios”, de Eduardo Moreira, Rodolfo Magalhães e Criz Zago; “Os Filmes que Eu Não Fiz”, de Gilberto Scarpa; “Revertere ad Locum Tum”, de Armando Mendz; “Oxianureto de Mercúrio”, de André Carreira; “Moscou”, de Eduardo Coutinho; “Meu pé de Laranja-Lima”, de Marcos Bernstein; “Entre Vales”, de Felipe Barcinski; “Quase Memória”, de Ruy Guerra; “Redemoinho”, de José Luiz Villamarin , “Todas as Tardes” de Diogo Cronemberg, “As Duas Irenes”, de Fábio Meira.

Dirigiu em parceria com Rodolfo Magalhães o média-metragem “Para Tchékhov”. Montou o documentário “Portunhol”. No teatro dirigiu os espetáculos “Vexame”, “Arande Gróvore”, “Doida” , “Bumm” , “Tempo de Águas” e “Cidades dos Sonhos”. Na televisão participou do especial “A Paixão Segundo Ouro Preto”, de Rogério Gomes e Cininha de Paula; das minisséries “Hoje é Dia de Maria” e “Hoje é Dia de Maria- Segunda Jornada”, de Luiz Fernando Carvalho; “A Cura”, de Ricardo Waddington; “A Teia”, de Rogério Gomes; Novelas: “Meu Pedacinho de Chão”, de Luiz Fernando Carvalho e “Além do Tempo” de Rogério Gomes, “O Sétimo Guardião”, de Rogério Gomes. Já foi agraciada com 12 prêmios por sua atuação em teatro e três prêmios por sua atuação em cinema.

Órfãs de dinheiro | Duração: 60 min | Classificação: 12 anos

"Órfãs de dinheiro", monólogo escrito e encenado por Inês Peixoto, conta a história de três mulheres em situações diferentes de vulnerabilidade, decorrentes da impossibilidade de autossustentação. No espaço cênico, apenas uma canoa - presente nas três narrativas - confere à encenação a simbologia de uma travessia que deve ser realizada. 

Foto: Divulgação

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